Desde alguns meses atrás, este ano, o Quênia tem testemunhado vários
ataques armados contra locais públicos. Acredita-se que a série de
atentados seja de autoria do grupo militante al-Shabaab, da Somália. A
situação chegou ao ponto de representar uma ameaça à segurança interna
no Quênia. Recentemente, o governo queniano lançou uma campanha
antiterrorismo para garantir a segurança da população e de turistas
estrangeiros.
Neste Comentário, uma entrevista com Leslie Mwachiro, veterano político
que é coordenador da Comissão de Reconciliação e Diálogo Nacional do
Quênia. A comissão foi formada em 2007 para promover a reconciliação
entre grupos tribais que entraram em confronto após a eleição geral.
Mwachiro nos fala da situação de insegurança nacional.
- Que campanha o governo do Quênia realizou para fazer frente aos atentados no país?
"O governo iniciou uma campanha chamada de 'Operação Linda Nchi', que
significa 'Operação para Proteger o País'. Forças foram despachadas para
perseguir os militantes al-Shabaab, que são provenientes da Somália ou
se escondem na Somália. São terroristas daquele país e o Quênia está em
seu encalço."
"No momento, há um reforço na segurança em áreas em que o Quênia faz
fronteira com a Somália para controlar a entrada de estrangeiros. Além
disso, medidas de segurança estão em vigor em todos os locais públicos
em território queniano, inclusive restaurantes, hospitais, terminais de
ônibus e hotéis. A população tem sido advertida para se manter alerta a
respeito de situações suspeitas e a comunicar a agentes de segurança
sempre que perceba algo."
- Por que o Quênia deu início à campanha para garantir a segurança da população e de turistas de outros países?
"Com certeza, é muito ruim o que os estrangeiros fizeram com o nosso
país. Vale lembrar que, em 1998, terroristas da Al Qaeda vieram realizar
o atentado a bomba contra a Embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi,
mas o atentado acabou matando e ferindo quenianos."
"No ano passado, terroristas atacaram um hotel em Mombasa, com o fim de
atingir americanos e israelenses, mas mataram 11 quenianos. Assim, foi
necessário lançar esta campanha para enfrentar o problema, ainda que o
problema tenha tido origem na Somália. Se os terroristas lutam contra
seus inimigos, convém que os persigam em suas nações, não no Quênia. Se
vencermos esta guerra, o Quênia estará livre de atentados terroristas."
despachadas
ResponderExcluirprovenientes
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