quarta-feira, 4 de julho de 2012

Irmão do presidente da Coreia do Sul é interrogado por suspeitas de suborno

Um irmão mais velho do presidente da Coreia do Sul foi questionado por promotores sob alegações de suborno. O fato cria um novo problema ao governo de Lee Myung-bak.

O ex-legislador Lee Sang-deuk passou por questionamentos na Suprema Promotoria do país na terça-feira. Ele é suspeito de ter recebido 440.000 dólares desde 2007 de um presidente de um banco em troca de influência. Espera-se que os promotores decidam em breve se abrirão um caso com base nas alegações.

Autoridades tributárias de Tóquio exigem que Olympus pague impostos sobre receita que não foi declarada

As autoridades tributárias de Tóquio estão exigindo que a Olympus pague mais de 60 milhões de dólares de impostos sobre a receita que fora ocultada pela companhia. A Olympus, fabricante japonesa de equipamentos ópticos, deixou de relatar receitas em seu processo de ocultar perdas em investimentos.

Fontes bem informadas adiantam que o Bureau Regional de Imposto de Tóquio informou à Olympus que a companhia deixou de declarar mais de 150 milhões de dólares de receita.

A Olympus relatara ditos fundos como gastos necessários. Ela dissera que o dinheiro em questão fazia parte de mais de 680 milhões de dólares que pagara a duas consultoras de investimentos para mediar a aquisição em 2008, de um fabricante de equipamentos médicos da Grã-Bretanha.

Contudo, funcionários do setor de tributação adiantam que os fundos não podem ser considerados como gastos, porque faziam parte de transações internas para cobertura de perdas ocorridas em investimentos fracassados.

A Olympus, no ano passado, admitira ter usado transações de aquisição corporativa para ocultar perdas no valor de mais de 100 bilhões de ienes, datados da década de 1990. Os ex-executivos da companhia foram indiciados por envolvimento neste processo de manipulação.

Dissidente chinês diz que situação dos direitos humanos na China está se deteriorando

Um ex-líder dos protestos estudantis ocorridos em 1989 na Praça da Paz Celestial, em Pequim, criticou o governo chinês por continuar ignorando os direitos humanos.

Wang Dan foi preso duas vezes, em seguida à represália contra opositores em Pequim. Ele se refugiou nos Estados Unidos, em 1998, depois de passar seis anos em prisão.

Wang se encontrou com a imprensa em Tóquio, na quarta-feira. Ele está visitando o Japão pela primeira vez. Wang mencionou que quando era universitário em Pequim, os estudantes tinham liberdade de realizar debates sobre a questão de democratização, no campus da instituição. Contudo, caso os estudantes adotem o mesmo procedimento nos dias de hoje, segundo ele, eles seriam presos imediatamente.

O dissidente chinês afirmou que a situação política na China está se deteriorando e que a liberdade de expressão está sendo reprimida em meio ao rápido crescimento econômico.

Ele observou também que uma democratização aumentada na China levaria a um melhoramento das relações nipo-chinesas e a uma paz no Leste Asiático. Wang também conclamou o povo japonês a prestar mais atenção ao que está acontecendo na China, pressionando também o governo chinês no sentido de melhorar a situação de direitos humanos no país.

Reator de Ooi vai reiniciar geração de energia na quinta-feira

O reator 3 da usina nuclear de Ooi, na região central do Japão, deverá iniciar sua geração de eletricidade, na quinta-feira. Esta será a primeira vez em cerca de dois meses que uma usina nuclear no Japão reinicia a geração de energia elétrica.

O reator da usina de Ooi, na província de Fukui, deveria iniciar a geração de força elétrica na quarta-feira, mas a firma operadora da usina - a Companhia de Energia Elétrica de Kansai - atrasou o plano porque precisou realizar ajustes na turbina.

A companhia de força elétrica reiniciou a operação do reator no domingo. Na segunda-feira, ele conseguiu chegar ao nível de criticalidade.

Análise da visita de Medvedev à Ilha de Kunashiri

O tema do Comentário de hoje é a recente visita do primeiro-ministro da Rússia à Ilha de Kunashiri, uma das quatro ilhas administradas pela Rússia mas reivindicadas pelo Japão, no extremo norte do país. Para isso conversamos com Shinji Hyodo, chefe da Divisão dos Estados Unidos, Europa e Rússia do Instituto Nacional de Defesa do Japão, um especialista sobre o assunto.

Segundo Hyodo, na última vez que Medvedev, visitou a Ilha de Kunashiri, em novembro de 2010, o evento coincidiu com um momento de tensão entre o governo do Japão e a China a respeito das Ilhas Senkaku, no Mar do Leste da China. Desta vez, a visita coincide com um momento em que o Partido Democrata, de situação, encontra-se em sérias dificuldades. O objetivo das visitas de Medvedev deve ser abalar as negociações territoriais, mostrando a forte intenção por parte dos russos em relação às ilhas, aproveitando-se da situação política instável do Japão.

