quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Polícia do Japão afirma que estão aumentando os casos de ciberataque

A polícia japonesa afirmou que foram registrados mais de 500 casos de ciberataques realizados contra o governo e empresas privadas na primeira metade deste ano.

A Agência Nacional de Polícia afirma que casos de "cyber inteligência" usada em espionagem estão em ascensão no Japão neste ano e que os ataques visam roubar informação de ministérios do governo e de companhias de alta tecnologia.

Companhia aérea australiana registra perda no faturamento pela primeira vez desde que foi privatizada

A companhia aérea australiana Qantas relatou ter registrado perdas no faturamento pela primeira vez desde que foi totalmente privatizada há 17 anos.

Na quinta-feira, a empresa declarou que sofreu uma perda de 244 milhões de dólares australianos no período de julho de 2011 a junho de 2012, devido aos altos preços dos combustíveis e à dura concorrência na área.

Enormes quantidades de destroços marítimos alcançam o Alasca

Enormes quantidades de destroços marítimos, provavelmente oriundos do tsunami que devastou o nordeste do Japão no ano passado, estão alcançando o Alasca, na costa do Pacífico dos Estados Unidos.

A Gulf of Alaska Keeper, uma organização sem fins lucrativos que se dedica à limpeza do litoral no Alasca, divulgou os resultados de suas atividades desde o mês de junho.

A organização coletou destroços em 17 localidades nas proximidades da cidade de Anchorage. De acordo com a entidade, a quantidade de destroços aumentou em até 4,2 vezes em relação ao mesmo período do ano passado, em quatro localidades de frente para o Pacífico.

A Gulf of Alaska Keeper afirmou ter descoberto quantidades significativas de espuma de poliestireno, e que as quantidades em questão cresceram enormemente, entre 9 e 39 vezes, em comparação com o ano anterior.

A organização sem fins lucrativos acredita que o aumento se deve à chegada de destroços provocados pelo tsunami ocorrido no Japão. As provas disso seriam as escritas em japonês presentes nos destroços e a presença de espuma de poliestireno, que é um material muito empregado como isolante térmico nas casas do Japão.

Projeto de política de energia do partido governista do Japão propõe retomada de reatores nucleares

Um grupo de trabalho do partido político atualmente no poder no Japão, o Partido Democrata, esboçou uma política de energia que sugere o religamento, sob controle mais restrito, dos reatores nucleares ociosos do país. A maioria dos reatores está atualmente paralisada após o desastre nuclear de Fukushima.

O projeto de política de energia compilado pelo grupo de trabalho na quarta-feira permite a retomada dos reatores ociosos com inspeções feitas por um novo orgão regulatório nuclear cujos trabalhos devem começar até setembro.

Por outro lado, o projeto limita a vida útil dos reatores a 40 anos e tenta reduzir a dependência de energia nuclear no futuro ao máximo possível.

EUA podem posicionar novo sistema de radares em ilha japonesa, diz Wall Street Journal

Um jornal dos Estados Unidos informou que o governo americano considera posicionar um poderoso sistema de radares no Japão para conter a ameaça de mísseis da Coreia do Norte.

O Wall Street Journal afirmou, na quinta-feira, que Washington planeja uma expansão de grande porte no sistema antimísseis na Ásia, como parte de uma nova estratégia de defesa para transferir recursos para a região Ásia-Pacífico.

O jornal citou autoridades de defesa dos Estados Unidos, segundo as quais a principal medida dos esforços seria o posicionamento de um poderoso sistema de radares de alerta antecipado, conhecido como X-band, em uma ilha no sul do Japão, cujo nome não foi revelado.

As autoridades disseram que o Pentágono está discutindo o projeto com o Japão, e que o sistema em questão poderia ser instalado em poucos meses caso o lado japonês concorde em recebê-lo.

Dilemas que o Japão enfrentará para o descarte de combustível nuclear gasto

O acidente na usina Fukushima 1 em março do ano passado desencadeou um amplo e variado debate sobre o futuro da energia nuclear no Japão. Ainda está em curso a discussão, que envolve largas parcelas da população. O governo pretende anunciar no mês que vem uma decisão quanto a abandonar ou continuar a utilizar a energia nuclear para a produção de eletricidade.

No Comentário desta semana, a série de cinco entrevistas O Futuro da Energia Nuclear no Japão. Nesta quarta entrevista, a opinião do professor Kazuhiro Ueta, da Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade de Kyoto sobre o descarte de combustível nuclear gasto e a dependência do país em relação à energia nuclear para a produção de eletricidade. Ueta é um especialista em economia ambiental.

- Um cuidado especial é necessário para descartar o combustível nuclear gasto por se acreditar que estes resíduos permanecem altamente radioativos por 100 mil anos ou mais. O descarte de combustível nuclear gasto é uma questão de grande importância para decidir o índice futuro da dependência do país em relação à energia nuclear na produção de eletricidade. Como o senhor encara a situação atual?

"No que se refere ao descarte de resíduos industriais em geral, o Japão tem métodos e locais definidos. Já quanto ao combustível nuclear gasto, não se definiu ainda nenhum método concreto."

"Antes do acidente de Fukushima, em 2011, o Japão tinha 54 reatores em funcionamento, e grande parte do combustível usado naqueles reatores permanece nas próprias usinas. É necessário encontrar um destino para este combustível usado, pois está se esgotando a capacidade das instalações em que está armazenado o combustível."

"O Japão tem uma política especial a respeito do reprocessamento de combustível gasto. Ela prevê que o plutônio seja extraído do combustível nuclear gasto e então misturado com urânio para a sua reciclagem como combustível nuclear. Só que este sistema não está funcionando na prática."

"Além disso, é necessário dar um destino à enorme quantidade de lixo nuclear de alto nível que se produz durante o reprocessamento. O governo japonês planeja enterrá-lo a 300 metros ou mais de profundidade, mas ainda não definiu um local."

- Depender ou não da energia nuclear afetará de algum modo a definição de um método futuro de descarte do lixo nuclear?

"Se abandonar a energia nuclear para a produção de eletricidade, o Japão poderá então se concentrar unicamente no esforço de enterrar o combustível usado no subsolo. A razão é que não será necessário reprocessar o combustível usado para a produção de novo combustível, uma vez que se resolva o local onde ele será enterrado."

"Se o Japão continuar a usar, pelo menos em certa proporção, a energia nuclear para a produção de eletricidade, haverá duas medidas a tomar: reprocessar o combustível e enterrá-lo. Só que o país enfrentará então um novo problema, caso continue assim a depender da energia nuclear, porque a quantidade de combustível gasto continuará a aumentar. Está próxima do limite a capacidade das atuais instalações de armazenamento. Provavelmente será necessário construir novas instalações para o reprocessamento. Se o Japão enterrar no subsolo o combustível gasto, não será suficiente um único local. Serão necessários locais adicionais."

Dilemas que o Japão enfrentará para o descarte de combustível nuclear gasto

O acidente na usina Fukushima 1 em março do ano passado desencadeou um amplo e variado debate sobre o futuro da energia nuclear no Japão. Ainda está em curso a discussão, que envolve largas parcelas da população. O governo pretende anunciar no mês que vem uma decisão quanto a abandonar ou continuar a utilizar a energia nuclear para a produção de eletricidade.

No Comentário desta semana, a série de cinco entrevistas O Futuro da Energia Nuclear no Japão. Nesta quarta entrevista, a opinião do professor Kazuhiro Ueta, da Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade de Kyoto sobre o descarte de combustível nuclear gasto e a dependência do país em relação à energia nuclear para a produção de eletricidade. Ueta é um especialista em economia ambiental.

- Um cuidado especial é necessário para descartar o combustível nuclear gasto por se acreditar que estes resíduos permanecem altamente radioativos por 100 mil anos ou mais. O descarte de combustível nuclear gasto é uma questão de grande importância para decidir o índice futuro da dependência do país em relação à energia nuclear na produção de eletricidade. Como o senhor encara a situação atual?

"No que se refere ao descarte de resíduos industriais em geral, o Japão tem métodos e locais definidos. Já quanto ao combustível nuclear gasto, não se definiu ainda nenhum método concreto."

"Antes do acidente de Fukushima, em 2011, o Japão tinha 54 reatores em funcionamento, e grande parte do combustível usado naqueles reatores permanece nas próprias usinas. É necessário encontrar um destino para este combustível usado, pois está se esgotando a capacidade das instalações em que está armazenado o combustível."

"O Japão tem uma política especial a respeito do reprocessamento de combustível gasto. Ela prevê que o plutônio seja extraído do combustível nuclear gasto e então misturado com urânio para a sua reciclagem como combustível nuclear. Só que este sistema não está funcionando na prática."

"Além disso, é necessário dar um destino à enorme quantidade de lixo nuclear de alto nível que se produz durante o reprocessamento. O governo japonês planeja enterrá-lo a 300 metros ou mais de profundidade, mas ainda não definiu um local."

- Depender ou não da energia nuclear afetará de algum modo a definição de um método futuro de descarte do lixo nuclear?

"Se abandonar a energia nuclear para a produção de eletricidade, o Japão poderá então se concentrar unicamente no esforço de enterrar o combustível usado no subsolo. A razão é que não será necessário reprocessar o combustível usado para a produção de novo combustível, uma vez que se resolva o local onde ele será enterrado."

"Se o Japão continuar a usar, pelo menos em certa proporção, a energia nuclear para a produção de eletricidade, haverá duas medidas a tomar: reprocessar o combustível e enterrá-lo. Só que o país enfrentará então um novo problema, caso continue assim a depender da energia nuclear, porque a quantidade de combustível gasto continuará a aumentar. Está próxima do limite a capacidade das atuais instalações de armazenamento. Provavelmente será necessário construir novas instalações para o reprocessamento. Se o Japão enterrar no subsolo o combustível gasto, não será suficiente um único local. Serão necessários locais adicionais."

Premiê japonês pede retratação do presidente sul-coreano

O premiê japonês Yoshihiko Noda afirmou que seu governo vai requerer que o Presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, apresente desculpas formais ao Japão.

