sexta-feira, 8 de junho de 2012

Encerrada reunião da Organização para Cooperação de Xangai

Encerrada reunião da Organização para Cooperação de Xangai
Foi encerrada a reunião de cúpula de dois dias da Organização para Cooperação de Xangai, em Pequim, na quinta-feira. O grupo é uma organização intergovernamental para a segurança mútua, formada pela Rússia, China e 4 nações da Ásia Central.

No Comentário de hoje, Shinji Hyodo, do Instituto Nacional para Estudos sobre a Defesa, nos fala sobre esta última reunião. Ele é o chefe da Divisão da América, Europa e Rússia, do Departamento de Estudos Regionais do instituto.

Perguntamos a ele sobre o que há por trás da demonstração de parceria entre a China e a Rússia no último encontro.

Ele diz que os dois países demonstraram sua parceria, uma vez que queriam deixar claro à comunidade internacional que a China e a Rússia são diferentes dos Estados Unidos ou de países europeus para lidar com a questão da Síria e do Irã. Os dois países se opõem à intervenção nos assuntos internos da Síria por parte de países ocidentais. Isso porque a China e a Rússia temem que a intervenção do Ocidente possa chegar a eles no futuro, se aceitassem tais iniciativas. Ambos os países querem evitar que a intervenção militar do Ocidente e as sanções da ONU se tornem um precedente para lidar com assuntos domésticos de qualquer país. Na China, há questão étnica da Região Autônoma de Xinjiang Uygur. E a Rússia está enfrentado movimentos antigoverno, ou anti-Putin, dentro do país.

Hyodo continua e diz que na última reunião de cúpula, os membros da Organização para Cooperação de Xangai concordaram em convidar o Afeganistão como observador para encontros no futuro. E a China e a Rússia se mostraram interessadas em se envolver ativamente na questão do Afeganistão. Os dois países anunciaram políticas que demonstram que possuem suas próprias maneiras de lidar com o terrorismo conduzido por grupos militantes islâmicos.

Já em relação à política, a China e a Rússia, que se consideram como parceiras estratégicas, devem se tornar mais propensas a mostrar suas relações em desenvolvimento. Entretanto, parece que há uma profunda desconfiança entre os dois países, assim como divergência sobre questões econômicas e militares. Segundo Hyodo, a parceria entre a China e a Rússia não deve se desenvolver de forma tão extraordinária no futuro.

Este foi o Comentário.

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