Vladimir Putin, o presidente da Rússia, reconhece como válida a Declaração Conjunta assinada pelo Japão e a então União Soviética, em 1956, segundo a qual as duas menores das quatro ilhas do arquipélago, chamadas de Habomai e Shikotan, serão devolvidas ao Japão após a conclusão de um tratado de paz. A questão é saber se as duas ilhas restantes, que são as duas maiores, Kunashiri e Etorofu, também serão levadas à mesa de negociações. A segunda visita a Kunashiri tem como objetivo transmitir ao Japão a mensagem de que a Rússia pretende devolver apenas as duas ilhas menores, Shikotan e Habomai.

Como na vez anterior, o objetivo de Medvedev deve ressaltar sua força política. Quando fez a primeira visita o premiê ocupava o cargo da presidência. A visita foi a primeira de um chefe de estado russo a qualquer das quatro ilhas, o que trouxe elogios à sua liderança política dentro da Rússia.

Em maio deste ano, Putin voltou a presidência e Medvedev retornou desta vez como primeiro-ministro. Mas sua posição política não está completamente assegurada. Segundo algumas opiniões, se tiver de enfrentar dificuldades econômicas, ou outro tipo de dificuldades, o presidente Putin pode culpar Medvedev pela situação e remanejar o gabinete do governo.

Medvedev não tem garantia de que vai permanecer como primeiro-ministro durante todos os seis anos do mandato de Putin como presidente da Rússia. Portanto, sob alguns aspectos, a visita do premiê russo pode ter sido uma tentativa de manter sua influência política no país.

Este foi o Comentário de Shinji Hyodo, do Instituto Nacional de Defesa do Japão.

Governo japonês condena visita de premiê russo a ilha sob disputa

O secretário-chefe do Gabinete japonês, Osamu Fujimura, condenou a visita do primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, a uma das quatro ilhas administradas pelo lado russo, mas reivindicadas pelo Japão. Ditas ilhas se encontram ao largo da província mais setentrional do Japão, Hokkaido.

Na quarta-feira, no dia seguinte à visita de Medvedev até a ilha de Kunashiri, Fujimura declarou que tal visita era "extremamente condenável".

Segundo o secretário-chefe, a Rússia age no sentido contrário da posição japonesa de que todas as quatro ilhas em questão pertencem ao país. Osamu Fujimura enfatizou que as ações de Moscou prejudicariam os esforços em prol de um clima positivo nas relações bilaterais. Ele acrescentou que o governo japonês protestou contra a visita que a Rússia chamou de uma viagem de inspeção doméstica.

Fujimura acrescentou que existe uma necessidade fundamental de se resolver a disputa territorial com a Rússia, para evitar a ocorrência de visitas similares no futuro.

Começa a e-Book Expo Tokyo

Começou em Tóquio na quarta-feira uma exposição que apresenta para a imprensa novos dispositivos, conteúdos e tecnologias para e-books antes de serem mostrados ao público.

Cento e cinquenta companhias, incluindo editoras e produtoras de dispositivos eletrônicos de leitura do Japão e do exterior, participam da feira e-Book Expo Tokyo. Muitas companhias buscam competir por meio de conteúdos interativos. Um dos novos serviços apresentados permite ao usuário de um site de e-books expressar e compartilhar opiniões no Twitter.

Vendas de carros japoneses aumentam nos EUA

As vendas de carros novos nos Estados Unidos subiram sensivelmente em junho. Isto também proporcionou um retorno da presença das fabricantes japonesas no mercado.

Uma firma de pesquisa dos Estados Unidos, a Autodata, disse que cerca de 1,3 milhão de veículos foram vendidos nos Estados Unidos no mês passado, registrando assim um aumento de 22 % em relação ao nível de um ano atrás. Isto marcou o décimo terceiro mês consecutivo de aumento.

A elevação é atribuída a contínuas fortes vendas de veículos de tipo híbrido e a um aumento da popularidade de carros de portes médio e grande, estimuladas por preços relativamente estáveis da gasolina.

A Toyota Motor registrou um aumento de ano para ano de 60,3%, a Honda teve um ganho de 48,8% em suas vendas enquanto que a Nissan se limitou a um aumento de 28,2%.

Os fabricantes de carros do Japão conseguiram assim um retorno sensível em relação à enorme queda de vendas de carros, depois da ocorrência do terremoto e subsequente tsunami na região nordeste do país, que afetou seriamente a cadeia de fornecimento de peças.

Centro de pesquisa apresenta prognósticos negativos para a economia japonesa nas próximas décadas

Um ex-funcionário do Ministério das Finanças do Japão disse que o país poderia perder o status de economia avançada em poucas décadas.

O ex-vice-ministro Yasutake Tango apresentou previsões sobre a economia japonesa para o ano de 2050 tendo como base diferentes cenários. O seu trabalho foi apresentado durante um encontro organizado por um centro de pesquisas da Federação de Negócios do Japão, ou Keidanren, na quarta-feira em Tóquio.

