segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cotação do dólar

No mercado de câmbio de Tóquio, o dólar teve baixa frente ao iene na segunda-feira.

Às 17 horas na capital japonesa, a moeda norte-americana estava sendo negociada entre 79,39 ienes e 79,40 ienes, com um recuo de 0,23 iene em relação à cotação da tarde de sexta-feira.

Ilhas japonesas que são patrimônio mundial querem limitar número de turistas

O governo local das ilhas Ogasawara, que ficam a aproximadamente 1.000 quilômetros ao sul de Tóquio, decidiu limitar o número de turistas no local, que é patrimônio mundial da lista da UNESCO.

O vilarejo de Ogasawara planeja adotar uma medida em junho a fim de reduzir o número de passageiros do serviço regular de ferry em aproximadamente 30% para proteger plantas e animais raros.

O número de pessoas que visitam as ilhas aumentou desde que estas foram listadas como patrimônio natural em junho do ano passado.

Produção de carros no Japão dispara em abril

Fabricantes de automóveis japonesas dizem que sua produção de veículos aumentou no mês de abril em comparação com o mesmo mês do ano passado. A produção de um ano atrás foi prejudicada por interrupções no fornecimento de componentes após o desastre de 11 de março.

Oito fabricantes de carros afirmaram que sua produção doméstica em abril deste ano totalizou 757.594 veículos, ou 2,7 vezes mais do que no mesmo mês do ano passado.

Carros eficientes também tiveram melhores vendas, uma vez que os fabricantes começaram a aceitar pedidos de subsídios de consumidores que compram carros ecologicamente corretos.

É aberta em Pequim feira de comércio focada no setor de serviços

Uma feira de comércio que tem como foco o setor de serviços foi aberta em Pequim. O objetivo é incentivar o consumo doméstico e manter o crescimento da economia.

Empresas de 82 países, incluindo o Japão, estão participando da feira, que é a primeira do tipo a ser realizada na China.

Durante a cerimônia de abertura, o premiê Wen Jiabao disse que o setor de serviços da China tem potencial para alto crescimento. Ele expressou esperanças de que empresas estrangeiras expandam seus negócios na China.

Mais tibetanos ateiam fogo no corpo em protesto

A agência estatal de notícias da China anunciou que, no domingo, dois tibetanos atearam fogo no corpo em Lhasa, que fica na Região Autônoma do Tibete. Um deles morreu.

A agência de notícias Xinhua relatou que, no momento em que estavam em chamas, ambos os tibetanos estavam próximos ao templo Jokhang, um dos santuários mais sagrados do Tibete. O templo estava lotado de peregrinos que celebravam um festival budista.

Esta foi a mais recente de uma série de suicídios cometidos por tibetanos, no que aparenta ser um protesto contra o rigoroso controle do governo central chinês sobre suas atividades religiosas.

A Free Asia, transmissora de rádio afiliada aos Estados Unidos relatou que Lhasa está repleta de forças policiais e paramilitares, e diz que há um ambiente de alta tensão.

Índia quer estreitar laços econômicos com Mianmar

O premiê indiano, Manmohan Singh comprometeu-se a avançar na assistência econômica a Mianmar para ajudar a nação a se democratizar. A ação tem como finalidade criar uma contraposição à crescente influência da China no país do sudeste asiático.

Singh encontrou-se com o presidente de Mianmar Thein Sein na segunda-feira, após chegar à capital do país, Naypyidaw, no domingo.

Durante a reunião, Singh prometeu expandir a assistência da Índia a Mianmar, em especial na construção de sistemas de transportes conectando as duas nações. Singh também disse que a Índia está pronta para compartilhar sua experiência democrática com Mianmar.

A Índia não seguiu as sanções do ocidente contra Mianmar e continuou com sua assistência em projetos de construção, incluindo instalações portuárias. Ainda assim, a Índia tem ficado atrás da China, que está expandindo sua influência política e econômica em Mianmar através de ajuda em altas quantias.

Singh é o primeiro premiê indiano a visitar Mianmar em 25 anos. Ele se encontrará como a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi na terça-feira.

Presidente da Coreia do Sul critica grupos pró-Coreia do Norte existentes em seu país

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak criticou pela primeira vez os grupos pró-Pyongyang existentes na Coreia do Sul por acatarem as declarações da Coreia do Norte.

Ao se dirigir ao público em um programa de rádio e internet na segunda-feira, Lee falou sobre tais grupos e sobre sua visita a Mianmar no início deste mês. O presidente disse ter visitado um local em Yangun em homenagem às vítimas sul-coreanas de um atentado terrorista a bomba em 1983. O atentado tinha como alvo o então presidente sul-coreano Chun Doo-hwan. O ataque matou 21 sul-coreanos, incluindo ministros.

Lee criticou a Coreia do Norte por esta ter negado seu envolvimento no incidente de Rangoon e no afundamento de um navio sul-coreano em 2010. Além disso, o presidente disse que o maior problema são os grupos existentes na Coreia do Sul em defesa da posição da Coreia do Norte. Segundo o presidente, esses grupos aceitam cegamente a posição da Coreia do Norte.

Maior parte de Fukushima decide reabrir piscinas de escolas após descontaminação

Por volta de 80% dos municípios da província de Fukushima planejam reabrir, a partir do verão japonês, as piscinas descobertas das escolas de ensino fundamental.

No ano passado, após o desastre de 11 de março na usina nuclear Fukushima 1, trinta e uma cidades e vilarejos da província deixaram de retomar as aulas de natação nas piscinas descobertas.

