sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cotação do dólar

E no mercado de câmbio de Tóquio, o dólar teve uma queda em relação ao iene, na tarde de sexta-feira.

Às 17 horas, hora local, ele foi negociado entre 79,24 e 79,25 ienes, com um recuo de 0,03 iene, em relação à cotação vespertina de quinta-feira.

Seul pede a Pyongyang o pagamento de empréstimos

A Coreia do Sul pediu ao governo norte-coreano o reembolso de empréstimos para assistência alimentícia, oferecida por mais de uma década, cujos prazos para o pagamento venceram na quinta-feira.

A Coreia do Sul disse que notificou Pyongyang sobre o reembolso no valor de 5,8 milhões de dólares na sexta-feira.

O calote por parte da Coreia do Norte deve desencorajar investidores a colocar mais fundos em uma zona econômica especial do país.

Taxa de desemprego aumenta na Grécia

A taxa de desemprego na Grécia se elevou novamente, dando aos eleitores um outro motivo a considerar nas próximas eleições parlamentares que serão realizadas no país.

O governo grego disse, na quinta-feira, que a taxa de desemprego em março foi de 21,9%, indicando um aumento de 0,5 pontos percentuais em relação ao mês de fevereiro.

A taxa de desemprego entre os jovens da faixa etária de 15 a 24 anos foi de 52,8%, indicando a difícil situação da crise financeira do país.

Na Grécia, será realizada a segunda eleição parlamentar no dia 17 de junho. A primeira, conduzida no mês passado, falhou em criar um governo após a interrupção das conversações sobre a formação de uma coalizão.

Agora, as atenções se concentram para ver se os eleitores vão dar apoio às medidas de austeridade do antigo governo, que incluem aumento de impostos e cortes severos nos pagamentos de pensões.

Pesquisas mostram que Syriza, o partido Coalizão da Esquerda Radical, está ganhando apoio. O partido está fortemente se opondo aos rigorosos cortes nos gastos.

Tepco envia trabalhadores para checar câmaras de supressão

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, conhecida como Tepco, enviou seus trabalhadores ao subsolo dos prédios de dois reatores na problemática usina de energia nuclear Fukushima 1, para observar as câmaras de supressão dos reatores.

Os trabalhadores entraram nas salas que abrigam as câmaras de supressão dos reatores 2 e 3, na quarta-feira, pela primeira vez desde o acidente nuclear ocorrido em março do ano passado.

A equipe foi incumbida de localizar as fontes de água radioativa que está vazando das câmaras, contudo a missão não foi bem sucedida.

A Tepco diz que a água contaminada se acumulou até o nível de 5,33 metros na unidade 2, e de 5,43 metros na unidade 3.

A operadora planeja encher os vasos de contenção dos reatores com água e extrair as varetas de combustível derretidas como parte dos esforços de desmantelamento da usina.

Para tanto, é indispensável que os danos ocorridos nos vasos de contenção dos reatores e das câmaras de supressão sejam localizados e reparados.

Irã pede à Rússia para apoiar seu programa de desenvolvimento nuclear

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, solicitou ao presidente russo, Vladimir Putin, para apoiar o direito iraniano de usar a energia nuclear para fins pacíficos. A solicitação vem em antecipação às negociações a serem realizadas com 6 potências mundiais, no final deste mês.

Putin disse que a Rússia apoia o desenvolvimento nuclear iraniano para fins pacíficos, mas é contra o desenvolvimento de armas nucleares.

Os dois líderes se encontraram em Pequim, na quinta-feira, nos bastidores de uma cúpula regional de segurança.

A partir do dia 18 de junho, o Irã deverá realizar uma outra rodada de negociações em Moscou, referentes a seu programa nuclear. O encontro contará com a participação dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha, da França, Alemanha, a Rússia e a China.

Tudo indica que as negociações não deverão ser fáceis.

Um repórter da NHK disse que Ahmadinejad esperava fortalecer os laços bilaterais com a Rússia antes da realização das discussões sobre o problema nuclear, mas inesperadamente recebeu uma observação restritiva do presidente Putin.

Assassinatos em massa continuam na Síria

A violência continua acontecendo na Síria. Mercenários da milícia ligados ao governo sírio continuam com os assassinatos em massa após o massacre reportado na parte central do país.

Na quarta-feira, a milícia alinhada com o governo entrou em uma pequena vila próxima à cidade central de Hama. A área já havia sofrido ataques anteriormente por parte das forças governamentais. Presume-se que a milícia tenha matado mais de 80 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, e sequestraram residentes.

Um ativista de direitos humanos local disse que os membros de monitoração de cessar-fogo da ONU foi à vila na quinta-feira para conduzir inspeções in loco. No entanto, as forças do governo proibiram sua entrada e os seus veículos foram baleados. Não está claro quem estava por trás dos disparos.

O ativista disse que os informes indicam que a milícia se moveu para uma outra vila das proximidades e está realizando um massacre similar. Ele observa que as forças governamentais estão posicionadas em volta da vila para bloquear a entrada.

