quinta-feira, 26 de julho de 2012

Expectativa média de vida diminui no Japão após desastre de 11 de março de 2011

A expectativa média de vida dos japoneses diminuiu desde a ocorrência do desastre de 11 de março do ano passado no nordeste do país.

Na quinta-feira, o Ministério da Saúde afirmou que a expectativa média de vida das mulheres japonesas era de 85,9 anos em 2011, ou seja, uma queda de 0,4 em relação ao ano anterior.

Isso significa que elas cederam o posto de mulheres que mais vivem no mundo para suas contrapartes de Hong Kong.

Ainda segundo o ministério, a expectativa média de vida dos homens japoneses era de 79,44 anos em 2011, ou seja, um recuo de 0,11 em relação ao ano anterior.

Coreia do Norte reinicia distribuição de panfletos com propaganda ideológica

Panfletos com propaganda ideológia da Coreia do Norte foram encontrados em áreas ao norte da Coreia do Sul, nas proximidades da zona desmilitarizada, entre o sábado passado e a terça-feira desta semana, pela primeira vez em doze anos.

Em 2000, as duas Coreias haviam concordado em não difamar-se de forma mútua.

Alguns panfletos condenam a prisão de um ativista pró-Pyongyang que retornou à Coreia do Sul após ter visitado a Coreia do Norte sem obter permissão do governo sul-coreano.

Índice de crescimento econômico registra queda na Coreia do Sul

O crescimento econômico da Coreia do Sul se tornou mais lento do que o esperado.

Na quinta-feira, o Banco da Coreia afirmou que a economia do país cresceu apenas 0,4 pontos percentuais no período de abril a junho deste ano, em comparação aos 0,9 pontos percentuais de crescimento registrados no trimestre anterior.

De acordo com o BC sul-coreano, embora as vendas de veículos e de vestuário tenham crescido, os investimentos em infraestrutura e as exportações apresentaram recuo. O setor da construção civil, por sua vez, permaneceu estagnado.

Nissan registra recorde nas vendas, mas queda nos lucros

A Nissan Motor apresentou um número recorde de vendas no período de abril a junho deste ano. No entanto, houve uma queda nos lucros devido à alta do iene.

A fabricante de carros declarou ter vendido mais de 1,2 milhões de veículos no mundo todo, um recorde para o trimestre. As vendas foram especialmente altas na China e na América do Norte.

As vendas consolidadas cresceram, em ienes, 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 26,6 bilhões de dólares. Entretanto, os lucros operacionais caíram 19,7%, para 1,5 bilhões de dólares, pois a alta do iene corroeu a lucratividade das exportações. A intensificação da competição entre fabricantes de automóveis nas vendas também influenciou negativamente os lucros da Nissan.

A Nissan diz que promoverá mais transferências da produção para o exterior e usará mais componentes importados para lidar com a alta da moeda.

O avanço das transações comerciais em iuanes em Hong Kong

No dia 1 de julho, comemoram-se os 15 anos da devolução de Hong Kong à China. A região tem conquistado ímpeto por seu papel como um mercado offshore para a moeda chinesa, o iuane. O mercado offshore permite a realização de transações comerciais mais livres por situar-se à parte dos mercados domésticos, além de ter a vantagem de impostos mais baixos.

Nesta edição do Comentário, conversamos com Zhuang Tai Liang, diretor-executivo do Instituto de Finanças e Economia Global da Universidade Chinesa de Hong Kong, sobre o avanço das transações comerciais em iuanes em Hong Kong.

O comentarista diz: "A crise financeira passada - deflagrada pelo dólar americano e pelo problema dos títulos públicos europeus - nos fez lembrar de que a existência de somente duas moedas-chave torna o sistema financeiro global muito mais fragilizado. O governo chinês tenta agora tornar o iuane em uma nova moeda-chave global. Antes da devolução de Hong Kong à China, em 1997, o balanço das contas combinadas em iuanes em Hong Kong era de somente 604 milhões de dólares, segundo os cálculos da taxa de câmbio na época. Desde então, houve um aumento superior a cem vezes, perfazendo cerca de 79 bilhões de dólares. O uso do iuane como moeda para a concretização de transações comerciais também disparou. Em 2009, o governo chinês permitiu a utilização do iuane para esse propósito. Portanto, atualmente, numa época em que produtos, bens e serviços são exportados de Hong Kong para a China continental, esta última quer fechar negócios em iuanes. Hong Kong, por sua vez, também deseja o mesmo, o que resulta no aumento da quantidade de iuanes na região. No passado, os pagamentos da China continental eram feitos em dólares. Na China continental, as pessoas tendem a abrir poupança em dólares. Isso fez com que as reservas em moedas estrangeiras da China crescessem bastante. Seguindo o caso de Hong Kong, o governo chinês tem a intenção de abrir mercados offshore em iuanes em Londres e Cingapura. A globalização do iuane apenas começou. O processo pode ser acelerado com a existência de um número maior de mercados offshore."

Este foi o Comentário.

AIEA avalia resistência a terremotos da usina de Onagawa

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vai examinar, na próxima semana, uma usina nuclear situada no nordeste do Japão, a fim de verificar como esta foi afetada pelo terremoto de 11 de março do ano passado.