Lee havia declarado na semana passada que, se o imperador do Japão deseja visitar a Coreia do Sul, ele deve pedir desculpas sinceras ao povo coreano pelas pessoas que morreram lutando pela independência da Coreia do Sul.

Na quinta-feira, Noda disse, perante o Comitê de Orçamento da Câmara Baixa do Parlamento japonês, que a declaração do presidente sul-coreano está longe do senso comum. Noda disse que seu governo pedirá retratação e desculpas formais da parte da Coreia do Sul. Ele acrescentou que Seul ficará ciente de sua opinião já na quinta-feira, pois o assunto foi trazido ao Parlamento.

Câmara Baixa do Parlamento japonês vai adotar resoluções condenando visitas feitas a ilhas sob disputa

A Câmara Baixa do Parlamento japonês vai adotar resoluções condenando a visita do presidente da Coreia do Sul às ilhas Takeshima e o desembarque de ativistas de Hong Kong em uma das ilhas Senkaku.

Na quinta-feira, o comitê de coordenação da Câmara Baixa concordou em adotar as resoluções em questão durante a sessão plenária da câmara de sexta-feira.

A ideia foi proposta pelo situacionista Partido Democrata, em resposta à visita do presidente sul-coreano Lee Myung-bak às ilhas Takeshima, no Mar do Japão, em 10 de agosto, e ao desembarque dos ativistas de Hong Kong na ilha de Uotsuri, no Mar da China Oriental, no dia 15.

Coreia do Sul não consegue devolver carta enviada por premiê japonês

A Coreia do Sul não conseguiu devolver ao lado japonês, conforme o planejado, uma carta enviada pelo primeiro-ministro do Japão, Yoshiko Noda.

Na tarde de quinta-feira, o governo sul-coreano designou um diplomata lotado em Tóquio que se dirigisse ao Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão para devolver a carta.

Em uma missiva endereçada ao presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, o premiê Noda pedia a solução pacífica no tocante à disputa bilateral envolvendo um grupo de ilhas situado no Mar do Japão.

O diplomata sul-coreano chegou ao prédio da chancelaria japonesa por volta das 15h30, mas foi barrado pelos guardas na entrada.

Segundo a embaixada da Coreia do Sul, o diplomata requisitou aos guardas a realização de uma reunião com algum funcionário encarregado, mas acabou sendo impedido por eles de entrar no prédio. A alegação era de que havia necessidade de se marcar a visita com antecedência.

O diplomata sul-coreano deixou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão um pouco antes das 17h, sem ter conseguido se encontrar com ninguém.

Premiê japonês diz que reação sul-coreana foi insensata

O premiê japonês, Yoshihiko Noda, criticou a Coreia do Sul por esta ter decidido devolver a carta enviada por ele pedindo a solução pacífica da disputa bilateral envolvendo um grupo de ilhas no Mar do Japão.

Na quinta-feira, Noda afirmou, perante o Comitê de orçamento da Câmara Baixa do Parlamento, que a devolução de uma carta enviada pelo dirigente de um país demonstra completa insensatez. Ele também disse que o Japão está tentando reagir com calma, mas que o lado sul-coreano perdeu a serenidade.

Questionado a respeito da possibilidade de dialogar com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, paralelamente à reunião de cúpula da APEC no próximo mês, Noda afirmou que não pode responder essa questão agora. Ele acrescentou que seu governo precisa aguardar para verificar se a Coreia do Sul estará tranquilizada o suficiente para levar adiante um diálogo entre os dois países.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Curiosity envia imagem panorâmica colorida de Marte

O veículo de exploração dos EUA enviado a Marte, o Curiosity, mandou de volta à Terra a primeira foto panorâmica colorida da cratera em que pousou.

O Curiosity enviou uma série de imagens compactadas aproximadamente às 6:00, horário mundial, no seu terceiro dia em Marte.

Colocadas em sequência, as imagens revelam uma vista de 360 graus do topo da Cratera de Gale, semelhante a uma montanha, à esquerda e de um pico de 5.500 metros, chamado de Monte Sharp, no centro.

Toyota inaugura fábrica em Sorocaba

A Toyota Motor abriu uma nova fábrica no Brasil, visando à expansão das vendas na América do Sul. O mercado de automóveis do Brasil é o quarto maior do planeta.

Uma cerimônia foi realizada na quinta-feira, na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, para celebrar a inauguração da fábrica. A montadora gastou aproximadamente 600 milhões de dólares para construir as novas instalações, em uma área de 3,7 milhões de metros quadrados.

Participaram do evento aproximadamente 900 pessoas, incluindo o presidente da Toyota, Akio Toyoda, e autoridades do governo brasileiro.

O presidente da Toyota disse que a companhia possui uma história de mais de 50 anos de atividades no Brasil. Ele lembrou que a primeira fábrica da companhia no exterior foi construída no Brasil. Também manifestou a expectativa de que o modelo Etios abra novos caminhos para a companhia.

A Toyota planeja fabricar 70 mil veículos compactos Etios no primeiro ano, voltados principalmente para o mercado brasileiro.

Consumidores da classe média são o foco da Toyota. O número desses consumidores está aumentando rapidamente, devido ao crescimento econômico na região.

Exportações da China registram crescimento de apenas 1% em julho

O crescimento das exportações da China desacelerou e teve um aumento de apenas 1 por cento em julho, devido à crise na zona do euro que está afetando a segunda maior economia do mundo.

Autoridades do setor alfandegário da China anunciaram, na sexta-feira, que as exportações do país, em julho, totalizaram 176,94 bilhões de dólares, em uma elevação de 1 por cento em relação ao ano anterior.

Já as importações chegaram a 151,79 bilhões de dólares, em um aumento de 4,7 por cento em comparação com o ano anterior.

O valor total de comercialização entre janeiro e julho cresceu 7,1 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O número é consideravelmente inferior à meta do governo de 10 por cento.

AIEA encontra poucos danos provocados por terremoto na usina nuclear de Onagawa

Inspetores nucleares disseram que foram detectados bem menos danos do que o esperado em uma usina nuclear japonesa atingida pelo terremoto do ano passado.

Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica concluiu, na quinta-feira, um período de 10 dias de inspeções na usina de Onagawa, localizada na costa da província de Miyagi, voltada para o oceano Pacífico.

O complexo está localizado a aproximadamente 120 quilômetros ao norte da danificada usina Fukushima 1.

Na sexta-feira, os inspetores disseram à imprensa em Tóquio que, aparentemente, o terremoto não teve nenhum impacto sobre os equipamentos vitais de segurança da usina.

Os resultados da AIEA estão de acordo com a opinião da agência nuclear japonesa, que relatou, na terça-feira, que a usina não sofreu nenhum dano devido ao terremoto.

Inspetores da AIEA planejam reunir os resultados em uma base de dados, de modo que países que possuem usinas nucleares possam se preparar contra terremotos de forma mais efetiva.

Estratégia da Costa Rica no campo de energia

A Costa Rica, localizada na América Central, é famosa pela riqueza de seu meio ambiente. Um quarto de seu território é designado como parque nacional ou reserva natural. O país pretende se tornar carbono neutro até 2021. O termo "carbono neutro" significa um estado neutro de emissões de carbono, e é possível por meio da redução das liberações de dióxido de carbono para que a diferença entre a emissão e absorção seja efetivamente zero.

A Costa Rica está se empenhando para atingir essa meta, administrando cuidadosamente seus recursos naturais, para que seja possível absorver efetivamente o dióxido de carbono, ao mesmo tempo em que adota medidas para refrear as emissões. Se o país conseguir atingir essa meta, poderá se destacar como o primeiro país carbono neutro do mundo.

No Comentário de hoje, René Castro, ministro do Meio Ambiente, Energia e Telecomunicações da Costa Rica, vai falar sobre a situação energética do país, assim como a estratégia que envolve o uso de energia no futuro.

Perguntamos a ele qual seria a atual situação energética da Costa Rica.

Ele diz que o principal objetivo do governo costarriquenho é obter energia a partir de fontes renováveis até 2018. Isso seria para poder atingir a meta de se tornar carbono neutro até 2021. No momento, 93 por cento da energia da Costa Rica é proveniente de fontes renováveis. A principal fonte de energia é hidrelétrica. Também há geração de energia eólica, geotérmica e de biomassa.

Entretanto, a Costa Rica enfrenta hoje um grande desafio. Cerca de 76 por cento da energia do país é proveniente de usinas hidrelétricas, mas mudanças climáticas têm dificultado a previsão de quando e onde irá chover, além do volume das precipitações pluviométricas. Sendo assim, é um risco depender em demasia da energia hidrelétrica. O governo planeja aumentar outras fontes de eletricidade, como a energia geotérmica. O Japão tem ajudado o país nesse setor, oferecendo fundos e promovendo projetos de desenvolvimento. O governo costarriquenho pretende continuar a pedir assistência ao Japão.

Em relação ao envolvimento do Japão nos projetos de energia da Costa Rica, o ministro diz que o governo japonês tem participado dos projetos de desenvolvimento de energia hidrelétrica.

Um dos projetos mais recentes foi o de energia geotérmica, que utiliza a energia proveniente de vulcões. A organização japonesa JICA, que oferece assistência a outros países, está ajudando em pesquisas para construir uma usina de energia geotérmica no Parque Nacional de Rincón de la Vieja, que se localiza nas proximidades da fronteira ao norte do país.

René Castro diz que, no momento, a energia geotérmica é responsável pelo abastecimento de 12 por cento da eletricidade na Costa Rica. Há muitos vulcões no país, o que significa que há muitas fontes de energia geotérmica. A meta, segundo ele, é aumentar essa fatia para 30 a 40 por cento. A geração de energia geotérmica é cara e exige tecnologia avançada. Contudo, o ministro diz acreditar que essa é uma fonte promissora de energia em comparação com fontes convencionais, uma vez que não sofre influência das estações do ano, além de que seu impacto ao meio ambiente é mínimo.

