sexta-feira, 20 de julho de 2012

Metais terras raras descobertos em águas japonesas poderão ser usados em três anos

Um cientista disse que o Japão será capaz de usar enormes reservas de metais terras raras encontradas em suas águas dentro de três anos. Yasuhiro Kato, professor da Universidade de Tóquio, disse em um simpósio realizado em Tóquio, na sexta-feira, que as reservas serão altamente rentáveis. Ele propôs o uso de métodos de exploração de óleo cru e força magnética para extrair eficientemente os metais. Sua equipe descobriu depósitos estimados em 6 milhões e 800 mil toneladas a 5.600 metros de profundidade nas proximidades de Minami-Torishima, no oceano Pacífico. A ilha fica a aproximadamente 2.000 quilômetros a sudeste de Tóquio. Os depósitos serão suficientes para cobrir o consumo de metais terras raras de mais de 200 anos ao ritmo atual de utilização.

Banco revisa para baixo a previsão de crescimento econômico da Ásia

O Banco de Desenvolvimento da Ásia revisou para baixo sua previsão de crescimento econômico dos países membros e territórios para este ano. O banco alterou sua estimativa para 44 membros da região de 6,9 por cento, em abril, para 6,6 por cento. A previsão não inclui o Japão e outros países desenvolvidos. O chefe do Escritório da Integração Econômica Regional deste banco, Iwan Azis, disse à NHK na quinta-feira que a desaceleração do crescimento econômico na Europa e nos Estados Unidos está afetando a economia da Ásia, principalmente da China e da Índia. Ele afirmou que países cuja economia está voltada para exportação, como Cingapura, são os mais afetados. Azis disse que a China e outras nações asiáticas estão aumentando as exportações para países dentro da Ásia e outros mercados emergentes, como a América Latina e África.

Parlamentares do Partido Democrata pedem revisão do plano de envio dos aviões Osprey

Parlamentares do partido da situação, o Partido Democrata, estão fazendo uma petição ao governo dos Estados Unidos no sentido de rever o plano de envio de aeronaves militares do tipo Osprey ao Japão. Eles citam como motivos as preocupações sobre a segurança que ainda não foram resolvidas. Os Estados Unidos planejam enviar os aviões para a estação aérea de Iwakuni, dos fuzileiros navais americanos, e posicioná-los na base aérea de Futenma, em Okinawa. O exército americano planeja iniciar operações completas no início de outubro. Contudo, Seiji Maehara, chefe de políticas do Partido Democrata do Japão, pediu que a data da transferência fosse reconsiderada. Ele disse que o governo japonês deve negociar com os Estados Unidos e rever o plano, em vista das preocupações do povo. Ele fez esta observação durante um encontro com Satoshi Morimoto, ministro da Defesa, na quinta-feira. Membros da câmara baixa do Partido Democrata da província de Yamaguchi também estão pedindo por uma revisão da data. Eles comunicaram a solicitação ao secretário-chefe do gabinete, Osamu Fujimura, na quinta-feira.

Novo comandante das forças americanas no Japão assume o posto

O novo comandante das forças americanas no Japão diz que está ansioso para estabelecer uma aliança bilateral mais forte. O tenente-general Salvatore Angelella fez esta declaração na sexta-feira, em uma cerimônia para a transferência de comando na Base Aérea de Yokota, nos arredores de Tóquio. Ele assumiu o posto, em substituição ao tenente-general Burton Field. Citando o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, o novo comandante afirmou estar ansioso para dar continuidade ao trabalho de modernizar a aliança. No entanto, ele não mencionou concretamente sobre a mobilização ou operação das forças americanas, como o envio da aeronave militar Osprey à Base Aérea de Iwakuni, na província de Yamaguchi, programado para segunda-feira. Burton Field, que está deixando o posto, supervisionou a atividade de assistência chamada Operação Tomodachi, após o terremoto e tsunami em 11 de março do ano passado no nordeste do Japão. Field disse que a prontidão das forças americanas para casos de emergência foi bastante proveitoso.

Governo do Japão fixa diretrizes de indenização para os moradores de Fukushima

O governo japonês compilou diretrizes para agilizar o pagamento das indenizações aos residentes de Fukushima que foram forçados a deixar suas casas após o acidente na usina de energia nuclear ocorrido no ano passado. A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, a Tepco, operadora da usina de Fukushima, já está tratando a questão das indenizações com base nas diretrizes estabelecidas por um comitê de especialistas do governo. Contudo, os pagamentos têm se atrasado por conta das grandes diferenças havidas entre as reclamações dos residentes e os pontos de vista da operadora. As novas regras foram compiladas pelo Ministério da Indústria e do Comércio que supervisiona a usina. Segundo as mesmas, as pessoas que deixaram suas casas após o desastre nuclear e não puderem retornar a elas por 6 ou mais anos serão indenizadas com o valor total do imóvel. As diretrizes estabelecem procedimentos para casas mais antigas, que normalmente não seriam bem avaliadas. Elas recomendam pagar, no mínimo, 20% do valor do imóvel fixado na época em que foi construído. A Tepco disse que apresentará um novo padrão de indenizações estabelecido por sua própria conta na próxima semana, em linha com as diretrizes do Ministério da Indústria e do Comércio.

