quarta-feira, 20 de junho de 2012

Príncipe herdeiro do Japão faz visita de condolência à Arábia Saudita

Naruhito, o príncipe herdeiro do Japão, partiu rumo à Arábia Saudita, na quarta-feira, para visitar o país e expressar seus pêsames pela morte do príncipe herdeiro, Nayef bin Abdul-Aziz.

O príncipe saudita faleceu sábado, em Genebra, na Suíça.

Médicos das Forças de Autodefesa do Japão prestam serviços nas Filipinas

Médicos das Forças de Autodefesa do Japão juntaram-se a militares de 12 países numa missão humanitária coordenada pelos Estados Unidos na região da Ásia e do Pacífico. A missão é chamada de Parceria Pacífica.

Na quarta-feira, oficiais do Japão, dos Estados Unidos, da Austrália e de outros países começaram a oferecer serviços de saúde na ilha de Samar, localizada na região central das Filipinas. Mais de 100 pacientes foram examinados por médicos, dentistas, pediatras e outros profissionais em uma clínica provisória.

JAL solicita ser outra vez registrada na Bolsa de Valores de Tóquio

A Japan Airlines, de sigla JAL, solicitou que suas ações sejam outra vez registradas na Bolsa de Valores de Tóquio, a partir de setembro.

A JAL fez a solicitação na quarta-feira, depois da reunião anual de seus acionistas. Em janeiro de 2010, a linha aérea se tornara uma das maiores companhias japonesas a entrar em falência. Ela recebeu mais de 4,4 bilhões de dólares de fundos públicos, tendo fechado rotas aéreas deficitárias e cortado um total de 16 mil postos de trabalho.

Isto resultou num lucro operacional recorde de cerca de 2,5 bilhões de dólares no ano fiscal que terminou em março.

A JAL tenciona usar o dinheiro conseguido nas transações acionárias para liquidar as sua dívidas com setores de fundos públicos.

Considerações sobre as recentes negociações internacionais a respeito do programa nuclear iraniano

O Irã e os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, além da Alemanha, finalizaram, na terça-feira, discussões de dois dias sobre o programa nuclear do país, realizadas em Moscou, sem alcançar nenhum progresso. Esta foi a terceira rodada de negociações desde abril. No Comentário de hoje, conversamos com a pesquisadora Sachi Sakanashi do Instituto de Economia Energética, localizado no Japão, sobre as conversações internacionais a respeito do programa nuclear iraniano.

Ela diz que a mais recente rodada de negociações não alcançou nenhum progresso, mas ressalta que um ponto positivo foi que os participantes concordaram em prosseguir com as negociações. Até então, havia uma grande diferença entre a posição do Irã e aquela dos outros 6 países. Assim, provavelmente os dois lados sabiam que as negociações não produziriam resultados de forma fácil.

O governo do Irã acredita que a tecnologia nuclear é necessária para administrar o país nas condições atuais já que existem muitos opositores tanto dentro como fora. Assim, de acordo com a pesquisadora, o Irã nunca vai concordar em interromper o seu programa nuclear, como é requisitado pelas 6 potências.

Os 6 países somente podem contar com a resolução do Conselho de Segurança da ONU que obriga o Irã a colocar um fim em todas as suas atividades relacionadas com energia nuclear. Isso deixa esses países com apenas a opção de repetir pedidos de que o Irã interrompa suas atividades nucleares, incluindo o enriquecimento de urânio.

As 6 potências mundiais e o Irã concordaram em continuar com as negociações, não porque esperam que as conversações produzam resultados mas porque é importante para os dois lados que se mantenha uma estrutura de negociações.

O Irã insiste que está desenvolvento tecnologia nuclear com propósitos pacíficos e que o país tem o direito de fazê-lo, já que é um signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. As negociações com as 6 potências mundiais são a únicas oportunidade deixada para o Irã de defender o seu direito. O país também participa das conversações nucleares com o objetivo de tentar retirar algumas das sanções que lhe foram impostas.