O ministro diz que engenheiros japoneses têm correspondido às expectativas da parte costarriquenha, escavando as áreas com maior possibilidade de produção de energia, ao mesmo tempo em que tomam medidas para não prejudicar o meio ambiente. Ele acrescenta que o governo da Costa Rica planeja utilizar as tecnologias mais modernas do Japão no desenvolvimento de energia geotérmica em seu país.

Este foi o Comentário.

Cruz Vermelha do Japão e da Coreia do Norte discutem a questão da devolução de restos mortais

Funcionários da Cruz Vermelha do Japão e da Coreia do Norte afirmam que vão pedir aos seus governos que participem das conversações para discutir a devolução de restos de japoneses que morreram por volta do fim da Segunda Guerra Mundial, em áreas que hoje correspondem à Coreia do Norte.

A decisão foi tomada durante 2 dias de discussões, que foram encerradas na sexta-feira em Pequim. O encontro é o primeiro do gênero a ser realizado em 10 anos entre autoridades da Cruz Vermelha dos dois países. Não há laços diplomáticos entre o Japão e a Coreia do Norte.

Segundo a Sociedade da Cruz Vermelha do Japão, o lado norte-coreano concordou em fazer esforços para que os restos mortais sejam devolvidos e para que os parentes dos falecidos possam visitar os túmulos.

Osamu Tasaka, diretor-geral do Departamento Internacional da Sociedade da Cruz Vermelha do Japão, disse, em uma entrevista coletiva em Pequim, que quer realizar a próxima rodada de negociações com a participação de autoridades dos dois governos o mais cedo possível.

Ri Ho Rim, secretário-geral da Sociedade da Cruz Vermelha da Coreia do Norte, por sua vez, disse a repórteres que os dois lados concordaram sobre algumas questões e que vão continuar a discutir outros temas importantes.

Aprovação de aumento de imposto cria diferentes reações

Organizações comerciais do Japão vêem como positivos aumentos no imposto sobre o consumo. Para elas, a medida seria um avanço rumo a um sistema de seguridade social sustentável.

Hiromasa Yonekura, o presidente da Federação Japonesa de Negócios, ou Keidanren, é um dos que elogiaram a lei aprovada na sexta-feira.

No entanto, Tadashi Okamura, presidente da Câmara Japonesa de Comércio e Indústria, prevê que o aumento vai ter um forte impacto sobre pequenas e médias empresas.

Okamura pediu ao governo que resolva o problema de deflação e auxilie firmas menores a transferir os encargos adicionais aos consumidores.

Parlamento japonês aprova projetos de lei para aumentar imposto sobre o consumo

O Parlamento japonês aprovou um conjunto de projetos de lei para aumentar o imposto sobre o consumo e promover reformas na seguridade social. A legislação irá dobrar o imposto sobre o consumo para 10 por cento até 2015.

A aprovação constitui um avanço para o premiê Yoshihiko Noda, que disse que colocaria sua carreira política em jogo para que esses projetos fossem aprovados.

Os projetos de lei foram aprovados, na sexta-feira, na Câmara Alta, de maioria oposicionista, com a ajuda do Partido Liberal Democrático, a principal sigla de oposição, e seu aliado, o Komei. A legislação já tinha sido aprovada na Câmara Baixa em junho.

Noda garantiu o apoio dos dois partidos, em troca da promessa de dissolver a Câmara Baixa e realizar eleições gerais "em breve", após a aprovação dos projetos de lei.

Presidente sul-coreano Lee Myung-bak determinado a restaurar sua liderança

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, planejara visitar na sexta-feira as Ilhas Takeshima, com o possível intuito de restaurar sua liderança no país.

A permanência de Lee no poder continua em dúvida em seguida a uma série de escândalos de suborno envolvendo seu irmão e ex-assessores. Seu mandato presidencial termina em fevereiro do ano que vem.

Lee está enfrentando crescentes críticas relacionadas com a forma de tratar da disputa territorial com o Japão. Ele também está sob pressão na questão envolvendo mulheres coreanas que foram forçadas a trabalhar em prostíbulos servindo a soldados japoneses durante a Segunda Grande Guerra.

Os partidos da oposição na Coreia do Sul estão pedindo a adoção de uma posição mais severa em relação ao Japão. A resposta de Lee para tais questões poderá influenciar a seleção do candidato do partido governista para a eleição presidencial programada para dezembro vindouro.

A próxima quarta-feira é a data que marca os 67 anos da independência da Coreia do Sul do jugo colonial japonês, e o sentimento nacionalista no país sobre questões pendentes deverá aumentar.

Japão protesta contra visita do presidente sul-coreano às ilhas Takeshima

O ministro japonês dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador da Coreia do Sul para protestar contra a visita do presidente Lee Myung-bak às ilhas Takeshima.

Koichiro Gemba chamou Shin Gak-su à chancelaria logo depois que Lee tornou-se o primeiro presidente a visitar as ilhas. A Coreia do Sul reivindica a soberania das mesmas.

Gemba disse que as ilhas Takeshima são parte do território japonês e que a visita de Lee é contrária à posição do Japão. O ministro também disse não compreender o motivo pelo qual a visita ocorreu neste momento.

Gemba acrescentou que ordenou ao embaixador japonês na Coreia do Sul, Masatoshi Muto, que fizesse um breve retorno ao Japão. Disse também que o país vai tomar medidas apropriadas.

O embaixador sul-coreano no Japão disse durante o encontro que não vê nenhum problema na visita do presidente ao território que seria do seu país.

O encontro durou cerca de 20 minutos e o embaixador deixou o ministério sem falar à imprensa.

O governo japonês havia pedido que o presidente sul-coreano cancelasse a visita.

Presidente da Coreia do Sul visita as ilhas Takeshima

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, visitou Takeshima, um arquipélago no Mar do Japão também reivindicado pela Coreia do Sul.

Ele chegou às ilhas de helicóptero na tarde de sexta-feira, após visitar a ilha Ulleungdo, localizada nas proximidades.

Um funcionário de alto escalão da unidade de guarda costeira da Coreia do Sul, mobilizada na região, conversou com Lee Myung-bak sobre a situação no local. O presidente ficou uma hora e meia no arquipélago, conhecido como Dokdo na Coreia do Sul.

Segundo o escritório do presidente, o objetivo da visita é confirmar como o meio ambiente está sendo protegido. Os ministros do Meio Ambiente e da Cultura acompanharam o presidente sul-coreano na visita.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Alimentos provenientes do nordeste do Japão são vendidos em Tóquio

Produtos alimentícios provenientes da região nordeste do Japão foram o centro da atenção em evento realizado em Tóquio para apoiar agricultores e pescadores afetados pelo desastre de 11 de março do ano passado.

Os clientes fizeram filas para adquirir pêssegos provenientes da província de Fukushima e outros produtos, como frutos do mar, da província vizinha, Miyagi, num evento patrocinado pelo Lions Club em Tóquio, na terça-feira.

Todos os produtos foram vendidos num lapso de 2 horas.

Estudante de Fukushima faz pronunciamento em cerimônia de paz em Nagasaki

Na quarta-feira, uma estudante de colegial de uma escola da província de Fukushima, fez um pronunciamento durante uma reunião em celebração à paz na cidade de Nagasaki, falando sobre o que aconteceu com sua comunidade depois do acidente nuclear ocorrido na região em março do ano passado.

Ela visita Nagasaki para participar de uma cerimônia em memória das vítimas, que vai ter lugar na quinta-feira, em conexão com os 67 anos do bombardeio atômico sobre a cidade.

Cerimônia especial com água em Nagasaki recebe preparativos

Na quarta-feira, estudantes de Nagasaki prepararam água a ser usada numa cerimônia para marcar os 67 anos do bombardeio atômico contra a cidade.

Os estudantes vão usar a mesma como uma oferta simbólica às vítimas que pereceram pedindo água, logo depois do bombardeio.

Japão vai receber conferência internacional de preparação contra desastres em Sendai

O Japão vai receber uma conferência internacional sobre preparação contra desastres em outubro na cidade de Sendai. A conferência vai ser realizada concomitantemente a um encontro anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Tóquio.

A conferência está agendada para os dias 9 e 10 de outubro e vai ser realizada na cidade localizada no nordeste do Japão, que foi fortemente atingida pelo terremoto e subsequente tsunami do ano passado.

O objetivo do encontro é compartilhar as experiências do Japão com outros países e também informá-los a respeito dos atuais esforços de reconstrução das regiões afetadas pelo desastre, de maneira que se promova uma discussão global a respeito do assunto.

Japão e China decidem aumentar número de voos entre os dois países

O Japão e a China concordaram em aumentar sensivelmente o número de voos ligando o aeroporto de Haneda em Tóquio com os das principais cidades chinesas.

O governo japonês anunciou o acordo em seguida à finalização de negociações bilaterais sobre aviação, em encontro realizado em Pequim, na quarta-feira.

Os dois países concordaram em iniciar 4 voos regulares, durante o dia, entre Haneda e a cidade sulina chinesa, Guangzhou, a partir do segundo trimestre do ano que vem. Os voos durante o dia entre Haneda e Xangai também vão ser aumentados em 4 saídas adicionais por dia.

O número total de voos entre Haneda e várias cidades chinesas vai chegar ao dobro, ou seja 16 por dia, a partir da próxima primavera.

Quatro voos durante o dia entre Haneda e Pequim serão acrescentados até mesmo no início do segundo trimestre de 2014.

O número anual de turistas chineses que viajam ao Japão excede atualmente o patamar de um milhão e deverá continuar crescendo.

O Japão espera revitalizar sua economia por meio da promoção do turismo a partir da China e de um aumento significativo de voos ligando os dois países.

Considerações sobre a exploração de Marte

Uma sonda enviada a Marte está chamando a atenção de todo o planeta. O veículo explorador dos EUA chamado Curiosity, lançado pela Nasa, pousou de maneira bem-sucedida no planeta vermelho na segunda-feira. O Curiosity já enviou imagens da superfície marciana de volta à Terra. No Comentário de hoje, o professor emérito da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa), Hasunori Matogawa, nos fala sobre uma possível competição mundial na exploração de Marte.

