A polícia de Tóquio requisitou a um diplomata chinês que se apresente
para um interrogatório sobre um cartão de registro de estrangeiros que
ele supostamente obteve de forma fraudulenta.
A lei de registro de estrangeiros requer que nacionais de outros países
que vivem no Japão se registrem como residentes estrangeiros. No
entanto, agentes diplomáticos são isentos de tal sistema.
A Polícia Metropolitana de Tóquio suspeita que um primeiro-secretário de
45 anos da Embaixada da China em Tóquio deu entrada num pedido de
registro de estrangeiros em 2008, ocultando que fosse um diplomata.
Suspeita-se que o diplomata tenha usado o cartão de registro para abrir
uma conta bancária, que supostamente recebia o dinheiro referente ao
pagamento de taxas de consultoria e de serviços por parte de companhias
de Tóquio.
A polícia de Tóquio suspeita que o diplomata tenha se engajado em
atividades comerciais de forma privada, violando um tratado
internacional que proíbe que agentes diplomáticos se envolvam em tais
atividades.
No começo do mês, a polícia havia pedido ao diplomata, por meio do
Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, que se apresentasse para
um interrogatório. No entanto, os pedidos foram rejeitados pela
embaixada chinesa e o diplomata retornou à China.
Há relatos de que o diplomata tenha trabalhado para a divisão de
inteligência do Exército de Libertação do Povo da China. A polícia agora
está investigando a natureza das suas atividades no Japão, já que há
indicativos de que ele teve contato com políticos japoneses e com
líderes da classe empresarial.
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