terça-feira, 23 de outubro de 2012

Governo japonês concede prêmio à lutadora Saori Yoshida

O governo japonês vai conceder o Prêmio da Honra do Povo à lutadora Saori Yoshida.

Yoshida venceu 10 títulos consecutivos do Campeonato Mundial Feminino de Luta Livre, incluindo sua vitória no mês passado, na categoria de até 55 quilos. Além disso, a lutadora conquistou três medalhas de ouro consecutivas, elevando o total de títulos importantes obtidos para 13.

Chega ao fim construção de túneis para expansão do trem-bala japonês até Hokkaido

A construção de 12 túneis para o início das operações, em Hokkaido, do trem-bala japonês, conhecido como Shinkansen, chegou ao fim. Uma cerimônia foi realizada na província de Aomori, localizada no norte do Japão, na terça-feira.

Planeja-se que o trem-bala de Hokkaido comece a operar daqui a 3 anos, ou seja, no ano fiscal de 2015. Os 12 túneis foram construídos ao longo dos 149 quilômetros que separam Aomori e Hakodate.

Condenação de especialistas italianos levanta preocupações na comunidade científica do mundo todo

O julgamento por um tribunal italiano de um caso contra sete especialistas em terremotos está aumentando a preocupação entre cientistas do mundo todo. 

Seis dias antes de um terremoto em 2009, especialistas italianos haviam publicado uma avaliação afirmando ser improvável a ocorrência, em um futuro próximo, de um terremoto de grande escala na região. Eles foram condenados por imperícia na segunda-feira.

Cientistas afirmam que a liberdade de expressão será desafiada caso sejam julgados por tribunais criminais em razão de suas opiniões científicas.

O responsável pelo Centro de Pesquisa em Terremotos e Vulcões da Universidade de Nagoya, Koshun Yamaoka, disse que medições detalhadas de atividades sísmicas são difíceis de serem realizadas pelos sismologistas de hoje. No entanto, acrescentou ser negativo caso o cientista não possa expressar sua opinião por medo de ser culpado mais tarde. Yamaoka afirma que especialistas precisam apresentar explicações minuciosas utilizando dados objetivos, tais como a probabilidade de ocorrência de terremotos.

Parlamentares sul-coreanos visitam as ilhas Takeshima

Parlamentares sul-coreanos visitaram um grupo de ilhas que estão no centro das tensões nas relações com o Japão. O Japão clama ter soberania sobre as ilhas Takeshima, que ficam no Mar do Japão, mas a Coreia do Sul controla as ilhas, as quais chama de Dokdo.

Quinze membros do Comitê de Defesa Nacional do Parlamento da Coreia do Sul chegaram às ilhas a bordo de helicópteros militares na terça-feira. A inspeção de uma hora realizada por eles marcou a terceira viagem de membros do comitê às ilhas. As visitas anteriores foram realizadas em 2005 e 2008.

Tóquio havia pedido a Seul que cancelasse a visita. No entanto, o chanceler da Coreia do Sul, Kim Sung-hwan, declarou à imprensa na semana passada que o governo não impediria os parlamentares de realizarem a visita.

Seguindo a visita repentina do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, às ilhas em agosto, o Japão está planejando trazer o caso à Corte Internacional de Justiça para esclarecer sua posição de soberano sobre as ilhas. O governo está analisando qual seria o melhor momento para apresentar o caso, levando em consideração as relações com Seul.

Encontro preparatório da COP-18 chega ao fim em Seul

Países desenvolvidos e economias emergentes permanecem incapazes de reduzir suas diferenças quanto a um novo acordo sobre mudanças climáticas.

Na terça-feira, um encontro preparatório de dois dias, que tinha como objetivo estabelecer as bases da décima oitava Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a COP-18, teve fim na capital da Coreia do Sul, Seul.

A COP-18 vai ter início no dia 26 de novembro em Doha, no Catar, com o objetivo de criar um novo tratado sobre mudanças climáticas que inclua todos os países até 2020. O novo acordo deve substituir o Protocolo de Kyoto, que vai ser estendido para além deste ano, quando seu período de validade chega ao fim.

No encontro preparatório, os representantes concordaram com a proposta de que cada membro estabeleça um calendário de trabalho para alcançar reduções na emissão de gases de efeito estufa.

No entanto, países desenvolvidos e economias emergentes não conseguiram reduzir suas divergências em posições essenciais.

Países desenvolvidos afirmaram que os maiores emissores, incluindo a China e a Índia, deveriam ter metas obrigatórias de redução de emissões sob o novo tratado. Contudo, países em desenvolvimento afirmam que são os desenvolvidos que devem arcar com as maiores responsabilidades.