Perguntamos a ele por que os EUA, a Índia e outros países estariam começando a explorar o planeta vermelho.

O professor diz que Marte é o segundo corpo celeste do sistema solar mais notado, depois da Lua. Além disso, o planeta tem atraído a atenção das pessoas desde tempos antigos.

Os EUA têm estado especialmente interessados em Marte. No passado, o país já havia colocado sondas ao redor do planeta vermelho, além de ter realizado vários pousos das mesmas nele. As pesquisas realizadas apontam a possibilidade de existência de água em Marte ou de que ela ainda poderia existir, mas em estado sólido.

A existência de água levanta a possibilidade de existência de vida, o que tem dado início a discussões entre biólogos e astrônomos de todo o planeta. Eles discutem a possibilidade de que haja sinais de vida passada ou de até mesmo vida no presente em formas como a de micro-organismos. Assim, Marte tem ganhado atenção.

A Rússia, os EUA, a União Europeia e, agora, a Índia, já desenvolveram programas de exploração completos. A China também possui interesse em fazê-lo. A Índia deu início ao seu programa espacial há muito tempo e também possui tecnologias de alto nível para enviar, por exemplo, foguetes à Lua. O professor diz acreditar que o governo indiano decidiu sobre o projeto, com a expectativa de que a população se sinta orgulhosa de seu país por realizar pesquisas sobre a existência de vida no espaço.

Também perguntamos ao professor quais seriam outros objetivos de sondas enviadas a Marte por diferentes países além da busca da existência de vida.

O professor diz que, em Marte, existem praticamente os mesmos minerais que estão presentes na Terra. Assim, poderia haver a possibilidade de exploração de metais terras raras e outros minerais em Marte e de seu posterior envio à Terra. No entanto, o transporte de Marte à Terra levaria, pelo menos, 200 dias. Assim, os altos custos reduziriam a eficácia do processo. O poder de impacto dessa possibilidade é alto; a China e a Índia sempre a mencionam. No entanto, o professor diz acreditar que, de qualquer forma, isso apenas pode ocorrer no século XXII.

Mais importante do que isso, no entanto, é a questão da água. O professor acredita que, se existe água em Marte e também vida, a existência de seres humanóides no espaço se tornaria realista, já que existem outros planetas onde se acredita que exista água. Para o professor, isso seria algo muito mais significativo do que a possibilidade de se encontrar minerais em Marte.

Este foi o Comentário.

Índia deve enviar satélite a Marte

A Índia planeja enviar um satélite à órbita de Marte no próximo ano.

O escritório do primeiro-ministro indiano disse que o Gabinete aprovou um plano de lançamento de um satélite não tripulado para explorar o planeta vermelho.

O lançamento está marcado já para novembro do próximo ano. Espera-se que o satélite atinja a órbita de Marte em aproximadamente 300 dias depois do lançamento.

O satélite vai fazer uma investigação geológica do planeta e procurar sinais de vida.

A Índia lançou, de maneira bem-sucedida, sua primeira sonda lunar não tripulada em outubro de 2008. O país também colocou satélites de comunicação na órbita terrestre.

A missão a Marte é vista como uma tentativa da Índia de competir com potências globais e de melhorar a sua imagem internacional.

Toyota quer dobrar vendas de automóveis no Brasil em 2013

A Toyota Motor está voltando suas atenções para o mercado de automóveis do Brasil. A montadora japonesa está em busca de novas oportunidades, já que as vendas na Europa permanecem estagnadas, devido aos problemas da dívida enfrentados pela região.

Segundo funcionários de alto escalão da subsidiária brasileira da Toyota, o objetivo da empresa é vender 200 mil veículos no país em 2013. Trata-se do dobro da previsão de vendas para este ano.

O presidente da Toyota do Brasil, Shunichi Nakanishi, afirmou que a economia brasileira deve crescer continuamente, em antecipação à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016, que serão realizadas no país.

De acordo com Nakanishi, sua empresa estima um enorme potencial para o aumento das vendas de veículos no Brasil.

No próximo mês, a Toyota planeja introduzir um novo modelo de carro compacto, chamado Etios, no país. A montadora também passará a vender o seu popular modelo híbrido, o Prius, ainda este ano no Brasil.

Fabricantes de veículos dos Estados Unidos e da Europa dominam quase 80% do mercado brasileiro de automóveis, que é o quarto maior do mundo. Porém, a participação da Toyota nesse mercado foi de apenas 3% no ano passado.

Montadoras de outros países, como a Coreia do Sul, construíram fábricas no Brasil em 2012. Elas pretendem ampliar suas vendas nos mercados que crescem rapidamente na América do Sul.

Japão registra menor superávit em conta corrente das últimas 3 décadas

O Japão registrou o menor superávit em conta corrente em quase três décadas na primeira metade deste ano.

Na quarta-feira, o Ministério das Finanças anunciou que o saldo comercial do país, no período de janeiro a junho, foi negativo em cerca de 32 bilhões de dólares. O déficit comercial cresceu aproximadamente cinco vezes em relação ao período correspondente do ano passado.

O principal fator por trás desse déficit está no aumento das importações de petróleo bruto e de gás natural liquefeito para as usinas de energia térmica. Isso se deve ao fato de que quase todas as usinas nucleares do Japão estavam desligadas durante o período.

Já o superávit da balança de rendimentos foi de cerca de 80 bilhões de dólares. Trata-se de uma queda de 1,8% em relação à primeira metade do ano passado.

A balança de rendimentos representa os fluxos financeiros das transações de dividendos e dos juros provenientes de investimentos diretos e outros. A queda no superávit da balança de rendimentos reflete a retração nas taxas de juros globais.

Ministro japonês acolhe de bom grado encontro entre representantes japoneses e norte-coreanos da Cruz Vermelha

O ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Koichiro Gemba, disse receber de bom grado o encontro entre representantes da Cruz Vermelha do Japão e da Coreia do Norte ainda esta semana. O objetivo do encontro é a troca de opiniões sobre questões humanitárias.

A Sociedade da Cruz Vermelha do Japão vai realizar um encontro de dois dias, a partir de quinta-feira, com autoridades da Cruz Vermelha da Coreia do Norte em Pequim. Os dois lados devem discutir a devolução dos restos mortais de cidadãos japoneses que morreram no território da atual Coreia do Norte, enquanto retornavam ao seu país por volta do fim da Segunda Guerra Mundial.

Gemba, no entanto, enfatizou a determinação de manter os esforços para a resolução da questão dos cidadãos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte. O ministro disse que isso é uma questão extremamente importante e que está relacionada à soberania do Japão.

Finalmente, Koichiro Gemba afirmou que o Japão vai continuar a pedir à Coreia do Norte que os dois países resolvam a questão dos sequestros, assim como outros assuntos relativos aos programas nuclear e balístico de Pyongyang.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nissan apresenta novos modelos de taxi de Londres

A fabricante japonesa de automóveis Nissan apresentou seu projeto gráfico para os novos taxis de Londres.

Na segunda-feira, o vice-presidente executivo, Andy Palmer, anunciou em Londres que uma versão modificada da minivan NV200 começará a circular no início de 2014.

A minivan emite metade do gás carbônico dos 2 atuais modelos de taxis de Londres, incluindo o clássico veículo preto. O novo automóvel também tem um teto solar.

Seguradora japonesa pune executivo por escândalo envolvendo uso indevido de informação privilegiada

Uma grande empresa japonesa de seguros, a SMBC Nikko Securities, puniu seus executivos com cortes salariais em razão do escândalo envolvendo uso indevido de informação privilegiada.

A empresa anunciou na terça-feira que o salário do seu presidente, Eiji Watanabe, será reduzido em 30% por 4 meses.

Sobrevivente da bomba atômica conta sua história em Berlin

Em Berlin, um sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima defendeu em público a abolição de armas nucleares.

Masaaki Tanabe, de 74 anos de idade, falou no sexagésimo sétimo aniversário da bomba atômica. Ele relatou sua experiência perante cerca de 100 embaixadores e funcionários de governos na residência do embaixador japonês. O nome da rua onde se localiza a residência é Rua Hiroshima.

Por causa da guerra, aos 7 anos de idade Tanabe estava refugiado em outra cidade quando Hiroshima foi bombardeada no dia 6 de agosto de 1945.

O sobrevivente disse que ao voltar em busca de seus familiares, logo depois do bombardeio, descobriu que tinha perdido seus pais e seu irmão mais novo. A casa dele virou uma pilha de escombros. Ele disse que sua vida então foi horrível e cruel, de forma que não pode ser descrita em palavras.

Ele afirmou que precisa continuar contando sua experiência. Ele sente que muitas pessoas em todo o mundo não tem noção de que os sobreviventes continuam a sofrer os efeitos posteriores da radiação.

Embaixador dos EUA no Japão deve participar de cerimônia em homenagem às vítimas da bomba atômica de Nagasaki

O embaixador dos Estados Unidos no Japão, John Roos, deve participar da cerimônia em homenagem às vítimas da bomba atômica de 1945 lançada sobre a cidade de Nagasaki. Roos seria o primeiro funcionário norte-americano a participar do evento anual.

Funcionários da Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio informaram que, na quinta-feira, Roos oferecerá condolências às vítimas da bomba. A cerimônia ocorrerá próximo ao local do centro da explosão da bomba, no Memorial da Paz, que fica no Parque da Paz de Nagasaki.

Roos disse ter expressado no ano passado ao então prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, sua vontade de participar do evento.

O embaixador também afirmou estar honrado por participar do evento como representante do governo norte-americano e mostrar seu respeito pelas vítimas da Segunda Guerra Mundial.

Roos participou da cerimônia do Memorial da Paz de Hiroshima na segunda-feira. Sua primeira participação no evento havia sido em 2010.

