domingo, 17 de junho de 2012

Redes de supermercados no Japão rebaixam preços

Grandes redes de supermercados do Japão vêm rebaixando os preços de produtos alimentícios ou aumentando a variedade de marcas próprias para competir com redes de lojas de conveniência e de drogarias.

Ultimamente lojas de conveniência e drogarias vêm ampliando seu faturamento com o reforço das linhas de produtos alimentícios frescos ou cozidos.

Há poucos dias, a cadeia de supermercados Seiyu fez redução de 3% a 26% nos preços de 500 produtos alimentícios e artigos de necessidade cotidiana. A rede planeja acrescentar este ano até 900 itens novos à sua lista de produtos de preço baixo.

Já a Seven and i Holdings, proprietária da cadeia de lojas Ito-Yokado, pretende aumentar a linha de produtos de sua marca própria com preços moderados. O número de itens será aumentado em cerca de 10%, passando para 1.700 produtos, até o fim do atual exercício financeiro, em março.

Provavelmente a iniciativa das redes de supermercados para atrair mais compradores determinados a economizar vai intensificar a concorrência no setor varejista do Japão.

Japão e China vão discutir proteção dos cardumes de enguia

O Japão e a China vão trocar ideias a respeito de modos de preservar filhotes de enguia diante da drástica queda na captura do pescado em águas japonesas.

No ano passado, a pesca de enguias no Japão caiu acentuadamente para 9,5 toneladas - um terço do registrado em 2007, enquanto continuam a aumentar as importações do pescado da China. As importações correspondem a mais da metade das enguias que foram comercializadas no Japão.

Dirigentes do setor pesqueiro do Japão e da China encontram-se segunda-feira, em Xangai, para a primeira rodada de negociações preparatórias com o objetivo de adotar medidas para a gestão dos recursos marinhos.

As duas nações compartilham o território de pesca de filhotes de enguia. Receia-se que a pesca abundante pela China venha a causar uma extinção da espécie. A Agência de Recursos Marinhos do Japão planeja promover as negociações bilaterais por considerar indispensável a cooperação com a China para a preservação dos filhotes de enguia.

JAL quer suas ações de volta na Bolsa de Tóquio até setembro

A Japan Airlines (JAL) pretende voltar a ter suas ações comercializadas na bolsa de valores de Tóquio até setembro para demonstrar que os esforços de reestruturação da companhia com dinheiro público foram bem sucedidos.

Em janeiro de 2010 a JAL tornou-se uma das maiores companhias do Japão a declararem falência. Com dívidas totalizando cerca de 29 bilhões de dólares, as ações da JAL foram retiradas da bolsa de valores um mês depois, em fevereiro de 2010.

A empresa encerrou várias linhas que não geravam lucros e despediu cerca de 16 mil empregados como parte do plano de reestruturação empresarial. Esses esforços resultaram em um lucro líquido recorde de 2,6 bilhões de dólares no último ano fiscal japonês, que terminou em março.

A companhia deve dar entrada esta semana no processo de venda de suas ações na Bolsa de Tóquio para que as mesmas possam voltar a ser comercializadas até setembro.

Depois que a companhia voltar a abrir seu capital, a JAL pretende restituir os empréstimos obtidos do governo do Japão com os lucros resultantes da venda de ações.

Japão terá exercícios para prevenção da proliferação de armas

Serão realizados no mês que vem em Hokkaido, no Japão, exercícios internacionais destinados a prevenir a proliferação de armas de destruição em massa.

Nos exercícios, que terão duração de três dias, a partir de 3 de julho, um avião de carga civil com material radioativo simulado voará no espaço aéreo japonês.

Dois jatos de interceptação japoneses serão mobilizados para forçar o avião de carga a aterrissar na base aérea de Chitose. Em um aeroporto civil adjacente, policiais e agentes alfandegários inspecionarão a carga, que será então descarregada do avião. Participarão do treinamento inspetores da Austrália, Coreia do Sul e Cingapura.

