segunda-feira, 11 de junho de 2012

Comissão do Parlamento japonês critica ordens de evacuação do governo

Uma pesquisa indica que mais de 70% dos desalojados de seis municípios próximos da usina Fukushima 1 foram obrigados a mudar de local quatro vezes ou mais após a ordem inicial de abandonar sua moradia em consequência do acidente nuclear do ano passado.

O levantamento foi realizado entre março e abril deste ano por uma comissão do Parlamento japonês encarregada de investigar a crise nuclear. Responderam à sondagem mais de 10 mil domicílios.

Na pesquisa, 50% dos consultados no município de Namie; 32% no município de Futaba; e 27% no município de Tomioka afirmaram que o governo emitiu, depois da evacuação inicial, ordens de abandonar o local para o qual haviam se transferido.

Outros consultados afirmaram que se transferiram de novo porque o local para onde haviam sido levados inicialmente não dispunha de instalações adequadas para estadas de longo prazo ou porque a radiação era elevada demais.
Segundo a comissão parlamentar, causaram confusão os atrasos do governo na divulgação de informações ou na comunicação com as pessoas afetadas. Ainda de acordo com a comissão, ordens não sistemáticas de retirada dos moradores emitidas pelo governo causaram inconveniência para os desalojados por obrigá-los a se transferir repetidas vezes.

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