quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Polícia do Japão afirma que estão aumentando os casos de ciberataque

A polícia japonesa afirmou que foram registrados mais de 500 casos de ciberataques realizados contra o governo e empresas privadas na primeira metade deste ano.

A Agência Nacional de Polícia afirma que casos de "cyber inteligência" usada em espionagem estão em ascensão no Japão neste ano e que os ataques visam roubar informação de ministérios do governo e de companhias de alta tecnologia.

Companhia aérea australiana registra perda no faturamento pela primeira vez desde que foi privatizada

A companhia aérea australiana Qantas relatou ter registrado perdas no faturamento pela primeira vez desde que foi totalmente privatizada há 17 anos.

Na quinta-feira, a empresa declarou que sofreu uma perda de 244 milhões de dólares australianos no período de julho de 2011 a junho de 2012, devido aos altos preços dos combustíveis e à dura concorrência na área.

Enormes quantidades de destroços marítimos alcançam o Alasca

Enormes quantidades de destroços marítimos, provavelmente oriundos do tsunami que devastou o nordeste do Japão no ano passado, estão alcançando o Alasca, na costa do Pacífico dos Estados Unidos.

A Gulf of Alaska Keeper, uma organização sem fins lucrativos que se dedica à limpeza do litoral no Alasca, divulgou os resultados de suas atividades desde o mês de junho.

A organização coletou destroços em 17 localidades nas proximidades da cidade de Anchorage. De acordo com a entidade, a quantidade de destroços aumentou em até 4,2 vezes em relação ao mesmo período do ano passado, em quatro localidades de frente para o Pacífico.

A Gulf of Alaska Keeper afirmou ter descoberto quantidades significativas de espuma de poliestireno, e que as quantidades em questão cresceram enormemente, entre 9 e 39 vezes, em comparação com o ano anterior.

A organização sem fins lucrativos acredita que o aumento se deve à chegada de destroços provocados pelo tsunami ocorrido no Japão. As provas disso seriam as escritas em japonês presentes nos destroços e a presença de espuma de poliestireno, que é um material muito empregado como isolante térmico nas casas do Japão.

Projeto de política de energia do partido governista do Japão propõe retomada de reatores nucleares

Um grupo de trabalho do partido político atualmente no poder no Japão, o Partido Democrata, esboçou uma política de energia que sugere o religamento, sob controle mais restrito, dos reatores nucleares ociosos do país. A maioria dos reatores está atualmente paralisada após o desastre nuclear de Fukushima.

O projeto de política de energia compilado pelo grupo de trabalho na quarta-feira permite a retomada dos reatores ociosos com inspeções feitas por um novo orgão regulatório nuclear cujos trabalhos devem começar até setembro.

Por outro lado, o projeto limita a vida útil dos reatores a 40 anos e tenta reduzir a dependência de energia nuclear no futuro ao máximo possível.

EUA podem posicionar novo sistema de radares em ilha japonesa, diz Wall Street Journal

Um jornal dos Estados Unidos informou que o governo americano considera posicionar um poderoso sistema de radares no Japão para conter a ameaça de mísseis da Coreia do Norte.

O Wall Street Journal afirmou, na quinta-feira, que Washington planeja uma expansão de grande porte no sistema antimísseis na Ásia, como parte de uma nova estratégia de defesa para transferir recursos para a região Ásia-Pacífico.

O jornal citou autoridades de defesa dos Estados Unidos, segundo as quais a principal medida dos esforços seria o posicionamento de um poderoso sistema de radares de alerta antecipado, conhecido como X-band, em uma ilha no sul do Japão, cujo nome não foi revelado.

As autoridades disseram que o Pentágono está discutindo o projeto com o Japão, e que o sistema em questão poderia ser instalado em poucos meses caso o lado japonês concorde em recebê-lo.

Dilemas que o Japão enfrentará para o descarte de combustível nuclear gasto

O acidente na usina Fukushima 1 em março do ano passado desencadeou um amplo e variado debate sobre o futuro da energia nuclear no Japão. Ainda está em curso a discussão, que envolve largas parcelas da população. O governo pretende anunciar no mês que vem uma decisão quanto a abandonar ou continuar a utilizar a energia nuclear para a produção de eletricidade.

No Comentário desta semana, a série de cinco entrevistas O Futuro da Energia Nuclear no Japão. Nesta quarta entrevista, a opinião do professor Kazuhiro Ueta, da Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade de Kyoto sobre o descarte de combustível nuclear gasto e a dependência do país em relação à energia nuclear para a produção de eletricidade. Ueta é um especialista em economia ambiental.