Um levantamento da NHK mostra que 25, ou aproximadamente 80% dos municípios disseram que as piscinas descobertas reabrirão neste ano. Atualmente, após os esforços de descontaminação, as piscinas são consideradas seguras.

Alguns municípios pedirão às escolas que adotem medidas complementares para limitar a exposição dos estudantes à radiação. Tais medidas incluem a condução de exercícios de aquecimento em lugares fechados e assegurar que areia não seja trazida para áreas próximas às piscinas.

A cidade de Koriyama e outras três decidirão se reabrirão as piscinas depois de procedimentos de descontaminação.

Considerações sobre o trabalho de remoção de varetas de combustível nuclear da usina de Fukushima

No Comentário de hoje, conversamos com o professor Akio Koyama do Instituto de Pesquisas de Reatores da Universidade de Kyoto sobre a remoção das varetas de combustível da usina nuclear Fukushima 1.

Perguntamos a ele como o trabalho será realizado.

O professor diz que as varetas de combustível que serão retiradas em julho não foram utilizadas e que os núcleos do combustível não passaram por um processo de fissão. A radiação emitida pelo urânio apresenta quase o mesmo nível daquele encontrado no meio natural. O professor acredita que o vaso de contenção em que as varetas estão será retirado com o uso de equipamentos pesados, como guindastes.

Ao mesmo tempo, na piscina de contenção do reator, existem 1.331 varetas de combustível usado, que correspondem a mais de 80% do total. O nível de radiação que elas emitem é muito alto, o que impede que elas sejam extraídas nas condições em que estão, já que houve um processo de fissão nuclear. Então, antes da remoção das varetas, recipientes com água para bloquear a radiação serão colocados na piscina de contenção. As varetas de combustível usado serão, então, colocadas em recipientes para serem removidas.

O governo japonês planeja iniciar o trabalho de remoção no próximo ano. Perguntamos ao professor quais desafios estariam por vir.

Ele diz que, até o momento, medições do nível de radiação da água da piscina sugerem não ter havido grandes danos às varetas de combustível usado. No entanto, seria necessário examinar diretamente as condições do combustível usado, como uma forma de precaução. Segundo o professor, se as barras de combustível usado tiverem sido danificadas pelos destroços derivados da explosão de hidrogênio que ocorreu logo depois do acidente nuclear, produtos de uma fissão podem ter se espalhado na água. Isso deve tornar o trabalho de remoção ainda mais dificultoso.

Também há preocupações quanto à resistência do prédio do reator, como se ele seria capaz de resistir a um novo terremoto de grandes proporções. Isso de deve ao fato de que o desastre de 11 de março e a explosão de hidrogênio que se seguiu provavelmente enfraqueceram a estrutura e a resistência a terremotos do prédio.

Se o prédio desabar e fizer as varetas de combustível caírem e se acumularem umas sobre as outras, o calor gerado pode alcançar um alto nível. Isso pode fazer que os tubos de revestimento derretam.

Se isso acontecer, substâncias radioativas podem vazar dos tubos. A retirada, então, de uma única vareta de combustível pode fazer a diferença na redução de riscos. Assim, o professor conclui dizendo que é vital que o trabalho de remoção aconteça o mais rápido possível.

Este foi o comentário.

Tepco decide remover combustível não usado do reator número 4 de Fukushima

A empresa que administra a usina nuclear Fukushima 1 decidiu remover duas varetas de combustível não usadas de uma piscina de armazenamento do reator número 4 para verificar se estas sofreram danos.

A decisão foi tomada em preparação para a retirada de uma grande parte das 1.535 varetas de combustível usadas e não usadas que estão na piscina, e que poderiam representar um perigo em caso de um novo terremoto.

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) pretende remover as duas varetas de combustível da piscina em julho. A remoção de varetas de combustível não usadas não é tão perigosa como a remoção de varetas usadas.

Se a retirada for bem sucedida, a Tepco planeja iniciar no ano que vem a remoção do combustível restante.

No reator número 4, não houve um derretimento por ocasião do grande terremoto e tsunami do ano passado porque o reator estava paralisado. No entanto, áreas próximas à piscina ficaram bastante danificadas quando hidrogênio do reator número 3 penetrou no reator 4 e explodiu.

Ex-primeiro-ministro do Japão pede fim do uso de energia nuclear no país

O ex-primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse que o acidente nuclear em Fukushima o convenceu de que, por motivos de segurança, o Japão deve acabar com a sua dependência de energia nuclear.

Na segunda-feira, Naoto Kan participou de um audiência de um comitê indicado pelo Parlamento para investigar o acidente na usina nuclear Fukushima 1, que se iniciou no dia 11 de março do ano passado. Ele apresentou desculpas por não ter evitado, na posição de chefe do governo, o acidente.

Kan disse que uma agência de segurança nuclear não havia se pronunciado sobre o que aconteceria em um acidente como o ocorrido. Além disso, de acordo com ele, o governo não havia recebido informações a partir de outras fontes.

O ex-primeiro-ministro criticou aquilo que classificou como um círculo fechado composto por tomadores de decisão em matéria nuclear, especialistas e membros da classe empresarial. Tal grupo teria tentado manter o seu poder sem qualquer ponderação após o acidente.

O comitê planeja preparar um relatório sobre sua investigação no mais tardar até o próximo mês e apresentá-lo aos líderes das duas casas do Parlamento.