Empresa japonesa condenada a pagar indenização por morte causada por amianto

Um tribunal japonês determinou pela primeira vez que uma empresa é responsável pelos problemas de saúde das pessoas que viviam nas proximidades de sua fábrica que lidava com amianto.

Familiares de um homem que morreu de um tipo de câncer chamado mesotelioma alegaram que a fabricante de maquinários Kubota não havia tomado medidas para evitar os danos causados pelo amianto apesar dos riscos serem conhecidos desde o final da década de 1950. A vítima vivia perto da fábrica da Kubota em Amagasaki, no oeste japonês.

Na Corte Distrital de Kobe, na terça-feira, o juiz Yoshihiro Konishi reconheceu que a morte do homem foi causada pelo amianto da fábrica, que ficava a cerca de 200 metros do local onde o homem trabalhou por muitos anos.

O juíz ordenou que a Kubota pagasse mais de 400 mil dólares em indenização à família do morto.

Contudo ele acrescentou que o governo não é responsável, dizendo que este não fez nada ilegal ao não aprovar uma lei em 1975, para evitar danos causados por amianto. Mais de 600 pessoas em todo o Japão estão pedindo indenizações por problemas de saúde causados por amianto.

População do Japão cai pelo terceiro ano consecutivo

A população do Japão caiu pelo terceiro ano consecutivo. O Ministério do Interior informou que a população estava, ao fim de março, ligeiramente acima de 126 milhões e 659 mil, ou seja, 263.700 a menos em relação a março do ano passado.

O número de nascimentos atingiu uma queda recorde desde que se iniciou a coleta de dados em 1980. O número de mortes apresentou uma alta recorde: de abril de 2011 a março de 2012, aproximadamente 1 milhão e 50 mil crianças nasceram e mais de 1 milhão e 250 mil pessoas morreram.

A população de 40 das 47 províncias do Japão sofreu queda. A população de Fukushima caiu em mais de 44.000. O número de pessoas que se mudaram da província foi quase o triplo do ano anterior, devido ao terremoto e ao tsunami de 11 de março de 2011 seguidos do acidente nuclear. A população de Tóquio aumentou em aproximadamente 36.000.

Tendências da diplomacia norte-coreana

No Comentário de hoje, o professor Hideshi Takesada, da Universidade Yonsei da Coreia do Sul, nos fala sobre a visita de Kim Yong Nam, o segundo homem na hierarquia norte-coreana ao Vietnã.

Perguntamos a respeito dos bastidores desta visita.

O comentarista explica que, desde que o primeiro-secretário do Partido dos Trabalhadores Kim Jong Un tornou-se líder do Estado, a Coreia do Norte ficou mais ativa diplomaticamente. Em maio deste ano, o presidente da Assembléia Suprema do Povo, Kim Yong Nam, visitou Cingapura e a Indonésia.

A "internacionalização" é um dos slogans da Coreia do Norte. O comentarista diz que ouviu dizer que esse slogan passou a ser usado, em julho, e que acredita que Pyongyang esteja querendo mudar a sua imagem perante a comunidade internacional, por meio de diversas atividades no cenário internacional e da melhora das relações com outros países.

Como a agricultura é a principal atividade econômica do Vietnã, o país pode fornecer assistência alimentar em grãos à Coreia do Norte.
As reformas econômicas do Vietnã também tiveram sucesso graças à sua política Doi Moi. A Coreia do Norte estaria também em busca desse know-how econômico.

Questionado sobre o tipo de diplomacia que a Coreia do Norte deve adotar em relação ao Japão, o comentarista diz que Kim Jong Un aparentemente tem interesse e uma boa impressão da cultura japonesa. Sendo assim, existe a possibilidade de uma melhora considerável nas relações entre Tóquio e Pyongyang no futuro, dependendo da reação japonesa.

Recentemente, a Coreia do Norte notificou o Japão de que havia definido o local onde seriam enterrados os restos mortais dos japoneses que pereceram na Segunda Guerra Mundial. Sendo diferente da era de Kim Jong Il, Pyongyang não tem apenas a questão dos sequestros para resolver. Para melhorar os laços bilaterais, a Coreia do Norte pode estar considerando fazer pequenas concessões, caso as relações com o Japão não melhorem por causa da questão dos sequestros.

Também há a possibilidade de que a Coreia do Norte apresente algo mais no tocante à questão nuclear e de mísseis, algo além do que havia sugerido até agora, como novas propostas e a revelação de informações adicionais.

A melhora das relações entre o Vietnã e a Coreia do Norte não diz respeito apenas à região do sudeste da Ásia, mas também indica o próximo passo de Kim Jong Un nas relações entre a Coreia do Norte com o Japão ou com a comunidade internacional. Os acontecimentos precisam ser seguidos de perto.

Este foi o Comentário.

Vietnã vai enviar 5 mil toneladas de arroz à Coreia do Norte

O Vietnã prometeu enviar 5 mil toneladas de arroz à Coreia do Norte, com o objetivo de ajudar a aliviar a escassez de alimentos provocada pelas enchentes que atingiram o território norte-coreano no mês passado.

A promessa foi feita pelo presidente vietnamita, Truong Tan Sang, durante uma reunião com Kim Yong Nam, presidente da Assembleia Suprema do Povo e segundo homem na hierarquia da Coreia do Norte. O encontro ocorreu na segunda-feira, em Hanói.

Segundo a TV estatal do Vietnã, o presidente vietnamita sugeriu que a Coreia do Norte envie delegações da área econômica com mais frequência ao Vietnã para aprender a estabilizar a economia do país. Kim Yong Nam, por sua vez, teria agradecido o convite.

Truong Tan Sang afirmou ainda que o Vietnã quer a Península Coreana livre de armas nucleares.

Funcionários da Cruz Vermelha do Japão e da Coreia do Norte se encontram em Pequim

Representantes da Cruz Vermelha do Japão e da Coreia do Norte planejam um encontro em Pequim.

A Agência Central Coreana de Notícias, controlada pelo Estado norte-coreano, revelou na terça-feira que 3 representantes de cada lado irão se encontrar por 2 dias a partir de quinta-feira.

A Sociedade Cruz Vermelha do Japão afirma que eles irão discutir o retorno dos restos mortais de japoneses que morreram na Coreia do Norte quando voltavam ao Japão por volta do fim da Segunda Guerra Mundial. A possibilidade de permitir que familiares dos mortos visitem os cemitérios norte-coreanos, também está na agenda do encontro.

Será a primeira vez que conversações do tipo serão realizadas em 10 anos.

Partido oposicionista japonês concorda em votar projeto de aumento de impostos

O maior partido de oposição do Japão, o Liberal Democrático, concordou em votar, na quarta-feira, um projeto de lei controverso sobre aumento de impostos.

A decisão foi tomada durante um encontro entre líderes do partido na terça-feira.

Anteriormente, o Partido Liberal Democrático ameaçava propor uma moção de censura contra o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, caso ele não prometesse dissolver a Câmara Baixa antes da proposta votação.

No entanto, o partido cedeu e concordou com uma proposta do governista Partido Democrata do Japão de votar o projeto num comitê especial da Câmara Alta na quarta-feira.

Atualmente, o projeto de lei que busca dobrar o imposto sobre o consumo até o ano de 2015 está em discussão na Câmara Alta, depois de já ter sido aprovado na Câmara Baixa.

Alguns funcionários de alto escalão do Partido Liberal Democrático expressaram sua preocupação com a reação do público caso o partido de oposição cancele um acordo anterior com os Democratas para apoiar o aumento do imposto.

Os executivos do partido deixaram a questão a respeito de submeter a moção de censura contra Noda a critério do líder do partido Sadakazu Tanigaki.

Em uma movimentação paralela, vários partidos de oposição submeteram uma moção de não-confiança contra o gabinete do primeiro-ministro Noda na terça-feira.

O Partido Liberal Democrático está considerando submeter uma moção de não-confiança em separado.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Toyota deve produzir mais de 10 milhões de veículos este ano

A Toyota Motor planeja produzir, em todo o mundo, mais de 10 milhões de unidades este ano. O número é superior ao nível de produção recorde registrado em 2007 antes do colapso da Lehman Brothers.

A montadora tomou a decisão após aumentar a sua produção no primeiro semestre deste ano, em uma tentativa de compensar a queda registrada após o desastre no nordeste do Japão e as enchentes na Tailândia no ano passado.

A empresa prevê que as vendas vigorosas de seus veículos vão continuar, principalmente na América do Norte e em economias emergentes.

Aprovada volta das negociações das ações da JAL na bolsa de Tóquio

A Japan Airlines (JAL) recebeu permissão oficial de voltar a negociar suas ações na Bolsa de Valores de Tóquio.

Na sexta-feira, a bolsa de Tóquio afirmou ter aprovado o pedido da JAL. As ações da companhia aérea voltarão a ser negociadas a partir do dia 19 de setembro.

A JAL entrou com pedido de falência em janeiro de 2010, quando possuía dívidas de aproximadamente 30 bilhões de dólares. No mês seguinte, as ações da companhia foram retiradas da bolsa de Tóquio.

A JAL recebeu assistência financeira de aproximadamente 4,5 bilhões de dólares de um fundo de recuperação financiado pelo governo. A companhia alcançou um grande progresso em sua reestruturação, sendo capaz de registrar lucros operacionais no ano passado.

Com a volta de suas ações à bolsa de Tóquio, o fundo financiado pelo governo vai passar a vender sua participação na companhia aérea. A valor total da oferta deve ultrapassar 8,4 bilhões de dólares.

Ex-presidente da Mongólia é condenado a 4 anos de prisão

Um tribunal da Mongólia condenou o ex-presidente Nambaryn Enkhbayar a 4 anos de prisão por corrupção.

Enkhbayar foi presidente da Mongólia entre 2005 e 2009.

Um juiz em Ulan Bator o considerou culpado, na quinta-feira, de acusações que incluem a privatização ilegal de um hotel na capital do país.