Exercícios multinacionais similares já foram realizados nos últimos nove anos, mas é a primeira vez que acontecem no Japão.

Habitantes de Okinawa protestam contra posicionamento de Ospreys na província

Milhares de habitantes de Okinawa, no extremo sul do Japão, manifestaram-se contrários ao plano de posicionamento na província de aviões militares americanos Osprey, modelo envolvido em uma série de acidentes.

Cerca de 5 mil pessoas participaram domingo de passeata na cidade de Ginowan, onde fica a base aérea de Futenma, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, na qual está previsto o posicionamento dos aviões Osprey.

Os manifestantes aprovaram declaração no sentido de que jamais permitirão o posicionamento de aviões Osprey em Okinawa em razão de acidentes fatais ocorridos na fase de desenvolvimento da aeronave e em seu emprego prático.

Depois que um avião Osprey em treinamento caiu em uma base da Flórida, na semana passada, o governo japonês anunciou que interromperá procedimentos para o posicionamento de aviões de mesmo modelo na província. Há, porém, um crescente movimento em Okinawa para que o plano de posicionamento dos aviões seja inteiramente abandonado.

Japão quer atrair capital estrangeiro para regiões afetadas pela catástrofe

O governo japonês realizará em julho seminários fora do Japão com o objetivo de atrair investimentos para a região nordeste do país, que foi assolada pelo megaterremoto e tsunami do ano passado.

O objetivo do governo japonês é atrair empresas para a região afetada por meio de incentivos fiscais e proporcionar, assim, empregos para a população local. O plano é de isentar do pagamento de impostos sobre empresas pelo período de cinco anos quaisquer companhias que passarem a atuar na região, onde é grande o desemprego.

A Agência de Reconstrução e a Organização do Japão para o Comércio Exterior (Jetro) pretendem realizar os seminários no mês que vem em Hong Kong, Nova York e Taipé.

Segundo o vice-ministro de Reconstrução Yoshinori Suematsu, o governo japonês quer atrair um grande número de indústrias avançadas do setor de equipamentos médicos e do setor de energias alternativas, como a energia solar.

Grandes siderúrgicas colaboram na geração de eletricidade no Japão

Grandes companhias siderúrgicas no Japão ajudam a complementar o suprimento de eletricidade no esforço para evitar o risco de racionamento resultante da paralisação da maioria das usinas nucleares do país.

A Nippon Steel, maior empresa japonesa do setor, trabalhará este mês em conjunto com a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) na geração de novo suprimento de eletricidade em sua siderúrgica da província de Chiba, perto de Tóquio. Novas instalações vão possibilitar à companhia siderúrgica a produção de 15% de eletricidade a mais, em um total de 1,15 milhão de quilowatts. Metade da nova capacidade será vendida para a Tepco.

Já a JFE Steel decidiu dar continuidade à geração ininterrupta de eletricidade na província de Chiba, com o objetivo de abastecer a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio até março. O plano original era de encerrar este mês o suprimento.

Por sua vez, a Kobe Steel manterá em plena capacidade a geração de energia elétrica em sua siderúrgica da província de Hyogo, na região oeste do Japão, em atendimento a solicitação que foi feita pela Companhia de Energia Elétrica de Kansai.

Governo japonês pede maior economia de eletricidade à região de Kansai

O governo japonês está fazendo um apelo à população e a empresas da região de Kansai, no oeste do país, para que continuem a economizar eletricidade.

O premiê Yoshihiko Noda e três ministros de seu Gabinete relacionados ao setor aprovaram oficialmente sábado a reativação dos reatores 3 e 4 da usina nuclear de Oi, da província de Fukui, no Japão Central.

A eletricidade dos dois reatores vai elevar a capacidade de suprimento para satisfazer a demanda na região, que é abastecida pela Companhia de Energia Elétrica de Kansai. A empresa esclareceu, porém, que só no dia 24 de julho os reatores poderão entrar em pleno funcionamento.