Polêmica reativação de reatores na usina nuclear de Ooi

No Comentário de hoje, o professor adjunto Hiroaki Koide, do Instituto de Pesquisas sobre Reatores, da Universidade de Kyoto, vai falar sobre os problemas após o reinício da operação na usina de Ooi. Perguntamos a ele como considera a reativação dos reatores 3 e 4 da usina de Ooi, conforme planejado. Ele diz que, resumindo em uma frase, é uma falta de consideração reativar os reatores. O governo japonês e companhia de energia elétrica vêm afirmando que o abastecimento de eletricidade pode não ser suficiente caso a usina nuclear de Ooi não seja reativada. Entretanto, não há possibilidade de o Japão vir a sofrer falta de energia elétrica, um fato também conhecido pelo governo. Até hoje, no Japão, se as usinas hidrelétricas e termoelétricas estiverem em condições de operar plenamente, nunca houve falta de eletricidade mesmo na época de grandes demandas. Após o colapso da Lehman Brothers, o consumo de energia elétrica vem caindo no país. Além disso, muitas pessoas estão economizando energia. Assim, seria possível enfrentar o verão sem utilizar usinas nucleares. O professor continua e diz que o governo japonês e companhia de energia elétrica alegam que poderá haver falta de eletricidade se as usinas nucleares estiverem desativadas e outros tipos de usina para a geração de energia tiverem que parar a operação por algum motivo. Apesar do governo japonês ter conhecimento de que o abastecimento será suficiente mesmo sem a reativação da usina de Ooi, a explicação para o reinício de sua operação não é suficiente. O método adotado pela administração japonesa não é coerente com a realidade, e utiliza ameaças como se fosse faltar a luz no país sem usinas nucleares. O Japão está acostumado com a ideia de reavivar ainda mais a sua economia e atingir uma determinada taxa de crescimento por ano. Por isso, vem protegendo as atividades de empresas e menosprezando as vítimas que vierem a surgir. Dá-se a impressão de que o governo japonês e líderes empresariais acreditam que usinas nucleares são necessárias para promover a atividade econômica no país. Após o acidente nuclear na usina de Fukushima, uma grande parte da terra nesta província, entre outras, foram contaminadas por radiação. E muitos tiveram que abandonar suas casas e se mudar para outros locais. Segundo o professor Koide, a população em todo o Japão começou a se manifestar e se envolver na questão de usinas nucleares como se fosse seu próprio problema. Este foi o Comentário.

Manifestação antinuclear é realizada em frente da residência do primeiro-ministro japonês

Uma manifestação foi realizada na sexta-feira, à noite, em frente da residência do primeiro-ministro, em Tóquio. Os manifestantes exigiram a parada dos reatores nucleares recentemente reativados. Grupos contrários à energia nuclear de Tóquio e de outros lugares têm feito protestos em frente à residência todas as sextas-feiras, desde o mês de março passado. Na última manifestação, os participantes pediram a suspensão da operação dos reatores 3 e 4 da usina de energia nuclear de Ooi. Os organizadores do protesto estão fazendo chamadas para que as pessoas se juntem ao evento semanal através de redes sociais e divulgação boca a boca. Eles dizem que manifestações antinucleares foram realizadas também em outras partes do Japão na sexta-feira, tais como nas províncias de Osaka e Fukui

Segundo reator a ser reativado no Japão irá iniciar geração de eletricidade no sábado

O segundo reator nuclear a ser reativado no Japão, desde o acidente em Fukushima, irá iniciar a geração de eletricidade no sábado. Na província de Fukui, no litoral do Mar do Japão, a operação do reator número 4 da usina nuclear de Ooi foi reiniciada na quarta-feira e atingiu a criticalidade na quinta-feira. Sua operadora, a Companhia de Energia Elétrica de Kansai, diz que com a conclusão do ajuste de turbina na sexta-feira, o reator irá iniciar a geração de eletricidade às 7 da manhã de sábado, quando o gerador for conectado a uma instalação de transmissão de energia elétrica. O reator número 4 deve estar em operação plena na próxima quarta-feira. O reator número 3 da usina de Ooi, que foi o primeiro a ser reativado após o acidente em Fukushima, vem operando à capacidade máxima por mais de 10 dias.