Uma pesquisa indica que mais de 70% dos desalojados de seis municípios
próximos da usina Fukushima 1 foram obrigados a mudar de local quatro
vezes ou mais após a ordem inicial de abandonar sua moradia em
consequência do acidente nuclear do ano passado.
O levantamento foi realizado entre março e abril deste ano por uma
comissão do Parlamento japonês encarregada de investigar a crise
nuclear. Responderam à sondagem mais de 10 mil domicílios.
Na pesquisa, 50% dos consultados no município de Namie; 32% no município
de Futaba; e 27% no município de Tomioka afirmaram que o governo
emitiu, depois da evacuação inicial, ordens de abandonar o local para o
qual haviam se transferido.
Outros consultados afirmaram que se transferiram de novo porque o local
para onde haviam sido levados inicialmente não dispunha de instalações
adequadas para estadas de longo prazo ou porque a radiação era elevada
demais.
Segundo a comissão parlamentar, causaram confusão os atrasos do governo
na divulgação de informações ou na comunicação com as pessoas afetadas.
Ainda de acordo com a comissão, ordens não sistemáticas de retirada dos
moradores emitidas pelo governo causaram inconveniência para os
desalojados por obrigá-los a se transferir repetidas vezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário