quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mitsubishi vai vender fábrica nos Países Baixos por 1 euro

A fabricante japonesa de automóveis Mitsubishi Motors vai vender sua única base de produção na Europa por apenas 1 euro, sob a condição de que os operários possam manter seus empregos.

Segundo fontes não identificadas, a Mitsubishi decidiu vender a fábrica no sul dos Países Baixos para uma fabricante local de ônibus, a VDL. A Mitsubishi vai conseguir economizar enormes quantidades de dinheiro com a venda da fábrica por apenas 1 euro. A negociação deverá beneficiar também os trabalhadores da fábrica e a comunidade local.

Morre filhote de panda nascido em zoológico de Tóquio

Morreu um filhote de panda-gigante na manhã de quarta-feira no zoológico de Ueno, em Tóquio, possivelmente devido a pneumonia.

O filhote, do panda macho Ri Ri e da panda fêmea Shin Shin, nasceu na quinta-feira. Ele foi o primeiro filhote de panda-gigante nascido no zoológico de Ueno em 24 anos.

axa de rendimento de títulos de longo prazo do Japão atinge nível mais baixo em 9 anos

A taxa de rendimento dos títulos de 10 anos do governo japonês atingiu, por um breve momento na quarta-feira, o nível mais baixo em 9 anos no mercado de Tóquio. Isso se deve ao fato de que a demanda por esses títulos está aumentando, já que são considerados relativamente seguros em meio a um contexto de crise de crédito na Europa e de incertezas sobre o futuro da economia dos EUA.

A taxa de rendimento chegou a alcançar 0,785%, o nível mais baixo desde junho de 2003.

Tratado sobre fontes genéticas enfrenta atrasos

As Nações Unidas estão conclamando os países a ratificarem um tratado internacional para compartilhamento, o mais cedo possível, de recursos genéticos.

Muitos países ainda não endossaram o denominado Protocolo de Nagoya, e ficou agora claro que o mesmo não vai cumprir a meta original de entrar em vigor em outubro.

O tratado foi adotado numa conferência da ONU sobre biodiversidade na cidade japonesa de Nagoya, em 2010. Ele fixa regras sobre como compartilhar os benefícios econômicos de medicamentos e outros produtos desenvolvidos através do uso de plantas e animais em escala mundial.

A convenção da ONU concordou em ter como meta a entrada em vigor do protocolo em outubro, quando uma outra conferência da ONU será realizada na Índia. No entanto, somente cinco países, incluindo Ruanda e México ratificaram o pacto até agora. O Japão, co-presidente da conferência de 2010, ainda não ratificou o documento devido a atrasos nos procedimentos internos do país.

O protocolo entraria em vigor 90 dias depois de ter sido ratificado por 50 países. Um atraso irá retardar os esforços de formação de um mecanismo para uma distribuição justa dos benefícios obtidos através da utilização de plantas e animais.

Considerações sobre a conferência de ministros das Finanças da UE

No Comentário de hoje, Masashi Nakamura, um economista do Instituto de Pesquisas Mizuho, nos fala sobre a conferência dos ministros das Finanças da União Europeia realizada na terça-feira. Durante o encontro, os ministros concordaram em trabalhar a respeito da medida emergencial de injeção de fundos em bancos espanhóis em dificuldades e acelerar a introdução de um sistema unificado de supervisão bancária.

Ele diz que a decisão a respeito das medidas emergenciais para a resgatar bancos da Espanha transmite o senso de crise da zona do euro. Os ministros aparentemente buscam aliviar a tensão a respeito do crédito, por meio da demonstração de uma posição de auxílio efetivo aos bancos espanhóis.

O mercado estava atento para ver se fundos de resgate da zona do euro seriam injetados em bancos com dificuldades diretamente, em vez de, antes, aumentar os empréstimos concedidos ao governo espanhol. A injeção direta evitaria um aumento da dívida do governo espanhol, o que é um ponto sobre o qual havia sido alcançada concordância durante uma cúpula da zona do euro realizada no mês passado, mas, que desta vez, ficou incerto.

No que se refere à criação de um sistema unificado de supervisão bancária na zona do euro, os ministros concordaram em trabalhar de forma mais rápida. No entanto, de acordo com o plano, a Comissão Europeia deve dar um impulso às discussões no começo de setembro, e, tendo isso como base, os ministros das Finanças europeus vão participar das discussões até o fim deste ano. O trabalho concreto relacionado ao delineamento do sistema virá depois disso. Assim, é provável que o real funcionamento do sistema comece apenas depois da metade do próximo ano. Por causa disso, incertezas relativas à zona do euro se espalham no mercado.

A zona do euro possui apenas uma moeda, mas é um grupo composto por 17 estados soberanos e não tem poder para tomar decisões sobre políticas vinculantes a todos os membros. Assim, o grupo inevitavelmente precisa de tempo para coordenar as visões de seus membros, e, mesmo depois de alcançado um acordo, o parlamento de cada país precisa deliberar sobre a aprovação de leis importantes.

Para o mercado, se a implementação leva de 6 a 12 meses mesmo depois de realizado o acordo, ela deve ser criticada por ser lenta demais. De acordo com o sistema atual, isso resulta em um ciclo vicioso que leva a ansiedades financeiras.

O economista conclui o Comentário dizendo que o maior problema da zona do euro é alcançar um bom equilíbrio entre medidas de estabilização financeira que precisam ser efetivadas rapidamente e a criação de novos sistemas, o que requer mais tempo, até mesmo alguns anos.

Este foi o Comentário.

União Europeia vai apressar lançamento de plano de supervisão bancária

Ministros das Finanças de países da União Europeia concordaram em apressar o lançamento de um mecanismo único, até o final do ano, para supervisionar o setor bancário da região.

Os ministros concordaram, na terça-feira, durante uma reunião realizada em Bruxelas, que vão apresentar propostas concretas até o começo de setembro. O novo mecanismo de supervisão é uma pré-condição para a liberação de pagamentos, de um fundo da zona do euro, diretamente a bancos de países deste bloco que tiverem dificuldades financeiras.

A cúpula da União Europeia realizada em junho havia concordado em injetar fundos diretamente nos bancos como parte das medidas de emergência criadas para lidar com a Espanha e a Itália. Mas a zona do euro permanece dividida a respeito de como a supervisão bancária deveria ser unificada e quando o fundo vai poder começar a liberar os pagamentos.

Coreia do Sul poderá abandonar o seu anunciado plano de pesquisa baleeira

A Coreia do Sul indicou que poderá abandonar seu plano de reiniciar a captura de baleia para fins de pesquisa.

O país informara à Comissão Baleeira Internacional, numa reunião no início deste mês, sua intenção de dar um reinício à captura de baleias. Explicara que a mobilização estaria ligada com o fato de as baleias causarem danos aos recursos marinhos.

Contudo, o Ministério de Alimentos e Pesca da Coreia do Sul anunciou, na quarta-feira, que o país poderá não ir adiante com o plano, caso especialistas ofereçam ideias alternativas numa reunião da Comissão Baleeira Internacional no mês de fevereiro que vem.

O ministério disse que a pesquisa baleeira poderá ser necessária para minimizar os danos que estes mamíferos causam à vida marinha. Acrescentou ainda que o assunto vai ser decidido depois de consultas com o setor doméstico de pesca, grupos ambientalistas e outros países concernentes.

A Coreia do Sul seria o segundo país, depois do Japão, a realizar pesquisas baleeiras. A Austrália e a Nova Zelândia manifestaram sua oposição ao plano. Os Estados Unidos também levantaram inquietações. Analistas políticos adiantam que o governo sul-coreano levou em conta as reações negativas manifestadas por vários países, ao tomar esta nova decisão.

Funcionários de usina nuclear sul-coreana são indiciados por suborno

A promotoria sul-coreana afirma que indiciou dezenas de altos funcionários de uma companhia estatal por aceitarem suborno em troca de favores comerciais.

A Repartição da Promotoria do Distrito de Ulsan disse, na terça-feira, que havia indiciado 22 funcionários da Companhia de Força Hidrelétrica e Nuclear da Coreia, juntamente com nove outros que trabalhavam como fornecedores ou intermediários. A promotoria disse que os subornos totalizaram cerca de 1,9 milhão de dólares.

Disseram ainda que os funcionários da usina nuclear da companhia em Gori, na região sul do país, receberam subornos em troca do fornecimento de material que não atendiam aos padrões de segurança.

A revelação desta corrupção sistemática que compromete a segurança nuclear poderá também solapar a confiança do público na Coreia do Sul no tocante à geração de energia nuclear.

Reator número 4 da usina nuclear japonesa em Ooi deverá ser reativado no dia 18 de julho

A companhia operadora da usina de energia nuclear de Ooi, situada na província de Fukui, na região central do Japão, declarou que almeja dar partida a um segundo reator da instalação na próxima quarta-feira.