Também acrescenta que outras cidades se encontram sob assaltos indiscriminados feitos por helicópteros e fazendas estão sendo incendiadas.

Superávit na conta corrente do Japão diminui pelo décimo quarto mês consecutivo

O superávit na conta corrente do Japão contraiu em abril pelo décimo quarto mês consecutivo, devido à queda nas exportações.

O Ministério das Finanças divulgou na sexta-feira, em seu relatório preliminar, que o valor diminuiu 21 por cento em relação ao ano anterior.

O ministério diz que o desaquecimento econômico global, desencadeado pela crise da dívida europeia, enfraqueceu as exportações, e que as importações de gás natural liquefeito aumentaram devido ao desligamento dos reatores nucleares.

Fitch rebaixa obrigações estatais da Espanha para o nível de BBB

Uma importante agência de avaliação de crédito, a Fitch, rebaixou os títulos da dívida pública da Espanha em conexão com a possibilidade de maior alastramento da crise de débito da Europa.

A Fitch anunciou na quinta-feira que rebaixou os títulos espanhóis para o nível de BBB que antes estavam no nível de A.

A agência atribuiu sua decisão à crescente possibilidade de que o governo espanhol venha solicitar fundos de resgate da União Europeia.

Ela estima que o custo de reestruturação e renovada capitalização dos bancos espanhóis chegue a 100 bilhões de euros.

A agência também prevê que a Espanha deverá permanecer em recessão até o ano 2013.

Por outro lado, o governo da Espanha está comissionando auditores externos para estimar o custo de capitalização dos bancos do país, afirmando que vai emitir um plano ainda neste mês para reforma do setor bancário do país.

Encerrada reunião da Organização para Cooperação de Xangai

Encerrada reunião da Organização para Cooperação de Xangai
Foi encerrada a reunião de cúpula de dois dias da Organização para Cooperação de Xangai, em Pequim, na quinta-feira. O grupo é uma organização intergovernamental para a segurança mútua, formada pela Rússia, China e 4 nações da Ásia Central.

No Comentário de hoje, Shinji Hyodo, do Instituto Nacional para Estudos sobre a Defesa, nos fala sobre esta última reunião. Ele é o chefe da Divisão da América, Europa e Rússia, do Departamento de Estudos Regionais do instituto.

Perguntamos a ele sobre o que há por trás da demonstração de parceria entre a China e a Rússia no último encontro.

Ele diz que os dois países demonstraram sua parceria, uma vez que queriam deixar claro à comunidade internacional que a China e a Rússia são diferentes dos Estados Unidos ou de países europeus para lidar com a questão da Síria e do Irã. Os dois países se opõem à intervenção nos assuntos internos da Síria por parte de países ocidentais. Isso porque a China e a Rússia temem que a intervenção do Ocidente possa chegar a eles no futuro, se aceitassem tais iniciativas. Ambos os países querem evitar que a intervenção militar do Ocidente e as sanções da ONU se tornem um precedente para lidar com assuntos domésticos de qualquer país. Na China, há questão étnica da Região Autônoma de Xinjiang Uygur. E a Rússia está enfrentado movimentos antigoverno, ou anti-Putin, dentro do país.

Hyodo continua e diz que na última reunião de cúpula, os membros da Organização para Cooperação de Xangai concordaram em convidar o Afeganistão como observador para encontros no futuro. E a China e a Rússia se mostraram interessadas em se envolver ativamente na questão do Afeganistão. Os dois países anunciaram políticas que demonstram que possuem suas próprias maneiras de lidar com o terrorismo conduzido por grupos militantes islâmicos.

Já em relação à política, a China e a Rússia, que se consideram como parceiras estratégicas, devem se tornar mais propensas a mostrar suas relações em desenvolvimento. Entretanto, parece que há uma profunda desconfiança entre os dois países, assim como divergência sobre questões econômicas e militares. Segundo Hyodo, a parceria entre a China e a Rússia não deve se desenvolver de forma tão extraordinária no futuro.

Este foi o Comentário.

Secretário-geral da ONU vai propor novas opções para solução dos problemas na Síria

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que vai propor várias novas opções ao Conselho de Segurança, para ajudar a terminar com a violência na Síria.

Ban disse à imprensa, na quinta-feira, que o governo do presidente Bashar al-Assad não mostra sinais de cumprir os termos do plano de cessar-fogo aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Ele disse que vai emitir em breve novas opções. Contudo, se recusou a entrar em detalhes. Acrescentou ainda que as Nações Unidas necessitam adotar uma ação.

Observadores dizem que tal ação poderá incluir sanções mais severas contra a Síria, conforme solicitado pelos Estados Unidos e pelos países europeus.
Contudo, a Rússia e China permanecem contra a emissão de novas sanções contra o governo de Assad. Esta divisão de opiniões faz com que o Conselho de Segurança da ONU tenha pouca margem para adoção de medidas adicionais.

Ban indicou que a reunião do Grupo dos 20, programada para ter início no dia 18 de junho no México, poderá prover uma boa oportunidade para discussão da situação na Síria.