quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tepco estudou o impacto de grandes tsunamis em treinamentos internos

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio disse não ter utilizado um estudo próprio que estimava a extensão de possíveis danos causados à usina nuclear Fukushima 1 por tsunamis de grandes proporções.

Um grupo de trabalhadores da Tepco conduziu um estudo em 2006 para determinar o que aconteceria caso o reator número 5 do complexo fosse atingido por ondas com mais de 5,7 metros de altura. Essa era a altura que a Tepco considerava máxima possível.

O grupo estimou que caso as ondas passassem de 13,5 metros de altura, toda a energia seria perdida e também seria impossível injetar água no reator.

A Tepco diz que os estudos foram conduzidos como uma forma de treinamento para novos empregados, e que a companhia realmente nunca havia esperado um tsunami de tais proporções.

A Tepco diz que levantou o tema de danos causados por tsunamis durante o treinamento, porque um comitê governamental estava discutindo os efeitos de ondas gigantes em reatores nucleares após a ocorrência do grande tsunami de 2004 no Oceano Índico.

Governo japonês planeja criar sistema de videoconferência para emergências nucleares

O governo japonês está considerando implantar um sistema de videoconferência que permita que municípios localizados dentro de um raio de 30 quilômetros a partir de uma usina nuclear possam manter contato com o governo central e com companhias de energia em caso de emergência.

A Agência de Segurança Industrial e Nuclear do Japão propôs o plano durante um encontro com especialistas em desastres nucleares na quarta-feira. Eles debateram diferentes tipos de sistemas de resposta a emergências no caso de acidentes em usinas nucleares.

O centro local de resposta a emergências responsável pela usina nuclear Fukushima 1 perdeu seu sistema de comunicação logo depois do terremoto e do tsunami do dia 11 de março do ano passado. Além disso, o centro também permaneceu inutilizável devido aos altos níveis de radiação.

O centros locais lidam com a retirada dos moradores.

O governo deseja implantar o sistema de videoconferência até o fim de março de 2013.

A situação da crise da dívida na Europa

Hoje, no Comentário, pedimos a opinião de Masaru Kaneko, professor da Universidade Keio, sobre o futuro da crise da dívida na Europa.

A crise europeia não parece passar nunca. Começamos perguntando a Kaneko qual seria o núcleo da crise e como ele avalia esta situação.

Kaneko diz: "o problema é que as instituições financeiras que possuem títulos de governos de países economicamente fracos estão passando por dificuldades de gestão.

A crise dos empréstimos irrecuperáveis de 2008 destruiu a bolha imobiliária, deixando as instituições financeiras com enormes montantes de dívidas insolúveis. Os bancos que cederam esses empréstimos não-recuperáveis compraram títulos desses países com problemas fiscais por não terem onde investir este dinheiro depois da explosão da bolha.

Quando os riscos de calotes começaram a aumentar nesses países, um efeito bumerangue devolveu esses riscos, atingindo as instituições financeiras que possuíam os títulos governamentais e levando a uma crise de gestão dessas instituições. Esta foi a reação em cadeia entre a crise do débito e a crise financeira. Neste sentido, podemos dizer que o mundo entrou na segunda fase da crise financeira global."

Kaneko falou também sobre a situação na Espanha, o atual foco de atenção da crise europeia. No dia 8 de junho, o FMI (Fundo Monetário Internacional) emitiu um relatório afirmando que a Espanha precisaria de cerca de 50 bilhões de dólares, na forma de injeções de capital nos bancos. Um dia depois, no dia 9 de junho, os países da zona do euro concordaram em emprestar cerca de 125 bilhões de dólares em fundos públicos ao país.

Contudo, as preocupações sobre a possibilidade desse empréstimo piorar a situação financeira do governo espanhol resultaram num aumento dos rendimentos dos títulos a prazo fixo em 10 anos para quase 7%.

Se a Espanha continuar emitindo mais títulos do governo com taxas a esse nível, uma nova crise da dívida poderá ser deflagrada. Um total líquido de cerca de 121 bilhões de dólares em investimentos deixaram a Espanha durante o trimestre de janeiro a março. No momento, o país enfrenta uma situação realmente difícil.

Se a crise econômica que teve início na Grécia se espalhar à Espanha, Itália e outros países da Europa, isso poderá aumentar o risco de desintegração da União Europeia.

Kaneko conclui dizendo que, mesmo se esse risco for evitado, a crise pode continuar por um longo período, a menos que haja uma grande injeção de fundos públicos nos bancos que estão tendo dificuldades financeiras.

Este foi o Comentário.

Coreia do Norte afirma que posicionamento de destróier japonês é uma provocação

Pyongyang condenou uma proposta japonesa de deslocamento de um destróier Aegis para o Mar Amarelo. A medida seria uma forma de preparação para um possível novo lançamento de míssil por parte da Coreia do Norte.

O Ministério da Defesa do Japão recomendou uma série de medidas preparatórias, já que o governo foi criticado pela forma como agiu quando do fracassado teste balístico conduzido pela Coreia do Norte em abril.

Pyongyang afirma que o teste se tratava de um lançamento de um foguete que transportava um satélite.

