sábado, 1 de setembro de 2012

Astronauta japonês deixa Estação Espacial Internacional para fazer reparos

O astronauta japonês Akihiko Hoshide e o americano Sunita Williams permaneceram fora da Estação Espacial Internacional, na quinta-feira, por 8 horas e meia, ou seja, 2 horas a mais do que havia sido planejado inicialmente, para trocar uma peça elétrica.

No entanto, os dois não puderam finalizar a tarefa durante aquela que foi a primeira vez que o astronauta japonês deixou a Estação Espacial Internacional e caminhou no espaço.

Economia da Índia cresce 5,5% no segundo trimestre do ano

A economia da Índia teve crescimento de 5,5% no segundo trimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor representa um aumento de 0,2 pontos percentuais na comparação com o registrado no primeiro trimestre do ano.

O governo indiano apresentou dados sobre o produto interno bruto do país na sexta-feira.

Esse relativo baixo crescimento pode ser atribuído aos preços mais altos do petróleo e de outros artigos importados pela Índia, já que a moeda do país, a rúpia, teve uma acentuada desvalorização em meio à crise da dívida europeia.

Japão anuncia nova estratégia de energia renovável

O Ministério do Meio Ambiente do Japão apresentou uma nova estratégia de energia objetivando o incentivo de geração de energia a partir de fontes renováveis. Pretende-se produzir 6 vezes mais por meio dessas fontes até 2030.

O ministro do Meio Ambiente Goshi Hosono anunciou, na sexta-feira, a estratégia para promover fontes de energia renovável. O governo continua a rever sua política nacional de energia após o acidente nuclear de Fukushima.

A produção de energia combinando 4 fontes, tais como eólica offshore e biomassa, está projetada em 19,4 milhões de kW. Isso representa em torno de 6 vezes o nível do ano fiscal de 2010.

Apple perde ação movida contra Samsung envolvendo patentes de smartphones e tablets no Japão

Uma corte distrital de Tóquio emitiu uma sentença em que afirma que a Samsung Electronics não infringiu os direitos de patente da Apple sobre smartphones e tablets.

A Corte Distrital de Tóquio rejeitou, na sexta-feira, uma alegação feita pela Apple de que a fabricante sul-coreana havia infringido seus direitos de patente para a transferência de música e de outros dados entre computadores pessoais e dispositivos eletrônicos portáteis.

O juiz que presidiu o processo disse que as duas fabricantes usam tecnologias diferentes na comparação de documentos digitais para a transferência de dados. O juiz também recusou a solicitação da Apple de proibir as vendas de alguns dos produtos da Samsung.

As duas fabricantes apresentaram reclamações judiciais mútuas sobre dispositivos eletrônicos portáteis no Japão, nos Estados Unidos e em outros 8 países.

Um júri na Califórnia determinou, no dia 24 de agosto, que a Samsung havia violado as patentes da Apple em 6 das 7 tecnologias em disputa. A de transferência de dados não foi incluída nos processos judiciais americanos.

Ministros da Apec prometem garantir estabilidade financeira

Os ministros das Finanças dos países participantes da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, ou Apec na sigla em inglês, prometeram garantir estabilidade financeira. A declaração surge ao mesmo tempo em que a região começa a sentir os impactos negativos da crise da dívida europeia.

O fórum da Apec, composto por 21 membros, realizou uma reunião ministerial em Moscou na quinta-feira. Em uma declaração conjunta, os ministros disseram que a economia mundial está muito incerta e que a situação na Europa está enfraquecendo o crescimento regional.

A declaração diz que membros da APEC estão comprometidos a apoiar o crescimento e a estabilidade financeira. Além disso, a declaração clama as nações que estão fortes em termos fiscais a adotar uma postura mais positiva em relação aos gastos de estímulo à economia.

Respostas fiscais e monetárias a desastres também estavam em pauta, à luz do desastre de 11 de março no Japão e das inundações na Tailândia no ano passado. A declaração reconheceu a importância de se estar preparado para a ocorrência de desastres.

Considerações sobre a proposta japonesa de levar a questão das Takeshima à CIJ

No Comentário de hoje, o professor Hideshi Takesada, da Universidade Yonsei, da Coreia do Sul, comenta a disputa territorial, entre o Japão e a Coreia do Sul, envolvendo as ilhas Takeshima.

Perguntamos a ele qual é sua opinião sobre a rejeição, por parte da Coreia do Sul, da proposta do Japão de levar conjuntamente a disputa à Corte Internacional de Justiça, a CIJ.

O professor diz que isso não surpreende. A aceitação da proposta japonesa significaria que a Coreia do Sul estaria fazendo concessões ao Japão, o que levaria inevitavelmente o presidente Lee Myung-bak a perder apoio popular.

As ilhas Takeshima foram incorporadas pelo Japão à província de Shimane em 1905. Em 1910, a península coreana foi anexada pelo Japão e ficou sob o controle colonial do país. A Coreia do Sul alega que as ilhas foram tomadas durante o processo de anexação, e, portanto, o Japão não teria tido soberania sobre elas desde o começo.

O professor diz acreditar que essa é uma questão de interpretação histórica, o que não é um tema com o qual CIJ lida. A corte, em vez disso, analisa os casos a partir de um ponto de vista legal. Assim, a Coreia do Sul estaria numa posição de desvantagem caso a questão fosse levada a um contexto jurídico.