O ex-presidente criticou o julgamento, alegando motivações políticas. Seus advogados devem apelar da sentença.

Observadores afirmam que o veredito irá afetar a política da Mongólia. O país realizou a eleição geral em junho, mas os resultados finais não foram anunciados por enquanto.

O Partido Democrático conseguiu um grande número de cadeiras no Parlamento, mas não deve obter a maioria.

Os democratas concordaram em formar um governo de coalizão com a aliança oposicionista de Enkhbayar. O ex-presidente deve se juntar ao gabinete se for absolvido.

Ativista sul-coreano relata detalhes de tortura que teria sofrido na China

Um ativista de direitos humanos da Coreia do Sul relatou a legisladores sul-coreanos os detalhes sobre a tortura que teria sofrido por parte de autoridades de segurança da China, quando esteve em detenção naquele país.

Kim Yong-hwan havia prestado auxílio a norte-coreanos que fugiram para a China antes de ser preso, em março, na cidade de Dalian, localizada no nordeste do país. No dia 20 de julho, ele retornou à Coreia do Sul depois de 4 meses de prisão.

Kim foi convidado por parlamentares a participar de um encontro sobre direitos humanos, realizado na sexta-feira em Seul.

Ele disse que investigadores chineses pressionaram um cabo elétrico de aço de 50 centímetros contra o seu corpo diversas vezes. Ele também disse ter sido colocado sobre uma cadeira de 25 centímetros de altura, além de ter sido impedido de dormir por 6 dias.

O líder do partido governista da Coreia do Sul, o Saenuri, Hwang Woo-yea, disse que o governo deveria exigir da China um pedido de desculpas e a punição dos oficiais de segurança envolvidos no caso.

O governo sul-coreano afirmou que, apesar de ter pedido à China que investigasse o caso, não recebeu nenhuma resposta oficial por parte de Pequim.

Estudantes do Japão criam site para falar sobre energia nuclear

Três estudantes do colegial do Japão lançaram um site na internet para que jovens falem sobre a energia nuclear.

Os estudantes frequentam uma escola em Kobe, no oeste do Japão. O site, criado no final do mês passado, pede aos jovens de sua idade que coloquem mensagens em vídeo, manifestando suas opiniões ou ideias sobre a energia nuclear.

Até agora, 12 alunos postaram vídeos.

Um deles diz que o Japão, país em que terremotos ocorrem com frequência, deveria depender somente de energia geotérmica ou eólica para gerar eletricidade, e não de energia nuclear.

Outro estudante defende o uso de energia nuclear, dizendo que ela oferece estabilidade à vida das pessoas.

Os criadores do site estão planejando apresentar os resultados de sua pesquisa ao governo.

Um dos alunos, Haruka Higo, diz que seria estranho se os estudantes do colegial fossem deixados de lado em um debate importante como esse, uma vez que se trata de um assunto que poderia afetar seu futuro.

Questão de escombros à deriva no Oceano Pacífico

Estima-se que cerca de 1,5 milhão de toneladas de escombros, resultantes do tsunami do ano passado, estejam à deriva no Oceano Pacífico. Desse total, mais de 40 mil toneladas devem chegar à costa do Pacífico dos Estados Unidos e do Canadá até fevereiro do próximo ano.

No Comentário de hoje, o professor Toshiya Ueki, vice-reitor da Universidade de Tohoku, e também especialista em leis internacionais, vai falar sobre a questão da eliminação desses escombros e quem deve arcar com os custos desse processo.

Perguntamos a ele o que as leis internacionais determinam sobre a eliminação de escombros que chegam cruzando o oceano.

Ele diz que a regra geral é que os entulhos devem ser tratados pelo país que os acolheu. Isso porque cada país tem direito sobre suas águas territoriais e deve ser responsável pela preservação das condições ambientais de suas águas.

Caso haja um enorme vazamento de petróleo após acidentes com petroleiros de grande porte, o país de origem deve indenizar a nação ou as nações afetadas pelo dano. Em casos recentes, grandes quantidades de escombros do Japão têm chegado aos Estados Unidos e ao Canadá pelo Oceano Pacífico. Mas esse processo foi resultado de um fenômeno natural, ou seja, do terremoto e tsunami. Segundo o professor, pelo contexto de leis internacionais, o Japão não é responsável pela chegada dos entulhos, e em termos legais, o governo japonês não tem a obrigação de pagar parte dos custos para lidar com os entulhos.

Em relação ao envolvimento do Japão na questão dos escombros à deriva, em um futuro próximo, o professor Ueki diz que, independentemente da responsabilidade legal, o Japão deveria oferecer, do ponto de vista da cooperação internacional, assistência financeira aos países afetados. O Japão recebeu diversos tipos de ajuda de muitos países após a catástrofe do ano passado. Sendo assim, é muito importante ao Japão demonstrar sua responsabilidade em termos morais.

Após o grande tsunami que atingiu os países do Oceano Índico, em 2004, os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático assinaram um acordo envolvendo contribuição regional na ocorrência de grandes desastres. O professor acha que uma parceria de cooperação similar pode ser estabelecida entre o Japão e países afetados pela chegada dos escombros. Ele espera que uma ampla rede seja formada não somente em nível governamental, mas também entre os setores público e privado, para que seja possível dar um passo adiante no estabelecimento de regras para a cooperação global.

Este foi o Comentário.

Partido Liberal Democrático considera apresentar moção de censura contra o primeiro-ministro japonês

O maior partido de oposição do Japão disse que vai apresentar uma moção de censura na Câmara Alta contra o primeiro-ministro Yoshihiko Noda, a menos que a casa controlada pela oposição vote os projetos de lei relativos ao aumento do imposto sobre o consumo.

O líder do comitê de assuntos relativos ao Parlamento do Partido Liberal Democrático na Câmara Alta, Masashi Waki, fez o anúncio à imprensa na sexta-feira.

Waki disse que o partido vai apresentar a moção imediatamente, caso fique claro que a Câmara Alta não vai votar os projetos na próxima semana.

A Câmara Baixa aprovou os projetos de lei no final de junho, depois de o governista Partido Democrata ter fechado um acordo com partidos de oposição, o Liberal Democrático e o Komei, a respeito dos projetos de lei relativos a reformas nas áreas de seguridade social e de impostos.

Os membros do Partido Liberal Democrático exigem que os projetos de lei relativos ao imposto sobre o consumo sejam votados na próxima quarta-feira, e não no dia 20 deste mês, conforme proposto pelo partido governista.

Waki afirmou que a proposta do partido governista apenas busca atrasar as votações, o que representa um desrespeito ao acordo feito entre os três partidos.

Japão e EUA irão conduzir exercícios militares conjuntos

O Japão e os Estados Unidos vão conduzir um exercício militar conjunto na região oeste do Oceano Pacífico no final deste mês. A manobra será realizada sob a suposição de que ilhas japonesas remotas estão sofrendo um ataque inimigo.

O Ministério da Defesa do Japão diz que 40 membros da Força Terrestre de Autodefesa vão participar do exercício militar, ao lado de fuzileiros navais americanos que estão em Okinawa.

As tropas japonesas e americanas vão viajar 2 mil quilômetros em uma embarcação da Marinha dos Estados Unidos até a ilha de Tinian, ao largo da Comunidade das Ilhas Marianas do Norte.

Eles vão conduzir, pela primeira vez, exercícios conjuntos de aterrissagem, utilizando barcos e helicópteros durante um período de aproximadamente um mês.

O Japão espera aumentar sua capacidade de defesa nas ilhas remotas, incluindo aquelas localizadas no sudoeste do país, devido à crescente presença da China nas águas da região da Ásia e do Pacífico. O governo japonês pretende também estreitar a cooperação com os Estados Unidos no setor de defesa.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Confirmada teoria de células-tronco do câncer

Pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa anunciaram que encontraram células do câncer que são responsáveis pelo crescimento de tumores.

Três relatórios independentes publicados simultaneamente em versões online das revistas Nature e Science na quarta-feira apresentaram provas da existência das chamadas células-tronco do câncer.

A hipótese da existência de células-tronco do câncer permaneceu controversa por muitos anos. Muitos cientistas são céticos a respeito delas.

Fujimori desiste de requerer perdão humanitário

O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, que está cumprindo pena de prisão de 25 anos por violações de direitos humanos, não pretende mais pedir perdão humanitário.

A família de Fujimori vem se preparando para fazer um pedido de perdão que beneficiaria o ex-presidente alegando idade avançada e saúde fragilizada.

No entanto, na quarta-feira, o legislador Kenji Fujimori, filho de Alberto Fujimori, disse a um programa de televisão local que seu pai decidiu não realizar o pedido.

Delegação olímpica da China pede a técnico e jogadoras de badminton que se desculpem publicamente

A delegação olímpica da China conclamou o técnico da equipe de badminton e as jogadoras de duplas da modalidade que representam o país e foram excluídas da Olimpíada de Londres a demonstrarem remorso pelo episódio e a fazerem um pedido público de desculpas.

A agência estatal de notícias chinesa Xinhua informou que a delegação ordenou ainda que o técnico e as duas jogadoras em questão adotem medidas para evitar a ocorrência de incidentes similares.

Na quarta-feira, a Federação Mundial de Badminton anunciou a exclusão das jogadoras chinesas Yu Yang e Wang Xiaoli, além de uma dupla da Indonésia e duas da Coreia do Sul, dos Jogos Olímpicos de Londres.

Segundo a entidade, as jogadoras agiram deliberadamente para perder suas últimas partidas na fase de classificação, na terça-feira, a fim de assegurar uma melhor colocação no torneio final.

A jogadora Yu Yang pediu desculpas durante uma entrevista à TV estatal chinesa.

O Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, declarou, em sua edição de quinta-feira, que atletas podem demonstrar dignidade e adquirir respeito somente através da conquista da medalha de ouro, sem desistir das partidas.

Toyota Motors realiza recall voluntário de 880.000 veículos na América do Norte

A Toyota Motor está conduzindo um recall voluntário de aproximadamente 880.000 veículos nos Estados Unidos e no Canadá.

