quinta-feira, 12 de julho de 2012

Aumento do salário mínimo e perspectivas futuras da Tailândia

Na Tailândia, um aumento drástico no salário mínimo dos trabalhadores entrou em vigor no dia primeiro de abril. Esta foi uma das principais promessas da premiê Yingluck Shinawatra em sua campanha para as eleições gerais do ano passado.

O sálário mínimo na Tailândia é determinado todos os anos independentemente em cada uma das 77 províncias do país, conforme o custo de vida regional. No último aumento, o pagamento mínimo na capital Bangcoc e 6 outras províncias foi elevado para cerca de 10 dólares por dia, o que representa um aumento de um terço do valor anterior, e nas outras 70 províncias, o salário mínimo foi elevado em cerca de 40%. O governo da Tailândia também planeja estabelecer o salário mínimo em cerca de 10 dólares por dia em todo o país em primeiro de janeiro de 2013. Comparado aos salários de outras grandes cidades asiáticas, o salário mínimo em Bangcoc ultrapassou o de Jacarta e Manila, quase alcançando o de Xangai e Pequim. Além disso ele é o dobro do salário mínimo de Nova Déli e Hanói, de acordo com informações da Jetro, a Organização Japonesa de Comércio Exterior, divulgadas em março.
No Comentário de hoje, vamos falar sobre este aumento com o doutor Nipon Poapongsakorn, presidente do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento da Tailândia.

Perguntamos a ele como está sendo o impacto do aumento salarial sobre os trabalhadores e empregadores, 3 meses após a sua implementação.

O doutor Nipon afirma que a pesquisa econômica de corporações revelou que as pequenas e médias empresas foram as mais prejudicadas em termos de custos de produção. Mas os trabalhadores estão ganhando mais, e o aumento do salário mínimo resultou em cerca de 31,6 milhões de dólares na renda total dos trabalhadores em um dia. Isto óbviamente é positivo. A disparidade de renda entre os trabalhadores também está diminuindo.

Quanto à competitividade internacional da Tailândia, após o aumento salarial, o país não pode mais competir com países vizinhos onde a mão de obra é mais barata. Portanto as indústrias de trabalho intensivo e de produtos de baixa qualidade precisam de uma reestruturação. Caso contrário, elas certamente não poderão competir com suas rivais em países vizinhos.
De fato, a competitividade não depende apenas do custo da mão de obra e o apelo de venda da Tailândia não deve mais ser a mão de obra barata, mas sim as indústrias de alta qualidade, com uma força de trabalho capacitada e eficiente.

Este foi o Comentário.

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