Perguntamos também qual seria o significado de o Japão apresentar unilateralmente o caso à CIJ.

O professor diz que há pouca possibilidade de que o caso seja julgado na CIJ, uma vez que a Coreia do Sul rejeitou a proposta. No entanto, a questão vai atrair atenção internacional. A proposta japonesa vai ser examinada por 15 juízes da corte, de maneira que o Japão vai ter a chance de colocar a questão em evidência perante a comunidade internacional.

O processo judicial da CIJ é bastante rigoroso. Qualquer caso apresentado é examinado a partir de um ponto de vista legal e por meio do uso de uma série de materiais. Cada detalhe é estudado minuciosamente a partir de um ponto de vista objetivo por uma terceira parte, já que juízes de países envolvidos não participam do processo. Assim, conclui o professor, o Japão pode esperar conseguir um mérito diplomático.

Este foi o Comentário.

Japão quer levar a disputa territorial das ilhas Takeshima à CIJ

O Japão atualmente está se preparando para levar unilateralmente a disputa territorial com a Coreia do Sul à Corte Internacional de Justiça, CIJ. Ambos os países reivindicam soberania sobre as ilhas Takeshima, que ficam no Mar do Japão.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, visitou recentemente as ilhas, levando o governo japonês a buscar mediação internacional. Na quinta-feira, o governo sul-coreano rejeitou oficialmente uma proposta do Japão de levar o caso à CIJ conjuntamente.

O documento sul-coreano entregue a um diplomata japonês dizia que não existe disputa territorial a ser solucionada. O documento afirma ainda que as ilhas, denominadas Dokdo na Coreia do Sul, são parte inerente ao território do país.

O ministro das Relações Exteriores do Japão, Koichiro Gemba, disse que a Coreia do Sul não está conseguindo oferecer uma contraproposta substancial para resolver a questão. Funcionários do governo japonês planejam apresentar uma petição à CIJ em poucos meses. Eles apresentarão provas históricas de que as ilhas pertencem ao Japão.

Os juízes da CIJ não aceitarão o caso a menos que a Coreia do Sul concorde em levá-lo adiante. No entanto, o governo japonês espera ganhar apoio internacional com sua linha de ação.

Chanceler japonês comenta resposta da China ao incidente envolvendo embaixador japonês em Pequim

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Koichiro Gemba, está incitando a China a conduzir investigações rigorosas e tomar as medidas necessárias para evitar a recorrência do ataque de segunda-feira ao carro que levava o embaixador japonês.

Gemba fez as observações depois de o Ministério das Relações Exteriores da China ter notificado a Embaixada do Japão em Pequim na noite de quinta-feira, informando que a polícia chinesa havia identificado todos os suspeitos.

Na sexta-feira, Gemba declarou que garantir a segurança dos cidadãos japoneses na China é muito importante.

Funcionários da chancelaria japonesa em Tóquio afirmam que as notícias sobre os suspeitos mostram que a China está investigando seriamente o caso.

A chancelaria japonesa vê positivamente as movimentações chinesas, dizendo que a ação rápida pode refletir a intenção da China de evitar qualquer enfraquecimento das relações bilaterais entre este país e o Japão.

Identificados os suspeitos do ataque ao carro do embaixador do Japão na China

A polícia da China identificou 3 homens e 1 mulher como os suspeitos de terem arrancado a bandeira do carro em que estava o embaixador japonês naquele país.

A informação foi transmitida por uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores da China à Embaixada do Japão em Pequim na noite de quinta-feira. Aparentemente, todos os suspeitos são cidadãos chineses.

Na segunda-feira, em Pequim, dois carros em que estavam os quatro suspeitos entraram na frente do veículo do embaixador Uichiro Niwa e o forçaram a parar.

Um dos homens arrancou a bandeira japonesa do carro do embaixador e, em seguida, todos fugiram.

A polícia não prendeu os suspeitos. Existe a possibilidade de que as autoridades chinesas levem em consideração a opinião pública ao tomar a decisão sobre o que fazer com eles.

Mensagens na internet parabenizam os quatro e pedem que o governo não os prenda.

Especialistas acreditam que a polícia não deve acusar os suspeitos de ofensas criminais, mas sim impor uma sanção administrativa. Nesse caso, eles poderiam pagar uma multa de aproximadamente 160 dólares cada ou ficar em detenção por até 15 dias

Japão e Coreia do Norte devem discutir a questão dos sequestros de japoneses

Um funcionário do governo japonês disse que o Japão e a Coreia do Norte manterão diálogos entre funcionários de alto escalão dos dois países envolvendo uma ampla gama de assuntos de preocupação mútua, incluindo os sequestros de cidadãos japoneses pela Coreia do Norte.

O funcionário em questão estava informando a imprensa a respeito de conversas bilaterais em nível governamental que foram concluídas na sexta-feira em Pequim.

Ele disse que os dois lados concordaram em realizar diálogos de alto escalão assim que possível em Pequim. O Japão disse esperar que os chefes de departamento da chancelaria dos dois países participem.

Os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte estarão provavelmente em pauta.

O Japão deseja discutir a devolução de restos mortais de japoneses que perderam a vida em torno do fim da Segunda Guerra Mundial no território que hoje corresponde à Coreia do Norte.