Numa conferência asiática anual sobre a defesa em Cingapura no final de
semana passado, o secretário da Defesa dos Estados Unidos Leon Panetta
declarou que seu país irá reposicionar a capacidade naval que atualmente
está 50% estacionada no Oceano Pacífico e 50% no Atlântico, além de
designar 60% de suas embarcações para a região da Ásia e do Pacífico até
2020.
Panetta revelou uma nova estratégia, frente ao rápido crescimento militar e ao avanço da China em direção ao mar.
No comentário de hoje, o professor associado Ken Jimbo da Faculdade de
Gestão Política da Universidade Keio, nos fala a respeito da estratégia
de Defesa dos Estados Unidos na Ásia.
O professor diz que na região asiática, a China vem aumentando sua
presença enquanto intensifica seu poderio militar e os países da região
como o Japão, Coreia do Sul e nações do sudeste asiático não conseguem
acompanhar plenamente os avanços da China.
Os Estados Unidos, com seu grave déficit fiscal, não podem resolver
todos os problemas. Portanto, os Estados Unidos estariam tentando
preparar países na região como o Vietnã, para lidar com os problemas com
a China, caso eles aconteçam, por meio do fortalecimento do poderio
militar e da capacidade de negociação com a China.
Assim, nos bastidores da nova estratégia, se encontra uma política para
conter a China, por meio da criação de nações aliadas para dar
assistência ao poderio militar dos Estados Unidos e ajudar na segurança
marítima, além das alianças convencionais com países como o Japão,
Coreia do Sul e Austrália.
Uma grande diferença entre as relações dos Estados Unidos com a União
Soviética durante a Guerra Fria, e a atual relação com a China é que a
China vem aumentando a sua presença por meio do aprofundamento dos laços
mútuos de dependência econômica com vários países. O Vietnã e outras
nações da Asean não querem um confronto escancarado com a China.
Portanto enquanto os Estados Unidos e seus aliados fortalecem os laços
entre sí, seria também importante conseguir que a China tome medidas
construtivas e para isso é necessário negociar diretamente com o governo
chinês.
Este foi o Comentário.
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