segunda-feira, 23 de julho de 2012

Painel formado pelo governo japonês apresenta relatório sobre Fukushima

Uma comissão de especialistas formada pelo governo japonês para investigar o acidente na usina Fukushima 1 concluiu que a empresa administradora do complexo nuclear carece de senso de crise e de imaginação sobre o risco de maremotos. Afirma que a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) deveria perceber que o Japão é um país propenso a calamidades e mudar a sua atitude em relação à preparação para desastres.

O painel entregou segunda-feira o seu relatório final. O documento critica o modo como a empresa lidou com o acidente na usina Fukushima 1. Estabelece uma comparação com outra usina próxima - a Fukushima 2 -, em que foi possível evitar um acidente nuclear, embora seus reatores também tenham sido atingidos pelo tsunami.

Segundo o relatório, trabalhadores da usina Fukushima 2 monitoraram continuamente a pressão e a temperatura dos vasos de contenção dos reatores e prepararam meios alternativos de lançar água de resfriamento para o seu interior.

A comissão também julgou se foi apropriado para o primeiro-ministro na época do acidente, Naoto Kan, discutir com dirigentes da Tepco a possibilidade de lançar água do mar para o interior dos reatores com o objetivo de evitar que atingissem novamente o estado de criticalidade. O painel concluiu que o governo japonês não deveria ter intervindo na questão antes que a companhia de eletricidade tomasse uma decisão a respeito.

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