Em uma conferência internacional de auxílio ao Afeganistão finalizada em Tóquio, no domingo, representantes de aproximadamente 80 países e organizações internacionais concordaram em manter o apoio ao país também no período a partir de 2015, depois de as tropas internacionais lideradas pela Otan terem deixado o país no fim de 2014. Os delegados também prometeram a doação de 16 bilhões de dólares ao Afeganistão durante os próximos 4 anos.
No Comentário de hoje, o professor Masanori Naito da Faculdade de Pós-Graduação em Estudos Globais da Universidade Doshisha nos fala sobre o significado e desafios relativos à Conferência de Recuperação e Reconstrução do Afeganistão.
Ele diz que é uma notícia boa que o interesse internacional no Afeganistão tenha sido mantido, mas a questão é como os recursos doados serão utilizados.
O presidente afegão Hamid Karzai é de etnia pashtun, o maior grupo étnico do país. No entanto, a maior parte dos membros do círculo central do governo afegão são chefes de outras tribos que lutaram seriamente contra o Talibã. Assim, essas pessoas possuem uma atitude hostil em relação àquele grupo. Essa é uma das razões que explicam o vagaroso desenvolvimento da região sul e das áreas ao longo da fronteira com o Paquistão, que são lugares onde o Talibã mantém influência.
Além disso, nessas áreas, devido a contínuos conflitos contra o Talibã, a maior parte da ajuda é usada com propósitos de segurança, como a contratação de guardas que protegem pessoas em missões de ajuda humanitária e a compra de veículos blindados. Como resultado, há relatos de escassez de assistência para os propósitos considerados corretos.
De acordo com o professor, a corrupção dentro do governo também é um sério problema. Acredita-se que os membros do círculo mais central do governo afegão pensam que são os responsáveis por impedir que o Talibã se fortaleça novamente. Nesse sentido, eles teriam uma razão para apropriar-se de parte da assistência internacional. Assim, a solução para um uso eficaz de assistência seria avançar o processo de reconciliação com o Talibã.
O Afeganistão é um país com uma composição étnica muito complexa. O professor conclui o comentário afirmando que o que o presidente Karzai deve fazer é buscar alcançar uma unidade branda entre os grupos, incluindo o Talibã, com base no laço religioso que é o fato de todos serem muçulmanos.
Este foi o Comentário.
No Comentário de hoje, o professor Masanori Naito da Faculdade de Pós-Graduação em Estudos Globais da Universidade Doshisha nos fala sobre o significado e desafios relativos à Conferência de Recuperação e Reconstrução do Afeganistão.
Ele diz que é uma notícia boa que o interesse internacional no Afeganistão tenha sido mantido, mas a questão é como os recursos doados serão utilizados.
O presidente afegão Hamid Karzai é de etnia pashtun, o maior grupo étnico do país. No entanto, a maior parte dos membros do círculo central do governo afegão são chefes de outras tribos que lutaram seriamente contra o Talibã. Assim, essas pessoas possuem uma atitude hostil em relação àquele grupo. Essa é uma das razões que explicam o vagaroso desenvolvimento da região sul e das áreas ao longo da fronteira com o Paquistão, que são lugares onde o Talibã mantém influência.
Além disso, nessas áreas, devido a contínuos conflitos contra o Talibã, a maior parte da ajuda é usada com propósitos de segurança, como a contratação de guardas que protegem pessoas em missões de ajuda humanitária e a compra de veículos blindados. Como resultado, há relatos de escassez de assistência para os propósitos considerados corretos.
De acordo com o professor, a corrupção dentro do governo também é um sério problema. Acredita-se que os membros do círculo mais central do governo afegão pensam que são os responsáveis por impedir que o Talibã se fortaleça novamente. Nesse sentido, eles teriam uma razão para apropriar-se de parte da assistência internacional. Assim, a solução para um uso eficaz de assistência seria avançar o processo de reconciliação com o Talibã.
O Afeganistão é um país com uma composição étnica muito complexa. O professor conclui o comentário afirmando que o que o presidente Karzai deve fazer é buscar alcançar uma unidade branda entre os grupos, incluindo o Talibã, com base no laço religioso que é o fato de todos serem muçulmanos.
Este foi o Comentário.
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