quinta-feira, 28 de junho de 2012

Japão quer aprender com norte-americanos como lidar com tornados

Funcionários e pesquisadores japoneses da área de meteorologia estão nos Estados Unidos para aprender a lidar com tornados. Mais de mil tornados atingem os Estados Unidos a cada ano.

A Agência de Meteorologia do Japão e o Instituto de Pesquisa Meteorológica enviaram 9 meteorologistas e pesquisadores aos Estados Unidos no domingo.

A missão de pesquisa vem depois de forte tornado ter causado grandes danos próximo a Tóquio no mês passado.

Na quarta-feira, o grupo visitou um escritório da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional, em Oklahoma, nos Estados Unidos.

Um funcionário disse ao grupo que os meteorologistas com muita experiência em tornados emitem alertas e avisos baseando-se em dados de radar meteorológico e nas suas próprias observações.

Subsídios para veículos ecológicos estimulam produção automobilística no Japão

A produção nacional de veículos no Japão registrou um aumento ano a ano pelo oitavo mês consecutivo, seguindo-se à interrupção no fornecimento de componentes decorrente do desastre de março de 2011.

As oito principais montadoras do país produziram 740.626 unidades em maio. Trata-se de um crescimento de 60,8% em relação ao ano anterior. Sete fabricantes registraram aumento ano a ano.

O crescimento geral é atribuído, principalmente, aos subsídios do governo para a compra de veículos ecológicos.

Nova tecnologia permitiria que carros funcionem com energia elétrica conduzida pelos pneus

Cientistas japoneses mostraram que podem transmitir energia elétrica através de pneus de borracha com sucesso. Os pesquisadores esperam que isso possa estimular a criação de veículos elétricos que são recarregados conforme percorram estradas adaptadas.

O grupo, liderado pelo professor Takashi Ohira, da Escola de Pós-Graduação da Universidade de Tecnologia de Toyohashi, apresentou o novo progresso à imprensa na quarta-feira.

Na apresentação, um conjunto de pneus foi colocado em cima de uma estrutura de alumínio. Quando eletricidade de alta frequência foi transmitida através da estrutura, uma lâmpada, conectada por fios aos dois pneus, acendeu.

Os cientistas dizem que apesar de os pneus de borracha normalmente funcionarem como isolantes, eles podem conduzir uma alta frequência de energia extra: em torno de um milhão de vezes mais alta que aquela da energia elétrica padrão.

Ohira disse que o grupo vai melhorar a tecnologia com a finalidade de criar carros ambientalmente corretos capazes de funcionar continuamente.

Afeganistão quer investimentos estrangeiros em mineração

Ministros de Estado do Afeganistão defenderam a realização de investimentos estrangeiros no setor de mineração para ajudar a reconstruir a economia do país.

O chanceler afegão Zalmay Rasool enfatizou sua esperança de que o desenvolvimento econômico resulte na melhora das condições de segurança do país. Palavras nesse sentido foram ditas na quinta-feira por Rasool durante uma conferência internacional, em Nova Délhi, na Índia.

O evento foi organizado por uma associação empresarial indiana para debater meios de ajudar o lado afegão a reerguer sua economia.

O Afeganistão possui enormes jazidas minerais inexploradas, incluindo cobre e ferro. Porém, poucas empresas estrangeiras atuam no país devido às condições instáveis de segurança.

Briga entre adolescentes na China transforma-se em motim

Uma briga entre meninos adolescentes na província de Guangdong, sul da China, transformou-se em um motim entre trabalhadores que são migrantes de outras áreas.

Um jornal relatou que, na segunda-feira, os trabalhadores reuniram-se na cidade de Zhongshan em frente a escritórios do governo e enfrentaram a polícia.

Muitos trabalhadores também se reuniram no dia seguinte próximo a escritórios do governo local e atiraram pedras. Há relatos de pessoas feridas.

A violência foi aparentemente desencadeada por uma briga entre um estudante local e um jovem trabalhador migrante da cidade de Chongqing.

Um relato da imprensa diz que após a intervenção de responsáveis pela segurança, que espancaram o trabalhador, parentes e outros trabalhadores começaram o motim.

Destroços do tsunami japonês à deriva no Oceano Pacífico

O governo japonês estima que cerca de 1,5 milhão de toneladas de escombros, como as casas destruídas pelo tsunami que atingiu o Japão em março do ano passado, tenham sido levados pelas águas e estejam à deriva no Oceano Pacífico. Anteriormente neste mês, até uma doca flutuante foi encontrada na costa do Estado do Oregon nos Estados Unidos.

No Comentário de hoje, falamos com Nikolai Maximenko, pesquisador do Centro de Pesquisa Pacífico Internacional da Universidade do Havaí. Ele faz estudos sobre a projeção do movimento dos destroços do tsunami no Oceano Pacífico.

Perguntamos a ele como os destroços estão se espalhando pelo Oceano Pacífico.

O comentarista diz que durante os primeiros meses após o tsunami, os destroços estavam se deslocando do Japão rumo ao leste, carregados pelas correntes oceânicas e impulsionados pelos ventos e ondas.
Sob a influência do vento, os objetos mais leves, como pedaços de isopor e boias de pesca se moviam rapidamente. E alguns destes já haviam alcançado a costa oeste dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, objetos mais pesados que estavam em águas mais profundas, como redes, madeira e contêineres submersos ainda estariam nas cercanias do norte do Havaí, no meio do Pacífico Norte.