- Um cuidado especial é necessário para descartar o combustível nuclear gasto por se acreditar que estes resíduos permanecem altamente radioativos por 100 mil anos ou mais. O descarte de combustível nuclear gasto é uma questão de grande importância para decidir o índice futuro da dependência do país em relação à energia nuclear na produção de eletricidade. Como o senhor encara a situação atual?

"No que se refere ao descarte de resíduos industriais em geral, o Japão tem métodos e locais definidos. Já quanto ao combustível nuclear gasto, não se definiu ainda nenhum método concreto."

"Antes do acidente de Fukushima, em 2011, o Japão tinha 54 reatores em funcionamento, e grande parte do combustível usado naqueles reatores permanece nas próprias usinas. É necessário encontrar um destino para este combustível usado, pois está se esgotando a capacidade das instalações em que está armazenado o combustível."

"O Japão tem uma política especial a respeito do reprocessamento de combustível gasto. Ela prevê que o plutônio seja extraído do combustível nuclear gasto e então misturado com urânio para a sua reciclagem como combustível nuclear. Só que este sistema não está funcionando na prática."

"Além disso, é necessário dar um destino à enorme quantidade de lixo nuclear de alto nível que se produz durante o reprocessamento. O governo japonês planeja enterrá-lo a 300 metros ou mais de profundidade, mas ainda não definiu um local."

- Depender ou não da energia nuclear afetará de algum modo a definição de um método futuro de descarte do lixo nuclear?

"Se abandonar a energia nuclear para a produção de eletricidade, o Japão poderá então se concentrar unicamente no esforço de enterrar o combustível usado no subsolo. A razão é que não será necessário reprocessar o combustível usado para a produção de novo combustível, uma vez que se resolva o local onde ele será enterrado."

"Se o Japão continuar a usar, pelo menos em certa proporção, a energia nuclear para a produção de eletricidade, haverá duas medidas a tomar: reprocessar o combustível e enterrá-lo. Só que o país enfrentará então um novo problema, caso continue assim a depender da energia nuclear, porque a quantidade de combustível gasto continuará a aumentar. Está próxima do limite a capacidade das atuais instalações de armazenamento. Provavelmente será necessário construir novas instalações para o reprocessamento. Se o Japão enterrar no subsolo o combustível gasto, não será suficiente um único local. Serão necessários locais adicionais."

Dilemas que o Japão enfrentará para o descarte de combustível nuclear gasto

O acidente na usina Fukushima 1 em março do ano passado desencadeou um amplo e variado debate sobre o futuro da energia nuclear no Japão. Ainda está em curso a discussão, que envolve largas parcelas da população. O governo pretende anunciar no mês que vem uma decisão quanto a abandonar ou continuar a utilizar a energia nuclear para a produção de eletricidade.

No Comentário desta semana, a série de cinco entrevistas O Futuro da Energia Nuclear no Japão. Nesta quarta entrevista, a opinião do professor Kazuhiro Ueta, da Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade de Kyoto sobre o descarte de combustível nuclear gasto e a dependência do país em relação à energia nuclear para a produção de eletricidade. Ueta é um especialista em economia ambiental.

- Um cuidado especial é necessário para descartar o combustível nuclear gasto por se acreditar que estes resíduos permanecem altamente radioativos por 100 mil anos ou mais. O descarte de combustível nuclear gasto é uma questão de grande importância para decidir o índice futuro da dependência do país em relação à energia nuclear na produção de eletricidade. Como o senhor encara a situação atual?

"No que se refere ao descarte de resíduos industriais em geral, o Japão tem métodos e locais definidos. Já quanto ao combustível nuclear gasto, não se definiu ainda nenhum método concreto."

"Antes do acidente de Fukushima, em 2011, o Japão tinha 54 reatores em funcionamento, e grande parte do combustível usado naqueles reatores permanece nas próprias usinas. É necessário encontrar um destino para este combustível usado, pois está se esgotando a capacidade das instalações em que está armazenado o combustível."

"O Japão tem uma política especial a respeito do reprocessamento de combustível gasto. Ela prevê que o plutônio seja extraído do combustível nuclear gasto e então misturado com urânio para a sua reciclagem como combustível nuclear. Só que este sistema não está funcionando na prática."

"Além disso, é necessário dar um destino à enorme quantidade de lixo nuclear de alto nível que se produz durante o reprocessamento. O governo japonês planeja enterrá-lo a 300 metros ou mais de profundidade, mas ainda não definiu um local."

- Depender ou não da energia nuclear afetará de algum modo a definição de um método futuro de descarte do lixo nuclear?

