quinta-feira, 31 de maio de 2012

Parque da Paz de Hiroshima proíbe o fumo por um dia

O Parque da Paz de Hiroshima proibiu o fumo nas suas instalações na quinta-feira, junto com o Dia Mundial sem Tabaco. O parque, que é dedicado às vítimas da bomba atômica lançada sobre a cidade, em 1945, tem 20 cinzeiros nas sua propriedade de 12 hectares. Funcionários da cidade de Hiroshima colocaram tampas em todos os cinzeiros do parque na quinta-feira de manhã.

Sul-coreanos que fizeram trabalhos forçados querem indenizações de guerra

Sul-coreanos que foram obrigados a realizar trabalhos forçados em fábricas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial estão exigindo o pagamento de indenizações, após uma recente decisão a favor deles tomada pela Suprema Corte da Coreia do Sul. Um grupo de trabalhadores da Segunda Guerra Mundial e seus apoiadores fizeram uma passeata diante do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, em Seul, na quinta-feira. Eles entregaram uma carta a um funcionário do ministério exigindo uma ação imediata por parte do governo sul-coreano. A manifestação se seguiu a uma decisão histórica tomada pela Suprema Corte na semana passada. A decisão judicial reconhece, pela primeira vez, os direitos dos trabalhadores do período da guerra de exigir indenizações de empresas japonesas por terem sido forçados a trabalhar quando a Coreia era uma colônia do Japão. A decisão da corte derruba um acordo firmado entre Japão e Coreia do Sul durante as negociações que culminaram na normalização das relações bilaterais, em 1965. O acordo em questão diz que o Japão lidaria com questões envolvendo seu domínio colonial na forma de cooperação econômica, e não em reparações.

Religamento da usina nuclear de Ohi pode ser anunciado já na próxima semana

O governo japonês afirmou que espera anunciar o religamento da usina nuclear de Ohi já na próxima semana, caso consiga obter o consentimento da municipalidade e da província que abrigam a central geradora. Na quarta-feira, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda reuniu-se com os ministros encarregados de questões nucleares, incluindo o secretário-chefe de gabinete, Osamu Fujimura, e os ministros Yukio Edano, da Economia e Indústria, e Goshi Hosono, do Gerenciamento da Crise Nuclear. Eles concordaram que a maior parte das municipalidades próximas à usina consentem quanto ao religamento dela, mesmo com ressalvas. Porém, reconheceram que a cidade de Ohi e a província de Fukui permanecem indecisas a respeito. O governo central afirma que vai enviar um funcionário de alto escalão a Fukui para explicar uma vez mais o compromisso com a segurança. Uma vez que o consentimento local seja obtido, o gabinete do premiê Noda se reunirá novamente na próxima semana para tomar uma decisão final quanto ao religamento. Atualmente, todos os 50 reatores nucleares existentes em todo o Japão permanecem ser funcionar.

Cai a taxa de crescimento do PIB da Índia

A economia da Índia continua a crescer vagarosamente. Seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a 6,5% no ano fiscal que terminou em março de 2012. Esse é o índice anual mais baixo desde março de 2003. O governo da Índia disse que o PIB do país cresceu 5,3% no trimestre de janeiro a março comparado ao mesmo trimestre do ano passado. Esse índice está abaixo do esperado pelo mercado. O setor manufatureiro verificou uma leve contração em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Preocupações com a dívida na zona do euro pesaram nas exportações do país. A desvalorização da moeda indiana, a rúpia, elevou os custos da importação de petróleo. Esse fato também contribuiu para a redução da taxa de crescimento. Companhias estrangeiras estão cautelosas em relação a investimentos na Índia, pois ainda não está claro se o país promoverá a abertura de setores como o varejista e bancário.

Queda no mercado de ações de Tóquio devido a preocupações com a crise da dívida europeia

O preço das ações no mercado de Tóquio caiu na quinta-feira após uma forte queda no mercado de Nova Iorque e uma alta do iene. Na Bolsa da Valores de Tóquio, as ordens de venda ultrapassaram as ordens de compra logo depois do início das negociações na quinta-feira. No entanto, os investidores compraram de volta algumas ações durante a tarde. A média Nikkei de 225 ações selecionadas encerrou o pregão em 8.542, ou seja, 90 pontos abaixo da média no encerramento de quarta-feira. No início do dia, o índice chegou a menos de 8.500 pontos pela primeira vez em uma semana. Fontes do mercado dizem que o aumento das preocupações a respeito da dívida da zona do euro levou muitos investidores a vender ações relacionadas ao mercado de exportações, incluindo automóveis e eletrônicos.

Aumenta número de construção de casas no Japão pelo terceiro mês consecutivo

A construção de casas no Japão aumentou no mês de abril pelo terceiro mês consecutivo, graças a uma queda na taxa de juros para hipotecas. O Ministério da Infraestrutura do Japão diz que as obras foram iniciadas em aproximadamente 74 mil casas e condomínios em abril. Isso representa um aumento de mais de 10% em relação ao ano passado.