Israel mantém cautela quanto ao desenvolvimento nuclear do Irã. Se as 6 potências demonstrarem algum sinal de abandono das conversações, Israel poderia levar a cabo um ataque militar unilateral contra o Irã.

A pesquisadora conclui dizendo que as 6 nações acreditam que precisam mostrar sua vontade de conduzir uma nova rodada de negociações, numa tentativa de fazer evitar que Israel lance um ataque militar contra o Irã.

Este foi o Comentário.

Japão registra mais um déficit comercial em maio

O déficit comercial do Japão subiu outra vez em maio, devido a um aumento das importações de combustível, em conexão com a paralisação de suas usinas nucleares de provisão de eletricidade.

O Ministério das Finanças disse num informe preliminar, na quarta-feira, que o déficit excedeu 11 bilhões de dólares. Este foi o terceiro mês consecutivo de déficit, e o de mais alto nível para o mês de maio, desde que dados pertinentes se tornaram disponíveis a partir de 1979.

As exportações subiram em 10%, em termos de ienes, em relação ao nível de um ano atrás, chegando a mais de 66 bilhões de dólares. Isto foi devido amplamente a um aumento dos embarques de carros para os Estados Unidos. Mas as importações também subiram em mais de 9%, chegando a um nível superior a 77 bilhões de dólares, em conexão com a elevação das importações de gás natural liquefeito para a geração de energia térmoelétrica. Os altos preços do petróleo bruto também foram fatores determinantes.

O comércio com a Europa ficou negativo pela primeira vez desde 1979. Isto surgiu devido à crise de débito dos países da zona do euro, com uma queda na demanda de semicondutores e outros componentes eletrônicos.

Considerações sobre as recentes negociações internacionais a respeito do programa nuclear iraniano

O Irã e os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, além da Alemanha, finalizaram, na terça-feira, discussões de dois dias sobre o programa nuclear do país, realizadas em Moscou, sem alcançar nenhum progresso. Esta foi a terceira rodada de negociações desde abril. No Comentário de hoje, conversamos com a pesquisadora Sachi Sakanashi do Instituto de Economia Energética, localizado no Japão, sobre as conversações internacionais a respeito do programa nuclear iraniano.

Ela diz que a mais recente rodada de negociações não alcançou nenhum progresso, mas ressalta que um ponto positivo foi que os participantes concordaram em prosseguir com as negociações. Até então, havia uma grande diferença entre a posição do Irã e aquela dos outros 6 países. Assim, provavelmente os dois lados sabiam que as negociações não produziriam resultados de forma fácil.

O governo do Irã acredita que a tecnologia nuclear é necessária para administrar o país nas condições atuais já que existem muitos opositores tanto dentro como fora. Assim, de acordo com a pesquisadora, o Irã nunca vai concordar em interromper o seu programa nuclear, como é requisitado pelas 6 potências.

Os 6 países somente podem contar com a resolução do Conselho de Segurança da ONU que obriga o Irã a colocar um fim em todas as suas atividades relacionadas com energia nuclear. Isso deixa esses países com apenas a opção de repetir pedidos de que o Irã interrompa suas atividades nucleares, incluindo o enriquecimento de urânio.

As 6 potências mundiais e o Irã concordaram em continuar com as negociações, não porque esperam que as conversações produzam resultados mas porque é importante para os dois lados que se mantenha uma estrutura de negociações.

O Irã insiste que está desenvolvento tecnologia nuclear com propósitos pacíficos e que o país tem o direito de fazê-lo, já que é um signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. As negociações com as 6 potências mundiais são a únicas oportunidade deixada para o Irã de defender o seu direito. O país também participa das conversações nucleares com o objetivo de tentar retirar algumas das sanções que lhe foram impostas.