Dados sobre algumas usinas nucleares situadas no norte e no leste do Japão indicam que a intensidade do terremoto ultrapassou o nível máximo estimado por projetadores da usina.

Não foi constatado nenhum impacto claro do terremoto sobre equipamentos e instalações essenciais para a segurança da usina, mas o desastre aumentou a conscientização global sobre a vulnerabilidade dos reatores a sismos.

Funcionários da AIEA e especialistas estrangeiros vão visitar a usina nuclear de Onagawa, na província de Miyagi, na segunda-feira, para uma avaliação in loco.

A Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão afirma que a equipe vai ingressar nas instalações dos reatores 1 até o 3 para examinar o sistema de tubulação e de resfriamento. Eles também vão verificar a condição das piscinas de combustível nuclear.

A AIEA fez um levantamento cobrindo os danos ocorridos na usina nuclear Fukushima 1 e monitorou as atividades de descontaminação promovidas na província de Fukushima.

Contudo, esta é a primeira vez desde o desastre do ano passado que a organização vai avaliar o nível de resistência a terremotos de uma usina nuclear no Japão.

Governos locais pedem que agência de segurança nuclear do Japão investigue falha geológica sob usina nuclear

Líderes de governos locais pediram à agência de segurança nuclear do Japão que acompanhe minuciosamente a planejada investigação de uma falha geológica existente sob uma usina nuclear na província de Ishikawa, região central do país.

Pedido nesse sentido foi submetido pelo vice-governador de Ishikawa, Hiroyasu Takenaka, e pelo vice-prefeito da cidade de Shika, Takeo Sanno, à Agência de Segurança Nuclear e Industrial na quinta-feira, em Tóquio.

Na semana passada, especialistas de um painel governamental declararam que a rachadura existente sob o reator 1 da usina nuclear de Shika é, muito provavelmente, uma falha geológica ativa.

Isso motivou a Companhia de Energia Elétrica de Hokuriku a submeter um plano de investigação à agência.

Os governos da província de Ishikawa e da cidade de Shika criticaram as declarações do painel, chamando-as de lamentáveis. Segundo as autoridades locais, tais declarações minam profundamente a confiança pública no sistema de investigação do governo central.

Aeronaves Osprey têm índice alto de acidentes em relação à frota total

Documentos das forças armadas norte-americanas mostram que as aeronaves Osprey, do seu Corpo de Fuzileiros Navais, estiveram envolvidas em acidentes menores, mas mais numerosos em relação à frota total.

Os fuzileiros navais enfatizaram a segurança da aeronave de transporte citando estatísticas que mostram o envolvimento da aeronave em 1,93 acidentes fatais de classe A por cada 100 mil horas de voo. Os fuzileiros navais dizem que a taxa está abaixo da média de 2,45 da frota total composta por nove tipos diferentes de aeronaves.

A NHK teve acesso a documentos dos fuzileiros navais que classificam todos os acidentes envolvendo as Osprey durante um período de 11 anos até o ano de 2012. Os acidentes são classificados em três categorias: classe A, B e C, estando nessas duas últimas classes os acidentes relativamente menores.

A taxa de acidentes da classe C está em 10,46, o que representa mais de duas vezes a média da frota.

O porta-voz dos fuzileiros navais disse que, apesar de a taxa de pequenos acidentes com a aeronave ser alta, 72% de todos os acidentes envolvendo Ospreys nos últimos dois anos foram causados por falha humana, e não problemas relacionados ao projeto da aeronave.

Primeiro-ministro do Japão discute sobre avião militar Osprey com autoridade dos EUA

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, solicitou a ajuda contínua dos Estados Unidos para dissipar as preocupações das comunidades locais japonesas quanto à segurança do avião militar americano Osprey.

Noda fez o pedido durante um encontro de 30 minutos com o acessor de segurança nacional do governo americano, Tom Donilon, na quinta-feira, em Tóquio.

O premiê japonês afirmou que gostaria que o lado americano continuasse a cooperar por meio do fornecimento dos resultados das investigações sobre os acidentes do Osprey e da confirmação da segurança da aeronave.

Donilon, por sua vez, assegurou a Yoshihiko Noda que o governo de seu país fará todo o possível para cooperar com o Japão.

Japão e EUA continuarão a discutir a operação das aeronaves Osprey

Funcionários do governo do Japão e dos Estados Unidos concordaram em levar adiante diálogos a respeito da segurança das operações no Japão da aeronave de transporte Osprey, pertencentes às Forças Armadas americanas.

O comitê misto Japão-Estados Unidos reuniu-se, em Tóquio, na quinta-feira em meio a preocupações crescentes no Japão em relação à transferência das Osprey.

A reunião foi realizada três dias depois de doze Ospreys terem chegado à base aérea do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, em Iwakuni, na província de Yamaguchi. Os fuzileiros navais planejam conduzir voos-teste nessa área no próximo mês antes de iniciar a operação completa da aeronave na base aérea de Futenma, em Okinawa, em outubro.

Os fuzileiros navais desejam substituir os helicópteros CH-46 da base aérea de Futenma pelas aeronaves de rotores inclináveis Osprey. No entanto, uma série de acidentes envolvendo tais aeronaves causou preocupações em relação a sua segurança no Japão.