A fabricante japonesa de automóveis anunciou sua decisão às autoridades responsáveis pela área dos transportes na quarta-feira. Os modelos afetados são o utilitário esportivo RAV4 de 2006 a 2011 e o sedan híbrido Lexus HS de 2010.

A Toyota diz que, se as porcas de peças da suspensão traseira dos veículos não forem adequadamente apertadas durante a revisão, os componentes poderiam se afrouxar e se separar algum tempo depois, desestabilizando a direção.

A Toyota está chamando os proprietários desses veículos a fim de inspecioná-los imediatamente.

A companhia afirma que vai reforçar seu controle de qualidade para assegurar que o procedimento correto seja seguido durante a operação de alinhamento das rodas, com a finalidade de prevenir a recorrência do problema.

FMI exorta o Japão a combater enorme dívida pública do país

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o Japão deveria priorizar a redução do fardo da dívida pública do país.

Em seu relatório anual sobre a economia japonesa, o FMI acolheu de bom grado o plano do governo de elevar o imposto sobre consumo para 10% até 2015.

Porém, o órgão diz que isso não será o suficiente para fazer com que o enorme déficit fiscal do Japão - que é o maior entre os países industrializados - trilhe o caminho da redução.

O Fundo Monetário Internacional exortou o Japão a implementar medidas adicionais de consolidação fiscal, incluindo a elevação do imposto sobre consumo para um patamar de no mínimo 15%, como ocorre em outras nações industrializadas.

O FMI pediu ainda que o Japão adote medidas que reduzam seus gastos com a seguridade social, incluindo o aumento da idade mínima para o pagamento de pensões.

Ministro de Política Econômica e Fiscal clama banco central do Japão a abrandar mais a política monetária

O ministro de Política Econômica e Fiscal do Japão incitou o banco central do país a abrandar ainda mais a política monetária, a fim de lidar com a alta excessiva do iene.

Motohisa Furukawa disse à imprensa na quinta-feira que o iene aumentou excessivamente em relação à maioria das moedas e que seu atual nível não reflete a realidade.

Furukawa disse que o governo e o Banco do Japão deveriam cooperar o máximo possível ao tomar as medidas necessárias para lidar com a questão.

O ministro incitou o banco a tomar as medidas a seu alcance, incluindo um maior afrouxamento monetário, a fim de estabilizar o mercado de câmbio.

A censura e a mídia em Mianmar

Em Mianmar, um encontro do presidente Thein Sein com a líder oposicionista Aung San Suu Kyi em agosto do ano passado deu início a uma onda de esforços rumo à democratização do país.
No campo da mídia também as reformas tiveram início, incluindo a amenização da censura imposta sobre as publicações do país.

No Comentário de hoje, Zaw Lu Sane, editor-chefe da Ngwe Ni, uma das maiores revistas mensais de Mianmar, faz um relato sobre a situação atual e as questões referentes à mídia no país.

A revista manteve por muitos anos uma política editorial de dar importância à política e às situações internacionais, sendo o seu público composto principalmente por intelectuais.

Perguntamos que medidas foram vistas na mídia durante o proceso de democratização de Mianmar.

O comentarista diz que já se passou um ano desde que os esforços governamentais para a democratização tiveram início. No campo da mídia também, mudanças que nunca foram vistas sob o governo militar começaram a acontecer por volta do final do ano passado. A televisão e o jornal estatal começaram a veicular fotografias do presidente Thein Sein e Aung San Suu Kyi juntos. Autoridades da censura começaram a permitir que a mídia privada, ou seja revistas semanais e mensais, publicassem artigos e fotos das atividades do partido político de Aung San Suu Kyi.

Contudo, ainda existe ceticismo no tocante a essas mudanças na mídia.

Os relatos sobre a democratização acabam funcionando de fato como uma forma de propaganda para o governo, mostrando que ele está correspondendo às expectativas da comunidade internacional, que clama por reformas.

E isso leva à suspensão de sanções, o que significa uma vitória para o governo. É necessário monitorar de perto os detalhes dos acontecimentos para se determinar se a liberalização da mídia é ou não é genuína.

O Ministério da Informação de Mianmar diz que vai abolir totalmente a censura sobre publicações, como parte do processo de democratização. Quanto a uma maior liberalização de reportagens e de expressão para a mídia, espera-se que a censura seja totalmente abolida. Mas, na realidade, apesar da diminuição da censura aberta do passado, as autoridades irão continuar exigindo cortes no conteúdo das publicações mencionando vários motivos. Os assuntos sujeitos à censura serão aqueles que refletem questões sociais como a pobreza.

O grande desafio da mídia é como reportar questões ilegais e injustas que poderiam ser chamadas de legado negativo do governo militar.
O papel da mídia é revelar e transmitir a voz do povo que clama por reformas, para que a democracia possa fincar raízes em Mianmar.

Este foi o Comentário.

Site da ONU com relatos de sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki é aberto na internet

As Nações Unidas disponibilizaram uma série de relatos dos sobreviventes da bomba atômica que vivem nas Américas do Norte, Central e do Sul. Os relatos estão disponíveis na internet com legendas em diferentes idiomas.

O projeto online foi organizado depois de um pedido feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, para que os testemunhos dos sobreviventes da bomba atômica fossem preservados para as novas gerações. O pedido foi feito em 2010, quando Ban se tornou o primeiro secretário-geral das Nações Unidas a visitar as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

A ONU participou do projeto ao lado do cineasta japonês Shinpei Takeda. Ele gravou as histórias dos sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, que, mais tarde, passaram a viver nos Estados Unidos e em outros países das Américas do Sul e Central.

Doze pessoas são apresentadas no site em questão. Seus relatos estão disponíveis com legendas em português, japonês, chinês, árabe e sete outros idiomas.

Kaoru Ito, de 90 anos, que mora em São Paulo, afirma no site que somente aqueles que testemunharam a devastação provocada pelos bombardeios atômicos podem compreender realmente como as armas nucleares são maléficas.

Ito diz ter sentido necessidade de compartilhar sua história com os jovens, para que as futuras gerações não se esqueçam do perigo.

Autoridades locais de Okinawa exigem cancelamento do plano de posicionamento do Osprey

Autoridades locais de Okinawa pediram o cancelamento de um plano dos Estados Unidos de posicionamento do avião de transporte MV-22 Osprey em uma base militar americana na província.

Na quinta-feira, líderes de cidades e vilarejos de Okinawa apresentaram seu pedido ao ministro da Defesa, Satoshi Morimoto, em Tóquio.

Morimoto deve visitar Washington a partir de sexta-feira para manter conversações com sua contraparte dos Estados Unidos, Leon Panetta. O ministro japonês também deve experimentar um voo a bordo do Osprey.

Os líderes pediram a Satoshi Morimoto que transmita a opinião contrária deles ao governo americano no tocante ao posicionamento do controverso avião de rotores inclináveis em Okinawa.

Moradores da região estão cada vez mais preocupados quanto à segurança do Osprey após uma série de quedas envolvendo a aeronave de transporte.

Uma manifestação contra o posicionamento do Osprey está planejada para ocorrer no próximo domingo em Okinawa. Os organizadores visam reunir mais de 50 mil pessoas no protesto.

Premiê japonês tenciona se encontrar com manifestantes que são contra o uso de energia nuclear

O governo japonês está considerando realizar um encontro entre o premiê Yoshihiko Noda e civis que protestam contra o uso de energia nuclear.

O governo aparentemente espera que o encontro sirva de oportunidade para que Noda ouça diretamente a opinião dos manifestantes e também explique a política do governo que tem a finalidade de reduzir a dependência da energia nuclear promovendo a energia renovável.

A decisão foi tomada em meio à difusão de protestos antinucleares no país. Em Tóquio, manifestações semanais em frente à residência oficial do premiê passaram a ter um maior número de participantes, depois de um reator da usina nuclear de Ooi, na província de Fukui, ter sido reativado no mês passado. Os organizadores vêm realizando manifestações desde março, principalmente às sextas-feiras.

Na terça-feira, um grupo multipartidário de legisladores que apoiam o abandono da utilização de usinas de energia nuclear se encontrou com membros de um grupo civil que organiza as manifestações semanais em Tóquio. O ex-premiê Naoto Kan disse no encontro que ele vai tentar agendar uma reunião entre o grupo e o premiê Noda.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Torre Skytree, em Tóquio, recebe milionésimo visitante

A maior torre de transmissão do mundo, Tokyo Skytree, comemorou seu milionésimo visitante na quarta-feira, 72 dias após sua inauguração.

A torre, de 634 metros de altura, tem dois observatórios, um aos 350 e outro aos 450 metros. A companhia que administra a torre realizou uma cerimônia para o sortudo visitante e sua família, provenientes da província de Nagano, região central do Japão. Esta foi a primeira visita da família, que se encontra em férias de verão, à torre Skytree.

Companhias de eletricidade japonesas registram prejuízo no primeiro trimestre do ano fiscal

A maioria das companhias de energia elétrica do Japão registraram prejuízos durante o trimestre de abril a junho, devido aos altos gastos com combustível usado na geração de energia termelétrica.

Nove companhias em todo o país, não incluindo a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), divulgaram seus balancetes para o primeiro trimestre do ano fiscal japonês na terça-feira. Dessas, sete estão no vermelho.

Segundo as sete companhias, os custos com combustível aumentaram cerca de 70% em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao aumento na produção de energia das usinas termelétricas.

Polvos de Fukushima voltam a ser vendidos em Tóquio e Nagoya

Pescadores da província de Fukushima estão colocando polvos sem radiação à venda em Tóquio, em Nagoya e nas cercanias dessas cidades.

Na quarta-feira, um carregamento com cerca de 200 quilos de polvo foi o primeiro lote desse fruto do mar pescado em águas próximas à costa de Fukushima a chegar aos mercados de grandes cidades do Japão desde o desastre nuclear na usina Fukushima 1.