O governo nacional declarou que, se a temporada de chuvas acabar mais cedo que de costume e o calor do verão chegar antes do pleno funcionamento dos reatores, uma alta acentuada da demanda de eletricidade poderá ultrapassar a capacidade de suprimento. O governo vem pedindo repetidas vezes à população da região que economize eletricidade e pretende pôr em vigor um plano de racionamento na eventualidade de ser necessário economizar energia.

Mainali retorna ao Nepal depois de passar 15 anos na prisão no Japão

Um homem nepalês está de volta à sua terra natal, pela primeira vez em 18 anos, após um tribunal conceder liberdade a ele, que estava preso em uma penitenciária no Japão.

Govinda Prasad Mainali foi preso sob acusação de ter assassinado uma mulher em Tóquio em 1997. Ele passou 15 anos na penitenciária após ser condenado à prisão perpétua. Na semana passada, a Corte Superior de Tóquio aceitou seu pedido por um novo julgamento e ordenou que fosse concedida liberdade a ele.

Mainali deixou o Japão na sexta-feira, junto com sua esposa e duas filhas. Eles chegaram sábado a Katmandu, capital do Nepal.

O novo julgamento não exige que Mainali esteja presente no local.

Inaugurado centro de pesquisa sobre metais terras raras no Vietnã

Um centro de pesquisa sobre metais terras raras, que possui apoio do governo japonês, foi inaugurada sábado em Hanói, no Vietnã.

A instalação irá conduzir pesquisas sobre a quantidade e a concentração de produtos químicos necessários para separar esses metais do minério.

Um empreendimento conjunto formado por firmas japonesas e vietnamita irá iniciar a produção de metais terras raras em uma mina de Dong Pao, no noroeste do Vietnã, a partir do próximo ano. Dados obtidos do centro de pesquisa serão utilizados para o processamento do minério.

Garantir fontes de metais terras raras tem se tornado uma grande questão para muitos países, devido à restrição de exportações adotada pela China. O país é responsável por mais de 90 por cento de produção no mundo.

EUA irão manter o plano de envio de aviões Osprey a sua base no Japão

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que pretende ir adiante com o planejado envio de aviões do tipo Osprey a uma base americana na província japonesa de Okinawa.

As aeronaves Osprey devem chegar à Base Aérea de Iwakuni dos Fuzileiros Navais Americanos na província de Yamaguchi, a oeste do Japão, no final de julho, onde voos serão testados. Depois, os aviões serão transferidos para a Base Aérea de Futenma dos Fuzileiros Navais Americanos, em Okinawa.

Mas alguns acidentes com aviões Osprey, como o último ocorrido no estado americano da Flórida na quarta-feira, têm aumentado preocupações sobre sua segurança.

O porta-voz do Departamento de Defesa americano, John Kirby, diz que o órgão irá compartilhar com o governo japonês todas as informações obtidas por meio de uma investigação sobre o acidente.

Japão analisa suas respostas ao lançamento de míssil pela Coreia do Norte

Autoridades do setor de defesa do Japão afirmam que vão considerar o envio de um navio equipado com o sistema Aegis ao Mar Amarelo, nas proximidades da Coreia do Norte, para detectar possíveis atos provocativos por parte de Pyongyang.

Autoridades do Ministério da Defesa do Japão divulgaram, na sexta-feira, uma análise de suas respostas ao lançamento de míssil pela Coreia do Norte em abril. O relatório critica o próprio ministério pela demora na verificação das informações provenientes de militares americanos e Forças de Autodefesa do Japão. Diz ainda que o ministério foi extremamente lento em avisar a população.

Segundo o documento, um destróier equipado com o sistema Aegis, mobilizado no Mar da China Oriental, nas cercanias de Okinawa, não conseguiu detectar o míssil porque o mesmo caiu logo após o lançamento.