A Companhia de Energia Elétrica de Kansai disse, na quarta-feira, que vai levantar as varetas de controle no reator número 4 no dia 18 de julho. O reator deverá então chegar a um estado de criticalidade na manhã seguinte, e começar então a gerar energia elétrica no dia 21 de julho. O reator vai chegar a uma capacidade total de produção de energia por volta do dia 25 de julho.

O reator número 3 da usina, que foi reativado no dia primeiro de julho, se tornou o primeiro reator a ser ativado para uma operação total no Japão desde o desastre de 11 de março do ano passado, ocorrido no leste do país, operando agora em plena capacidade desde a segunda-feira.

Novo partido japonês formado por ex-líder do situacionista tem como meta parar com aumento de impostos

Ichiro Ozawa, ex-líder do principal partido situacionista do Japão, o Democrata, e seus correligionários lançaram uma nova agremiação política.

Entre os 49 parlamentares tanto da Câmara Alta como da Baixa, do Parlamento, que tencionam se unir ao novo partido, Ozawa e 46 outros se reuniram para a cerimônia de formação do partido, na quarta-feira. Eles escolheram Ozawa como o líder do novo partido que tem como nome "Kokumin no Seikatsu ga Daiichi", cuja tradução literal seria "prioridade à vida do povo".

Num discurso para seus colegas, Ozawa disse que o partido terá como meta parar com um projeto de lei que prevê a elevação do imposto sobre consumo. Se aprovado, o imposto sobre consumo será elevado para 10% a partir de 2015.

Ozawa disse que o partido vai se basear no princípio de dar prioridade à vida do povo, em conformidade com o que foi expresso quando o Partido Democrata, três anos atrás, assumiu o poder que estava nas mãos do Partido Liberal Democrático, durante anos.

Na semana passada Ozawa e outros parlamentares entregaram seu pedido de demissão ao Partido Democrata. A mobilização surgiu depois que o projeto de lei para aumento do imposto de consumo foi aprovado na Câmara Baixa do Parlamento, no final do mês passado. As deliberações sobre o projeto, na Câmara Alta, tiveram início na quarta-feira.

Gemba pede que todas as partes respeitem o direito internacional em disputas territoriais

O ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Koichiro Gemba, disse que as disputas territoriais no Mar da China Meridional deveriam ser resolvidas de acordo com o direito internacional. Além disso, de acordo com ele, as nações envolvidas nas disputas deveriam se abster de tomar medidas unilaterais.

Na quarta-feira, Gemba encontrou-se com ministros das Relações Exteriores dos 10 países-membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático, a Asean, na capital do Camboja, Phnom Penh. Ele fez comentários sobre as disputas territorias sobre ilhas no Mar da China Meridional, que envolvem países como a China, as Filipinas e o Vietnã.

Gemba disse que as disputas são matéria de preocupação para a comunidade internacional e têm uma relação direta com a paz e a segurança regionais. Ele acrescentou que a estabilidade no Mar da China Meridional possui grande importância para as atividades econômicas na região.

Gemba disse que o Japão possui uma política de não-interferência em assuntos relativos ao Mar da China Meridional. No entanto, ele acrescentou que as nações envolvidas deveriam respeitar convenções internacionais e basear as suas visões na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Japão e China não conseguem diminuir suas diferenças sobre a soberania das Ilhas Senkaku

Os chanceleres do Japão e da China não conseguiram diminuir suas diferenças referentes à soberania das Ilhas Senkaku, na região do Mar Oriental da China.

O ministro do Exterior do Japão, Koichiro Gemba manteve negociações com sua contraparte chinesa, Yang Jiechi, na capital do Camboja, Phnom Penh, na quarta-feira.

Gemba expressou o protesto do Japão no tocante à entrada de 3 barcos da patrulha chinesa que penetraram nas águas territoriais do Japão, nas proximidades das Ilhas Senkaku, na manhã de quarta-feira. A soberania destas ilhas é reivindicada tanto pela China como Taiwan.

O chanceler japonês mencionou que as ilhas fazem parte do território japonês e não existe nenhuma questão territorial quanto a esta situação. Ele acrescentou que uma administração pacífica e estável das ilhas é um aspecto importante.

Yang, por sua vez, teria manifestado oposição e teria insistido que as ilhas fazem parte do território chinês.