Linha aérea de baixo custo inaugura voos a partir de Tóquio

A linha aérea japonesa de baixo custo, AirAsia Japan, começou a operar no aeroporto de Narita, nas proximidades de Tóquio.

A nova linha aérea, com base em Narita, foi estabelecida em conjunto pela linha japonesa All Nippon Airways e a AirAsia, da Malásia.

O aeroporto estava cheio de passageiros para os voos da nova linha aérea ligando Narita a Sapporo, no norte do Japão, e a Fukuoka, na região sudoeste japonesa. Ambas as rotas foram inauguradas no mesmo dia.

A AirAsia Japan é a segunda linha aérea de baixo custo estabelecida em Narita, vindo em seguida à Jetstar Japan, cujos investidores incluem a Japan Airlines.

Líderes do Partido Comunista Chinês defendem prioridade ao crescimento econômico estável

O Partido Comunista Chinês defendeu dar prioridade ao crescimento estável da economia.

A decisão foi tomada durante um encontro de membros de alto escalão do partido na terça-feira. As discussões tiveram como foco a política econômica da China para a segunda metade do ano fiscal de 2012.

A liderança do partido chinês, incluindo o presidente Hu Jintao, reconheceu as preocupações a respeito da dívida na Europa, afirmando que flutuações monetárias estariam dificultando o crescimento do mercado doméstico chinês.

No segundo trimestre deste ano, a economia da China cresceu 7,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento caiu para baixo do patamar de 8% pela primeira vez em quase 3 anos.

Líderes da China parecem ansiosos por diminuir as preocupações da população quanto ao enfraquecimento da economia antes da troca de poder, que deve ocorrer ainda este ano.

Fotos e objetos pessoais de cidadã japonesa sequestrada pela Coreia do Norte são exibidos

A primeira exibição de fotos e de artigos pessoais pertencentes a uma menina japonesa sequestrada pela Coreia do Norte foi inaugurada em Tóquio.

Megumi Yokota, na época com 13 anos de idade, foi sequestrada quando voltava da escola, na cidade de Niigata, em novembro de 1977.

A exibição está sendo realizada um mês antes do décimo aniversário de uma reunião de cúpula entre o ex-premiê japonês, Junichiro Koizumi e o falecido ex-líder norte-coreano, Kim Jong Il, que reconhecera, na ocasião, o sequestro realizado por seu país da menina japonesa Megumi e de outros cidadãos japoneses.

Seis dos pertences de Megumi, inclusive sua veste de yukata, que é um kimono de verão, e um uniforme de balé, estão em exibição.

A roupa yukata fora costurada por sua mãe no mesmo ano em que Megumi foi sequestrada pelos norte-coreanos.

Shigeru, pai de Megumi, declarou desejar que o governo japonês desenvolva canais adequados de diálogo com a Coreia do Norte, de forma que os sequestrados possam voltar à terra natal o mais cedo possível.

Prefeito de Hiroshima planeja conclamar o governo central a elaborar nova política energética

O prefeito de Hiroshima planeja conclamar o governo central do Japão a elaborar rapidamente uma nova política energética que proteja a vida do povo.

Numa coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, Kazumi Matsui anunciou o esboço de uma declaração de paz que ele deverá emitir durante uma cerimônia, no dia 6 de agosto, marcando o sexagésimo sétimo ano do bombardeio atômico a Hiroshima.

O prefeito disse que vai se referir outra vez ao acidente nuclear ocorrido no nordeste do Japão no ano passado, na região de Fukushima. Ele acrescentou que as pessoas afetadas pelo acidente o fazem lembrar dos sobreviventes do bombardeio atômico contra Hiroshima e de que os corações dos residentes de sua cidade o apoiam.

Matsui disse ainda que não vai mencionar sua posição sobre a energia nuclear. No entanto, esclareceu que os debates nacionais sobre a política energética do Japão continuam.

O anúncio surge depois que o prefeito da cidade de Nagasaki disse que, na declaração de paz a ser emitida neste ano, ele vai conclamar o governo central a fixar uma política substancial sobre a energia renovável, que é uma alternativa à energia nuclear.

Nagasaki vai marcar mais um ano do bombardeio atômico contra a cidade, ocorrido em 1945, no dia 9 de agosto.

Japão poderá ter escassez de mão de obra no setor nuclear

O trabalho de desativação dos reatores da usina nuclear Fukushima 1 continua avançando devagar desde o acidente nuclear causado pelo terremoto e tsunami de março do ano passado. Mas um outro problema veio à tona. O Japão poderá manter um certo número de usinas nucleares funcionando no futuro ou desativar todos os reatores e abandonar por completo a energia nuclear, mas em ambos os casos o país vai precisar de mão de obra. Será que o Japão vai conseguir o número necessário de engenheiros no futuro? No Comentário de hoje, Toru Nakai, da NHK, fala sobre a possível falta de mão de obra no setor da energia nuclear do Japão.

O Fórum Industrial de Energia Atômica do Japão ajuda o setor nuclear a recrutar seu pessoal. Contudo, houve uma queda no número de estudantes interessados em trabalhar neste setor, algo perceptível nas feiras de empregos realizadas em universidades do Japão. No passado o setor nuclear era visto como uma arma no combate ao aquecimento global, com potencial de exportação. Muitos estudantes tinham interesse em trabalhar nessa área. No entanto, depois da crise do ano passado em Fukushima, o número de candidatos nas feiras de empregos organizadas por companhias relacionadas ao setor nuclear caiu em três quartos.

A Universidade de Tecnologia de Fukui é uma das instituições prejudicadas por uma queda significativa no número de candidatos. A província de Fukui tem a maior concentração de usinas nucleares do Japão, e a universidade é famosa pelo número de formandos desse setor, que depois vão trabalhar no setor nuclear em diversas partes do país. Mas desde a crise nuclear do ano passado o número de estudantes que se candidataram ao curso do Departamento de Tecnologia Nuclear Aplicada caiu em 50%.

Koichi Kitazawa presidiu um painel independente criado para investigar o acidente nuclear da usina Fukushima 1. Ele acredita que o povo japonês tenha atualmente uma percepção negativa da energia nuclear, e que os estudantes não possam mudar essa percepção, o que por sua vez influencia a decisão sobre o curso que vão fazer, resultando no declínio no número de candidatos ao estudo da energia nuclear. Segundo Kitazawa, se o governo não apresentar seus planos para o futuro, ninguém poderá saber o que esperar do setor nuclear do Japão.

As tecnologias de energia nuclear e de radiação não são utilizadas apenas na geração de energia, mas também em vários setores, incluindo serviços médicos e desenvolvimento espacial.

Segundo Nakai, será necessário implementar medidas para garantir a formação de mão de obra também para esses setores.

Este foi o Comentário.

Ex-premiê japonês é escolhido como membro de painel da ONU sobre desenvolvimento social

O ex-premiê japonês, Naoto Kan, foi escolhido como membro de um painel da ONU destinado a recomendar novas metas globais nos setores social e ambiental.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, designou, na terça-feira, 27 membros para o painel. Entre eles estão o premiê britânico, David Cameron, e o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.

O painel terá a tarefa de elaborar uma visão em substituição ao projeto das denominadas Metas da ONU de Desenvolvimento do Milênio, que deverá extinguir em 2015.

Kan, como primeiro-ministro do Japão, prometera 8,5 bilhões de dólares de ajuda para os setores de saúde púbica e de educação, na Conferência de Cúpula do Milênio, patrocinada pela ONU, que teve lugar em Nova York em 2010.

Depois de deixar o poder, o ex-premiê japonês vinha ressaltando a necessidade de desenvolvimento da energia solar e de outras fontes de energia renovável, que são cruciais para as economias emergentes.

China critica relatório de defesa do Japão

A China afirmou que as críticas do governo japonês a respeito de suas atividades de defesa não possuem fundamento.

O relatório do setor de defesa do Japão relativo ao ano de 2012, que foi divulgado na terça-feira, informa que o orçamento de defesa da China aumentou aproximadamente 30 vezes nos últimos 24 anos. O documento também manifesta receios de que a China estaria expandindo suas atividades marítimas.

Em comunicado divulgado na terça-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, afirmou que o Japão critica o que seria o desenvolvimento normal da defesa nacional e das atividades militares da China. Ele acrescentou que o Japão fez comentários a respeito de assuntos internos daquele país.

O porta-voz disse que a China está profundamente insatisfeita com o relatório de defesa do Japão e, por isso, protestou contra o país.

Ele também afirmou que, em anos recentes, o Japão tem expandido seu poderio militar e fortalecido alianças com outros países com base em variadas alegações.

Na quarta-feira, a agência estatal de notícias da China, Xinhua, publicou um comentário com fortes críticas ao Japão por ter chamado a atenção àquilo que classificou como ameaças a partir da China. O comentário sugere que as reclamações do Japão não somente têm como base o pensamento do período da Guerra Fria mas também são pouco favoráveis para a manutenção da estabilidade regional.

Consórcio japonês deve desenvolver zona econômica especial em Mianmar

Um consórcio japonês deverá vencer uma proposta para contrato de desenvolvimento de uma zona econômica especial em Mianmar.

O governo japonês e companhias particulares vêm tentando conseguir o direito de desenvolver uma zona econômica especial, de nome Thilawa, nas proximidades da maior cidade do país, Yangun.

Fontes bem informadas adiantam que o presidente de Mianmar, Thein Sein, concordou em dar os direitos de desenvolvimento a um grupo de negócios constituído por um consórcio japonês e firmas locais.

O presidente teria feito a promessa quando se encontrou com o chefe interino de assuntos políticos do partido governista japonês, o Democrata, Yoshito Sengoku, na capital do país, Nay Pyi Taw, na semana passada. O contrato poderá ser assinado até mesmo no início deste mês.

A planejada zona econômica será um dos maiores complexos industriais do mundo, cobrindo uma área de 2.400 hectares.

Companhias rivais da China e da Coreia do Sul vinham também se esforçando para conseguir projetos de infraestrutura nessa região.