"Se abandonar a energia nuclear para a produção de eletricidade, o Japão poderá então se concentrar unicamente no esforço de enterrar o combustível usado no subsolo. A razão é que não será necessário reprocessar o combustível usado para a produção de novo combustível, uma vez que se resolva o local onde ele será enterrado."

"Se o Japão continuar a usar, pelo menos em certa proporção, a energia nuclear para a produção de eletricidade, haverá duas medidas a tomar: reprocessar o combustível e enterrá-lo. Só que o país enfrentará então um novo problema, caso continue assim a depender da energia nuclear, porque a quantidade de combustível gasto continuará a aumentar. Está próxima do limite a capacidade das atuais instalações de armazenamento. Provavelmente será necessário construir novas instalações para o reprocessamento. Se o Japão enterrar no subsolo o combustível gasto, não será suficiente um único local. Serão necessários locais adicionais."

Premiê japonês pede retratação do presidente sul-coreano

O premiê japonês Yoshihiko Noda afirmou que seu governo vai requerer que o Presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, apresente desculpas formais ao Japão.

Lee havia declarado na semana passada que, se o imperador do Japão deseja visitar a Coreia do Sul, ele deve pedir desculpas sinceras ao povo coreano pelas pessoas que morreram lutando pela independência da Coreia do Sul.

Na quinta-feira, Noda disse, perante o Comitê de Orçamento da Câmara Baixa do Parlamento japonês, que a declaração do presidente sul-coreano está longe do senso comum. Noda disse que seu governo pedirá retratação e desculpas formais da parte da Coreia do Sul. Ele acrescentou que Seul ficará ciente de sua opinião já na quinta-feira, pois o assunto foi trazido ao Parlamento.

Câmara Baixa do Parlamento japonês vai adotar resoluções condenando visitas feitas a ilhas sob disputa

A Câmara Baixa do Parlamento japonês vai adotar resoluções condenando a visita do presidente da Coreia do Sul às ilhas Takeshima e o desembarque de ativistas de Hong Kong em uma das ilhas Senkaku.

Na quinta-feira, o comitê de coordenação da Câmara Baixa concordou em adotar as resoluções em questão durante a sessão plenária da câmara de sexta-feira.

A ideia foi proposta pelo situacionista Partido Democrata, em resposta à visita do presidente sul-coreano Lee Myung-bak às ilhas Takeshima, no Mar do Japão, em 10 de agosto, e ao desembarque dos ativistas de Hong Kong na ilha de Uotsuri, no Mar da China Oriental, no dia 15.

Coreia do Sul não consegue devolver carta enviada por premiê japonês

A Coreia do Sul não conseguiu devolver ao lado japonês, conforme o planejado, uma carta enviada pelo primeiro-ministro do Japão, Yoshiko Noda.

Na tarde de quinta-feira, o governo sul-coreano designou um diplomata lotado em Tóquio que se dirigisse ao Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão para devolver a carta.

Em uma missiva endereçada ao presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, o premiê Noda pedia a solução pacífica no tocante à disputa bilateral envolvendo um grupo de ilhas situado no Mar do Japão.

O diplomata sul-coreano chegou ao prédio da chancelaria japonesa por volta das 15h30, mas foi barrado pelos guardas na entrada.

Segundo a embaixada da Coreia do Sul, o diplomata requisitou aos guardas a realização de uma reunião com algum funcionário encarregado, mas acabou sendo impedido por eles de entrar no prédio. A alegação era de que havia necessidade de se marcar a visita com antecedência.

O diplomata sul-coreano deixou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão um pouco antes das 17h, sem ter conseguido se encontrar com ninguém.

Premiê japonês diz que reação sul-coreana foi insensata

O premiê japonês, Yoshihiko Noda, criticou a Coreia do Sul por esta ter decidido devolver a carta enviada por ele pedindo a solução pacífica da disputa bilateral envolvendo um grupo de ilhas no Mar do Japão.

Na quinta-feira, Noda afirmou, perante o Comitê de orçamento da Câmara Baixa do Parlamento, que a devolução de uma carta enviada pelo dirigente de um país demonstra completa insensatez. Ele também disse que o Japão está tentando reagir com calma, mas que o lado sul-coreano perdeu a serenidade.

Questionado a respeito da possibilidade de dialogar com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, paralelamente à reunião de cúpula da APEC no próximo mês, Noda afirmou que não pode responder essa questão agora. Ele acrescentou que seu governo precisa aguardar para verificar se a Coreia do Sul estará tranquilizada o suficiente para levar adiante um diálogo entre os dois países.