Israel mantém cautela quanto ao desenvolvimento nuclear do Irã. Se as 6 potências demonstrarem algum sinal de abandono das conversações, Israel poderia levar a cabo um ataque militar unilateral contra o Irã.

A pesquisadora conclui dizendo que as 6 nações acreditam que precisam mostrar sua vontade de conduzir uma nova rodada de negociações, numa tentativa de fazer evitar que Israel lance um ataque militar contra o Irã.

Este foi o Comentário.

Revelação sobre incidente na usina nuclear de Ooi ocorre com 13 horas de atraso

A Companhia de Energia Elétrica de Kansai - operadora da usina nuclear de Ooi - afirmou que um alarme disparou na terça-feira no detector de nível de água do reator 3 da central geradora.

O reator em questão da usina nuclear situada na província de Fukui, região central do Japão, é um dos dois que estão sendo preparados para serem religados, de acordo com uma decisão do governo central tomada no sábado passado. A usina será a primeira que voltará a funcionar no país desde o acidente nuclear de 2011.

Na quarta-feira, a Companhia de Energia Elétrica de Kansai informou que o alarme sugeriu que o nível de água havia caído em um tanque utilizado para resfriar um gerador de energia elétrica no reator 3. Segundo a operadora, os trabalhadores que examinaram o tanque não detectaram vazamentos, mas o nível de água estava cerca de 5 centímetros mais baixo que o normal.

O governo montou um sistema especial de monitoramento com a presença de inspetores fixos na usina nuclear de Ooi, visando lidar prontamente com quaisquer acidentes ou problemas. A revelação do incidente de terça-feira, entretanto, ocorreu cerca de 13 horas após o disparo do alarme.

Segundo a Companhia de Energia Elétrica de Kansai, a informação não foi revelada na terça-feira porque o incidente não correspondia aos critérios impostos pela lei ou pelos regulamentos internos da operadora no tocante à divulgação de notícias.

Parlamento japonês aprova lei para fixação de novo organismo regulador de atividades nucleares

O Parlamento japonês aprovou lei para fixação de um novo organismo regulador de atividades nucleares a ser estabelecido até setembro vindouro.

A lei aprovada na quarta-feira está ligada com a série de críticas levantadas em conexão com o acidente na usina nuclear Fukushima 1 no ano passado. Os legisladores disseram que a atual Agência de Segurança Nuclear e Industrial é controlada pelo Ministério da Economia, Indústria e Comércio, que promove o uso da energia nuclear.

A planejada comissão de regulamentação das atividades nucleares deverá ser bem independente dos órgãos do governo e deverá ter controle sobre a agência de regulamentação nuclear a ser estabelecida.

Os designados para cargos nesta comissão não receberão permissão de voltar a seus postos anteriores em ministérios ou agências do governo. Um novo conselho da Repartição do Gabinete do governo vai ser fixado para estudar o nível de prontidão contra desastres nucleares.

A nova lei limita o poder do premiê de dar ordens durante situações de emergência, e obriga a comissão a tomar decisões envolvendo know-how da tecnologia de reatores.

O governo vai ser o responsável pela escolha de 5 membros da comissão.

Tepco divulga informe final sobre o desastre de sua usina nuclear Fukushima 1

A operadora da danificada usina de energia nuclear Fukushima 1, a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, de sigla Tepco, divulgou o seu informe final sobre sua investigação da crise que se seguiu ao terremoto e subsequente tsunami de 11 de março do ano passado.

O informe divulgado na quarta-feira, se baseia em entrevistas feitas com cerca de 600 funcionários da companhia, bem como inspeções in loco e análise de vários dados. Ele indica que os derretimentos ocorridos em 3 dos 4 reatores nucleares foram causados diretamente por perda de funcionamento de todo o sisstema de resfriamento. E isto foi devido ao tsunami ocorrido na ocasião que foi bem superior ao esperado pela Tepco.