As propostas do Ministério da Defesa do Japão incluem o posicionamento de navios de guerra do tipo Aegis equipados com radares nas águas próximas à Coreia do Norte.

Na quarta-feira, o jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o Rodong Sinmun, criticou o Japão dizendo que o país estava fazendo o pacífico programa espacial norte-coreano parecer um crime.

O jornal afirmou que o lançamento por parte do Japão de satélites espiões e o posicionamento de destróieres Aegis são uma séria provocação.

China nega ter exportado veículo militar para a Coreia do Norte

O porta-voz da chancelaria chinesa, Liu Weimin, negou relatos de que o seu país teria exportado veículos de grande porte para a Coreia do Norte, os quais poderiam servir como plataforma para lançamentos de mísseis.

Liu disse à imprensa, na quarta-feira, que a China é firmemente contra a proliferação de armas de destruição em massa e de equipamentos para o transporte dessas armas.

Ele acrescentou que o seu país implementa estritamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e que as firmas chinesas não exportam artigos proibidos por resoluções do Conselho de Segurança e pela legislação do país.

Bola de basquete levada pelo tsunami do ano passado no Japão é encontrada na costa do Alasca

Uma bola de basquete que foi encontrada boiando na costa do Alasca, depois de ter sido levada pelas ondas de tsunami ocorridas no dia 11 de março do ano passado, no Japão, foi devolvida aos estudantes de ciclo ginasial de uma escola do nordeste japonês.

A bola foi encontrada em março, numa ilha do Alasca, por um estudante local do ciclo colegial.

A Escola Kesen de ciclo ginasial, na cidade de Rikuzen Takata, na província de Iwate, tinha o seu nome impresso na bola.

Na quarta-feira, a bola foi entregue à escola japonesa por dois pilotos de uma companhia americana transportadora de carga, a FedEX.

Governo japonês promove campanha para economia de eletricidade durante o verão que se aproxima

O governo japonês solicitou aos fabricantes de lâmpadas incandescentes e varejistas um corte na produção e venda destes artigos de forma a ajudar a economizar eletricidade durante o verão que se aproxima.

Um vice-ministro do Meio Ambiente, Katsuhiko Yokomitsu fez a solicitação na quarta-feira, numa reunião de fabricantes de equipamento de iluminação e varejistas. Ele também solicitou que as indústrias produzam mais lâmpadas do tipo LED, que usam muito menos energia elétrica.

As lâmpadas incandescentes ainda são amplamente usadas no Japão. Quarenta e três milhões foram fabricadas durante o ano passado.

As unidades de tipo LED consomem somente 10% de energia e duram 40 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes, embora sejam 10 vezes mais caras.

O Ministério para o Meio Ambiente afirma que caso todas as lâmpadas atualmente usadas no país sejam substituídas pelas do tipo LED, 5 bilhões de kilowatts-hora de eletricidade por ano poderão ser economizados.

Isso seria equivalente a um consumo anual de 1,4 milhão de residências.

Afeganistão deseja 5 bilhões de dólares por ano para o seu desenvolvimento

O Afeganistão está pedindo um apoio internacional contínuo, alegando que o país necessita de 5 bilhões de dólares por ano para o seu processo de reconstrução e desenvolvimento a partir de 2015.

O governo afegão compilou um informe sobre o seu plano de desenvolvimento, em antecipação à conferência de doadores que será realizada, em Tóquio, no mês que vem.

Uma cópia do informe obtida pela NHK registra importantes projetos, como o de construção de 5 aeroportos internacionais, ferrovias e outros projetos de infraestrutura e desenvolvimento de recursos naturais.

O governo do país tenciona também prover educação para ajudar a eliminar o disseminado processo de corrupção na sociedade afegã.

Um funcionário de escalão do Ministério das Finanças do Afeganistão disse à NHK que o país necessita do apoio internacional para um período de dez anos, a partir de 2015.

O Japão convidou 70 países e organizações internacionais para a conferência de doadores que vai discutir como apoiar o Afeganistão depois que as tropas multinacionais de combate se retirarem do país, no final de 2014.

Governo japonês diz que China exportou veículos militares para a Coreia do Norte

O governo japonês afirmou que um navio registrado no Camboja, que partiu da China rumo à Coreia do Norte, em agosto do ano passado, transportava veículos que poderiam ser utilizados para o lançamento de mísseis balísticos.

O Japão vai relatar a descoberta às Nações Unidas como uma possível violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que proíbem as exportações de equipamento militar para a Coreia do Norte.

Funcionários da Guarda Costeira, da polícia e da alfândega japonesa disseram ter descoberto documentos sobre o carregamento em questão durante uma busca empreendida no navio de registro cambojano, no Porto de Osaka, em outubro de 2011.

Os documentos indicam que o navio transportou quatro veículos de grande porte WS51200, desde Xangai, na China, até a cidade norte-coreana de Nampho.

Segundo o governo japonês, é altamente provável que esses veículos sejam os mesmos que foram exibidos como plataformas de lançamento durante um desfile militar realizado na Coreia do Norte, em abril.