O Ministério da Defesa diz que o navio deveria ser mobilizado mais próximo à Coreia do Norte, no Mar Amarelo.

Partidos do Japão chegam a um acordo sobre projetos de lei

O partido governista do Japão, o Democrata, conseguiu chegar a um acordo com duas principais siglas de oposição sobre um pacote de projetos de lei envolvendo reformas tributárias e seguridade social. Um dos projetos de lei propõe o aumento do imposto sobre o consumo, dos atuais 5 por cento para 10 por cento em 2015.

O Partido Democrata e os oposicionistas Liberal Democrático e Komei assinaram o acordo na noite de sexta-feira, durante uma reunião em nível de trabalho para discutir emendas nos projetos de lei.

Os 3 partidos assinaram também documentos confirmando que vão efetuar consultas sobre a reforma do sistema de pensão assim como o de saúde para pessoas com 75 anos ou mais de idade, para poder chegar a um acordo trilateral.

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, planeja obter o consenso do Partido Democrata em relação à legislação antes de colocá-la em votação na Câmara Baixa. Ele espera que a votação seja realizada antes do encerramento da atual sessão do Parlamento, programado para quinta-feira.

Líderes empresariais do Japão elogiaram o acordo entre o partido governista e principais siglas de oposição. Hiromasa Yonekura, presidente da Federação de Negócios do Japão, Keidanren, disse em um comunicado no sábado que espera que os projetos de lei relacionados sejam aprovados logo durante a atual sessão do Parlamento, e que benefícios sociais sejam oferecidos de uma forma mais eficiente.

Prefeitos de localidades em Fukushima criticam reativação de usina de Ooi

Prefeitos de cidades afetadas pelo desastre do ano passado na usina nuclear Fukushima 1 criticaram a decisão apressada do governo de reativar a usina de Ooi.

Katsuya Endo, prefeito de Tomioka, que foi designada como zona de entrada proibida, disse sentir grande indignação com a decisão do governo. O prefeito disse que a administração de Noda colocou ênfase em economia e fornecimento de energia e esqueceu do sofrimento da população de Fukushima.

Tamotsu Baba, prefeito de Namie, disse que o acidente na usina de Fukushima ainda não foi solucionado por completo, e que os painéis do parlamento e do governo não elaboraram relatórios sobre o desastre de Fukushima. O prefeito acrescentou que o governo deveria esperar para decidir sobre a reativação da usina de Ooi até a finalização de uma detalhada investigação da segurança das usinas nucleares.

A cidade de Namie encontra-se dentro da zona de evacuação

Começa o trabalho para reiniciar a operação do reator no. 3 em Ooi

A operadora da usina nuclear de Ooi iniciou o trabalho para reativar o reator número 3, em seguida à decisão tomada sábado pelo governo japonês de reiniciar a operação de 2 de seus reatores desligados.

O presidente da Companhia de Energia Elétrica de Kansai, Makoto Yagi, disse a repórteres que a empresa quer que o reator número 3 consiga atingir o estado de operação total até 8 de julho, e o reator número 4, até 24 de julho.

Japão decide reiniciar a operação da usina nuclear de Ooi

O governo japonês decidiu reiniciar a operação da usina nuclear de Ooi na província de Fukui, região central do Japão.

A decisão foi tomada após a reunião entre o premiê japonês, Yoshihiko Noda, e o governador de Fukui, Issei Nishikawa, em Tóquio, no sábado.

No encontro, o governador de Fukui manifestou seu apoio à reativação dos reatores número 3 e 4 na usina. Nishikawa afirmou que concordou com o reinício da operação devido à promessa do governo de aumentar os esforços para garantir a segurança.

Noda e 3 outros ministros do gabinete realizaram depois uma reunião. O premiê disse que, agora que foi obtido o consentimento das comunidades locais, o governo finaliza a decisão de reativar os dois reatores.

Desde maio, nenhuma usina nuclear está em operação no Japão, devido a inspeções de rotina e preocupação com questões de segurança.