O relatório admite que o gerenciamento pela companhia do sistema de resfriamento emergencial foi inadequado. Ele critica o governo por ter interferido direta e indiretamente nos esforços de resposta emergencial empreendidos pela Tepco. Diz ainda que funcionários do governo ignoraram o que estava realmente ocorrendo na áreas, causando assim uma confusão desnecessária.

A Tepco disse que foi aprendida uma lição a partir deste incidente que é a da necessidade de um sistema de resposta emergencial que leve em conta um reator nuclear que tenha perdido todas as suas funções.

Contudo, a Tepco ainda não sabe a extensão da radioatividade que teria sido liberada desde o início da crise, ou a extensão dos danos sofridos pelos reatores, resultantes do terremoto, independentemente do subsequente tsunami.

Ministro japonês deseja chegar logo a uma decisão sobre participação do país na Parceria Transpacífica

O ministro japonês da Indústria, Yukio Edano, deseja chegar a uma decisão o mais rápido possível a respeito da participação do país nas negociações da Parceria Transpacífica.

Edano falou a um comitê da Câmara Baixa na quarta-feira. Seus comentários surgem depois de o México e o Canadá terem decidido participar de forma oficial das negociações sobre a parceria. O ministro japonês também disse que deseja manter discussões com as nações participantes da Parceria Transpacífica para deixar clara a decisão do Japão.

No entanto, Yukio Edano também indicou que o Japão pode vir a precisar de mais tempo antes de tomar uma decisão final. As opiniões com relação à parceria estão divididas no país. Os círculos de negócios desejam que o país participe, ao passo que grupos relacionados ao setor agrícola se opõem.

Japão promete reconstrução fiscal em plano de ação do G20

O plano do governo japonês de elevar o imposto sobre consumo foi incluído num plano de ação apresentado na cúpula do Grupo dos Vinte, no México. O plano de ação foi adotado ao longo de uma declaração oficial da reunião de cúpula.

A cúpula do G20 fixou o plano de ação que apresenta detalhes da agenda de metas que cada país deve fixar. A inclusão do aumento do imposto no plano vem em seguida à promessa do governo japonês de dar prioridade a uma elevação do imposto sobre consumo, como parte de seus esforços de reconstruir as finanças do país.

O governo japonês formulou um plano de redução de sua dívida que envolve a elevação do imposto sobre consumo, do atual nível de 5% para 8%, em abril de 2014. Em seguida, ele seria aumentado para 10%, em outubro de 2015.

Na segunda-feira, primeiro dia da reunião de cúpula, o premiê japonês Yoshihiko Noda manifestou sua determinação de implementar uma série de projetos de lei para a realização de reformas no setor de previdência social e tributário, incluindo o aumento da taxa do imposto sobre consumo.

Sentimento anti-chinês entre os japoneses atinge nível recorde

Uma pesquisa conduzida de forma conjunta tanto no Japão como na China revela que o sentimento anti-chinês no Japão atingiu um recorde de 84%, ao passo que o sentimento anti-japonês na China registrou 65%.

A pesquisa foi feita entre abril e maio pela organização de pesquisas sem fins lucrativos Genron NPO no Japão, e pelo jornal estatal chinês em língua inglesa China Daily. Foram entrevistados 1.000 cidadãos japoneses e 1.627 chineses.

O percentual de japoneses que possuem sentimentos negativos com relação à China subiu 6 pontos percentuais em comparação com o ano passado, atingindo o mais alto nível desde que a pesquisa foi iniciada em 2005.

Setenta por cento dos entrevistados japoneses e 51% dos chineses mencionaram a disputa envolvendo as ilhas Senkaku no Mar da China Oriental como o principal obstáculo à melhora das relações.

Os governos do Japão e da China têm buscado alcançar relações amigáveis em preparação às celebrações dos 40 anos de relações diplomáticas neste ano. No entanto, esta mais recente pesquisa sugere que a hostilidade entre os povos das duas nações está aumentando.