Familiar de um dos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte diz que governo japonês não trata a questão seriamente

O ministro da Justiça do Japão, Keishu Tanaka, que renunciou ao cargo, também era o ministro responsável pela pasta que trata da questão dos sequestros de japoneses pela Coreia do Norte. 

A pasta teve o titular modificado por seis vezes nos últimos três anos desde que o Partido Democrata subiu ao poder. Frente à mudança frequente, familiares das vítimas dos sequestros dizem estar sem esperanças, questionando a possibilidade de uma solução rápida para o assunto.

Teruaki Masumoto, irmão mais novo de um dos sequestrados, Rumiko Masumoto, disse que, em razão da mudança tão repetida dos titulares da pasta, ele só consegue pensar que a atual administração não está lidando com a questão de maneira séria. Ele acrescentou que este ano marca uma década desde que a Coreia do Norte admitiu ter sequestrado os cidadãos japoneses. Os familiares das vítimas estão acumulando seu sentimento de raiva porque eles veem esse ano como crucial para a solução do problema. 

Teruaki disse que os familiares dos sequestrados querem que o governo japonês negocie com a Coreia do Norte de maneira contínua. Ele afirmou que independentemente de quem venha a ser o novo ministro, eles não podem mais acreditar só em palavras.

Ministro da Justiça do Japão entrega pedido de renúncia ao cargo

O ministro da Justiça do Japão está renunciando ao seu cargo depois de ter reconhecido que teve laços com o crime organizado décadas atrás.

Keishu Tanaka apresentou uma carta de renúncia ao premiê Yoshihiko Noda, na manhã de terça-feira, menos de um mês depois de ter sido designado para o posto.

Ele estava sob pressão para renunciar, depois que relatos da imprensa mencionaram que ele havia participado de uma cerimônia patrocinada por um líder de um grupo criminoso, cerca de 30 anos atrás, e que havia atuado como intermediário em um casamento para um alto membro também de um desses grupos. No dia 12 de outubro, Tanaka admitiu ter tido laços com esses grupos, mas recusou renunciar ao posto, insistindo que jamais soube que tais pessoas pertenciam a grupos criminosos.

Além disso, constatou-se que um escritório regional do Partido Democrata, chefiado por Tanaka, recebeu contribuições de uma companhia administrada por um estrangeiro. Tais doações são proibidas pela lei de controle de fundos políticos.

A renúncia de Tanaka era amplamente vista como inevitável dentro tanto do governo como do partido governista, o Democrata.

Governador de Okinawa protesta formalmente contra abuso sexual de japonesa por servidores militares americanos

O governador de Okinawa, Hirokazu Nakaima, protestou formalmente perante autoridades de alto escalão do governo dos Estados Unidos contra o alegado abuso sexual de uma japonesa por parte de dois militares americanos.

Nakaima se encontrou com a secretário assistente do Estado para os Assuntos do Leste Asiático e do Pacífico, Kurt Campbell, e o secretário assistente da Defesa para os Assuntos de Segurança da Ásia e do Pacífico, Mark Lippert, no Departamento de Estado, em Washington, na segunda-feira. O encontro foi realizado a portas fechadas.

Segundo autoridades da província de Okinawa, Campbell disse a Nakaima que o governo americano está profundamente preocupado e triste com o incidente. Nakaima, por sua vez, disse a Campbell que o incidente é extremamente lamentável e que o povo de Okinawa está bastante desgostoso.

O governador exigiu disciplina mais rigorosa por parte dos militares americanos e pediu uma revisão drástica do acordo bilateral de status das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Japão pede aos EUA que tomem medidas adicionais para evitar incidentes envolvendo militares

O ministro da Defesa do Japão, Satoshi Morimoto, disse que vai pedir aos Estados Unidos que tomem medidas adicionais para evitar atos violentos por parte dos funcionários das Forças Armadas norte-americanas no Japão.

As Forças Armadas dos Estados Unidos impuseram um toque de recolher na semana passada a todos os seus militares posicionados no Japão. A decisão se segue ao suposto ataque sexual a uma mulher em Okinawa, perpetrado por 2 militares americanos.

Morimoto disse à imprensa, na terça-feira, que recebe de bom grado a medida, descrita por ele como sem precedentes. De acordo com ele, o Japão vai continuar a buscar medidas preventivas.

Morimoto pediu desculpas por causar mal-entendidos ao se referir, por repetidas vezes, ao suposto ataque como um "acidente". Disse que vinha dizendo tanto "acidente" como "incidente", sem fazer uma distinção clara entre as duas palavras.

O vice-governador de Okinawa, Kanetoshi Yoseda, expressou, na segunda-feira, insatisfação pelo uso do termo "acidente" por parte do ministro.