quinta-feira, 14 de junho de 2012

Reforço na campanha antiterrorismo do Quênia

Desde alguns meses atrás, este ano, o Quênia tem testemunhado vários ataques armados contra locais públicos. Acredita-se que a série de atentados seja de autoria do grupo militante al-Shabaab, da Somália. A situação chegou ao ponto de representar uma ameaça à segurança interna no Quênia. Recentemente, o governo queniano lançou uma campanha antiterrorismo para garantir a segurança da população e de turistas estrangeiros.

Neste Comentário, uma entrevista com Leslie Mwachiro, veterano político que é coordenador da Comissão de Reconciliação e Diálogo Nacional do Quênia. A comissão foi formada em 2007 para promover a reconciliação entre grupos tribais que entraram em confronto após a eleição geral. Mwachiro nos fala da situação de insegurança nacional.

- Que campanha o governo do Quênia realizou para fazer frente aos atentados no país?

"O governo iniciou uma campanha chamada de 'Operação Linda Nchi', que significa 'Operação para Proteger o País'. Forças foram despachadas para perseguir os militantes al-Shabaab, que são provenientes da Somália ou se escondem na Somália. São terroristas daquele país e o Quênia está em seu encalço."

"No momento, há um reforço na segurança em áreas em que o Quênia faz fronteira com a Somália para controlar a entrada de estrangeiros. Além disso, medidas de segurança estão em vigor em todos os locais públicos em território queniano, inclusive restaurantes, hospitais, terminais de ônibus e hotéis. A população tem sido advertida para se manter alerta a respeito de situações suspeitas e a comunicar a agentes de segurança sempre que perceba algo."

- Por que o Quênia deu início à campanha para garantir a segurança da população e de turistas de outros países?

"Com certeza, é muito ruim o que os estrangeiros fizeram com o nosso país. Vale lembrar que, em 1998, terroristas da Al Qaeda vieram realizar o atentado a bomba contra a Embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, mas o atentado acabou matando e ferindo quenianos."

"No ano passado, terroristas atacaram um hotel em Mombasa, com o fim de atingir americanos e israelenses, mas mataram 11 quenianos. Assim, foi necessário lançar esta campanha para enfrentar o problema, ainda que o problema tenha tido origem na Somália. Se os terroristas lutam contra seus inimigos, convém que os persigam em suas nações, não no Quênia. Se vencermos esta guerra, o Quênia estará livre de atentados terroristas."

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