Tango disse que mesmo o cenário mais otimista prevê uma economia que vai começar a encolher a partir da década de 2030, em larga medida devido à diminuição da força de trabalho.

Ele defendeu medidas rápidas para melhorar as condições de trabalho das mulheres e de idosos. Tango também disse que o governo deveria fazer mais para tirar proveito do crescimento de outros países asiáticos.

Ozawa escolhido como líder de um futuro partido

O grupo de legisladores que deixou o governista Partido Democrata do Japão escolheu Ichiro Ozawa como o líder do novo partido que deve ser criado na próxima semana.

Os 35 membros da Câmara Baixa e os 12 da Câmara Alta do Parlamento tomaram a decisão na quarta-feira em Tóquio. Ozawa e 49 aliados retiraram-se do Partido Democrata na segunda-feira. A razão seria o plano do primeiro-ministro Yoshihiko Noda de dobrar o imposto sobre o consumo para 10% até 2015.

Na quarta-feira, Ozawa disse em um discurso que se sente honrado de ter sido escolhido como líder. Ele também afirmou que o novo partido será responsável pelo futuro do povo japonês.

Ozawa também disse que o partido terá que se unir para realizar o ideal de dar prioridade à vida das pessoas.

Ativistas de Taiwan entram em águas territoriais japonesas

A Guarda Costeira do Japão declarou que um barco pesqueiro com ativistas taiwaneses entrou em águas territoriais japonesas, nas proximidades das Ilhas Senkaku, na região do Mar Oriental da China. Tanto Taiwan como a China reivindicam soberania destas ilhas japonesas.

Um navio de patrulha da Guarda Costeira japonesa confirmou que o barco de pesca ingressou em território japonês logo depois das 7 horas da manhã de quarta-feira. Funcionários da Guarda Costeira alertaram, repetidas vezes, para que o barco se retirasse da área. Foi confirmado que o barco se retirou da área por volta do meio-dia.

Quatro barcos da patrulha taiwanesa acompanhavam o barco de pesca. Eles também penetraram no território japonês mas partiram juntamente com o barco pesqueiro. Um dos barcos de patrulha exibia uma mensagem em seu quadro eletrônico de mensagens afirmando que ditas águas fazem parte do território de Taiwan.

A chancelaria japonesa expressou imediatamente protesto às autoridades taiwanesas, afirmando que lamentava que o barco taiwanês tivesse invadido águas territoriais japonesas e solicitou que medidas fossem tomadas para evitar uma recorrência de tal incidente.

A Guarda Costeira do Japão afirma que esta foi a primeira vez que ativistas taiwaneses ingressaram em águas territoriais do Japão, desde junho de 2008.

Medvedev adota forte posição sobre ilhas disputadas

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse que está determinado a não ceder na disputa territorial com o Japão. Ele fez o comentário durante uma visita à ilha de Kunashiri, uma das 4 ilhas sob administração russa, mas que são reivindicadas pelo Japão.

Medvedev chegou à ilha na terça-feira. Ele visitou instalações portuárias, um hospital e uma igreja cristã que está sendo construída na parte central da ilha. O primeiro-ministro russo prometeu aos operários da construção que a Rússia não vai ceder nem um palmo da ilha. Ele também disse que mesmo uma pequena concessão poderia levar a uma situação de desordem e ao fim de uma nação.

O primeiro-ministro russo também postou uma mensagem no microblog Twitter depois da visita. A mensagem continha uma foto aérea daquilo que parece ser a ilha e tinha como dizeres "Ilha de Kunashiri. A borda da Rússia".

Medvedev também havia postado mensagens em seu Twitter depois de visitar a ilha em 2010, na condição de primeiro líder da Rússia ou da União Soviética a visitar o lugar.

Cientistas podem ter descoberto a partícula bóson de Higgs

Um grupo internacional de cientistas, que inclui pesquisadores japoneses e europeus, anunciou ter encontrado uma partícula subatômica que pode a ser a bóson de Higgs, que tem sido procurada por muito tempo. O grupo trabalha com uma teoria que sugere que tal partícula provê massa a toda a matéria.

O grupo vinha buscando encontrar a partícula bóson de Higgs no centro de pesquisas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear em Genebra, na Suíça, desde 2008. Os cientistas afirmaram, durante uma coletiva de imprensa realizada no centro na quarta-feira, que eles provavelmente observaram a partícula, julgando pelas suas características.

A bóson de Higgs, cuja hipótese de existência foi levantada pelo físico britânico Peter Higgs em 1964, é a última peça que ajudaria os físicos a explicarem a formação do universo.

As outras 16 partículas subatômicas cuja possibilidade de existência havia sido levantada a partir da década de 1960 de acordo com o modelo padrão da física já foram descobertas.

Espera-se que a descoberta da bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", dê uma importante pista para a compreensão das origens do universo.