Polícia de Tóquio apresenta caso de diplomata chinês aos promotores de Justiça

Na quinta-feira, a polícia de Tóquio enviou aos promotores de Justiça os documentos referentes ao diplomata chinês suspeito de ter obtido ilegalmente o cartão de registro de estrangeiros no Japão. O ex-primeiro-secretário da Embaixada da China em Tóquio, Li Chunguang, teria requerido o cartão em uma sede de administração distrital de Tóquio, em 2008, omitindo seu status de diplomata. A polícia pediu ao diplomata de 45 anos que se apresentasse para interrogatório neste mês, mas ele recusou o comparecimento e retornou à China. Investigadores dizem que Li usou o cartão para abrir uma conta bancária a fim de receber honorários de consultoria de companhias japonesas. Eles dizem que uma empresa de alimentos com sede em Tóquio realizou vários depósitos na conta, totalizando 19 mil dólares.

Problema da queda populacional na Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, eleito em maio para o segundo mandato no cargo, declarou que uma de suas grandes prioridades é tentar reverter a tendência de declínio da população do país. A população russa vem caindo desde que atingiu o pico de 148,6 milhões de habitantes, em 1993. Neste Comentário, uma entrevista com a pesquisadora sênior do Centro de Estudos Demográficos, da Faculdade de Economia, da Universidade Estatal de Moscou, Irina Troitskaya, que fala de problemas relacionados ao decréscimo populacional da Rússia. "Um dos maiores problemas da Rússia é a sua elevada taxa de mortalidade. Houve aproximadamente 1,8 milhão de nascimentos em 2011, ano em que o número de mortes foi de 1,9 milhão. A quantidade de óbitos ultrapassou o número de nascimentos. Além disso, a longevidade média dos homens é de 63 anos, índice baixo em comparação com nações desenvolvidas. Ou seja, um grande número de homens morre no auge da atividade profissional." "Ainda que se possa atribuir este fenômeno a razões de estilo de vida, como o grande consumo de bebidas alcoólicas e ao fumo descontrolado, um outro motivo do problema é o fato de não serem destinadas na Rússia verbas governamentais suficientes para a prestação de assistência médico-hospitalar à população. A assistência financeira precária às famílias também afeta adversamente a criação dos filhos. Os resultados de algumas pesquisas mostram que as pessoas mais pobres da Rússia não são as que recebem pensões nem tampouco os jovens. São famílias mantidas com baixos salários e com filhos que ainda não ingressaram no ensino fundamental." - Que medidas o presidente Putin planeja tomar para resolver o problema? "Pouco depois de reassumir a Presidência, ele baixou decreto do Executivo com medidas destinadas a enfrentar o declínio populacional até 2018. Putin anunciou vários planos com medidas para elevar a taxa de natalidade e aumentar a expectativa de vida. No entanto, ainda não se sabe até que ponto estas medidas serão bem sucedidas." "Acontece que dois fatores adversos provavelmente serão obstáculos para avanços no setor. O primeiro fator é a redução do número de jovens do sexo feminino, ou seja, não há mulheres em número suficiente para gerar filhos. O segundo fator é a elevação no número de idosos, o que sobrecarrega o sistema de pagamento de pensões. Convém acompanhar atentamente as medidas que serão adotadas pelo governo russo."

Toyota vai emitir títulos para obter capital adicional

A Toyota Motor afirmou que vai emitir títulos para obter capital adicional, com o objetivo de lidar com possíveis contingências provocadas pela crise de crédito europeia. A montadora japonesa planeja emitir os títulos a partir de 8 de junho, visando captar cerca de 2,5 bilhões de dólares. Será a primeira vez que a Toyota vai emitir títulos desde junho de 2009, durante o ápice da crise financeira global deflagrada pelo colapso do banco de investimentos americano Lehman Brothers. Em 31 de março passado, o Grupo Toyota detinha cerca de 62 bilhões de dólares em dinheiro vivo, depósitos e títulos negociáveis. Porém, a empresa disse ter tomado a decisão por causa das crescentes preocupações acerca da ampliação da crise de débito. A Toyota citou ainda as incertezas quanto ao panorama do mercado automotivo mundial, sobretudo na China e no Brasil.

Temores sobre piora dos problemas fiscais na Espanha derrubam cotação do euro em Tóquio

A venda de euros ganhou dinamismo no mercado de câmbio de Tóquio na quinta-feira devido aos temores de que os problemas fiscais na Espanha contribuam para piorar a crise de crédito na Europa. O euro despencou até o patamar de 97 ienes, atingindo a maior baixa em quatro meses e meio. Preocupações quanto à deterioração da situação fiscal na Espanha, já que o governo do país tem injetado fundos públicos para socorrer bancos comerciais em dificuldades, motivaram os investidores a vender euros em favor do iene, tido como uma moeda segura. Às 17h de quinta-feira, no mercado de câmbio de Tóquio, a moeda única europeia era negociada entre 97,74 e 97,78 ienes, com um recuo de 1,07 iene em relação à cotação do dia anterior. Já o dólar apresentou enfraquecimento perante a moeda japonesa, tendo sido negociado entre 78,80 e 78,81 ienes, ou seja, uma queda de 0,55 iene. Participantes do mercado de câmbio estão preparados para lidar com uma piora da crise de crédito provocada pelo aumento nos rendimentos dos títulos públicos da Espanha e Itália. Além disso, a Grécia vai realizar novas eleições gerais em meados do próximo mês. Segundo os participantes, por enquanto, o mercado de câmbio será altamente influenciado pela situação fiscal na Espanha e pelo quadro político na Grécia.