Os destroços continuarão se deslocando para o leste, e no final deste ano irão chegar à costa oeste americana. A influência dos destroços do tsunami na costa oeste deverá continuar por ainda um ou dois anos.

Os destroços são empurrados pelo vento e estima-se que eles se ramifiquem em direção ao norte e flutuem ao longo da costa do Alasca e depois prossigam rumo à Rússia.

A porção sulina vai recircular em direção ao sul e vai ser levada pelos ventos em direção ao Havaí, e ainda além rumo ao oeste, em direção à Asia.

Estes destroços podem trazer problemas, eles podem conter substâncias perigosas como gás, óleo ou plástico tóxico que estava armazenado em contêineres nos portos. Remover estas substâncias é tremendamente caro. Isto diz respeito tanto às regiões densamente povoadas como às mais remotas. A costa do Alasca, em várias áreas é de difícil acesso, portanto limpar estas áreas é uma tarefa que pode levar muitos anos.

Um outro problema são as espécies invasivas. Peixes tendem a seguir objetos flutuantes. Por isso, uma quantidade extraordinária de destroços do tsunami pode resultar na chegada de grandes montantes de espécies asiáticas, num fenômeno sem precedentes.

Estes destroços são um problema internacional. E o problema deve ser resolvido internacionalmente por meio de uma colaboração próxima entre diferentes governos e cientistas.

Este foi o Comentário.

Governo japonês pede desculpas por não ter divulgado mapas de radiação em Fukushima

Funcionários do governo japonês pediram desculpas às comunidades em torno da usina nuclear Fukushima 1 por não terem divulgado mapas exibindo as áreas tidas como perigosas devido à radiação. Os mapas em questão foram fornecidos pelos Estados Unidos imediatamente após o início do desastre nuclear do ano passado.

Na quinta-feira, funcionários da Agência de Segurança Nuclear e Industrial pediram desculpas ao prefeito do vilarejo de Kawauchi, Yuko Endo. Todos os moradores locais foram forçados a deixar suas casas depois que o governo designou o vilarejo como uma zona de exclusão.

Segundo um dos funcionários da agência, um painel governamental que investiga o desastre chegou à conclusão de que as autoridades não respeitaram a vida e a dignidade da população local. O funcionário desculpou-se pela falha e acrescentou que o painel reiterou a importância da divulgação de informações.

O prefeito Endo, por sua vez, declarou que, caso o vilarejo tivesse recebido as informações, os moradores locais poderiam ter evitado se refugiar em locais com altos níveis de radiação.

Nível de radiação mais alto até agora é detectado em reator da usina nuclear Fukushima 1

O nível mais alto de radiação até agora foi detectado no interior do vaso do reator 1 da usina nuclear Fukushima 1.

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) afirmou ter utilizado endoscópios e dosímetros para examinar o interior do reator na terça-feira. Medições internas foram realizadas pela primeira vez desde o acidente nuclear de março do ano passado.

A operadora de Fukushima 1 detectou um nível recorde de 10.300 milisieverts por hora. A medição foi realizada a 20 centímetros acima da superfície de uma poça d'água no interior da câmara de supressão do reator.

Esse alto nível de radiação seria letal para os seres humanos, podendo matar em menos 50 minutos. Não foram detectados destroços na câmara de contenção durante o levantamento.

Junichi Matsumoto, da Tepco, afirmou suspeitar que a existência de um nível mais alto de radiação no interior do reator 1 se deve ao derretimento de uma quantidade maior de varetas de combustível no local em questão do que em outros reatores.

Novo presidente da Tepco promete reformas em sua companhia

O novo presidente da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, a Tepco, disse que vai pressionar a realização de uma reforma na gestão da companhia com a finalidade de recuperar a confiança do público após o acidente nuclear do ano passado na usina Fukushima 1.

Kazuhiko Shimokobe se pronunciou em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, um dia depois de ter sido designado presidente da Tepco numa assembleia de acionistas.

Ele afirmou que a Tepco detém um grande monopólio e que fracassou em prestar mais atenção às necessidades dos consumidores.

Shimokobe disse também que vai assegurar que a Tepco ouça atentamente às críticas externas à sua cultura corporativa e que todo funcionário da firma considere as necessidades dos usuários.

A Tepco vem sendo criticada não somente pela forma como lidou com o acidente de março do ano passado, mas também por impor unilateralmente aumentos de preços.

Temporada anual de reuniões de acionistas atinge o pico no Japão

A temporada anual de reuniões de acionistas atinge o pico no Japão. Cerca de 700 empresas listadas na Bolsa de Valores, ou seja, quase 40% das que encerraram o ano fiscal em março passado, realizaram suas reuniões gerais anuais na quinta-feira.

A Olympus, que foi atingida por uma série de escândalos, é uma delas. Ex-dirigentes da empresa foram acusados de acobertar mais de 1 bilhão de dólares de perdas em investimentos.

Na reunião de acionistas da Olympus, Hiroyuki Sasa, presidente da empresa, pediu desculpas e explicou a implantação de medidas para evitar a reincidência de atos infracionais. Segundo Sasa, o escândalo que atingiu a Olympus foi o resultado dos atos de ex-dirigentes que tentavam obter lucros através de investimentos em ações.

Hiroyuki Sasa, que assumiu o comando da Olympus em abril, afirmou que vai limitar o mandato presidencial da empresa para 6 anos, com base na crença de que o mandato de longa duração resultou no escândalo.

Os esforços de reconstrução da Olympus incluem também a nomeação de pessoas oriundas de fora da empresa para compor metade de seu quadro de diretores.