O Comentário de hoje aborda os problemas urbanos enfrentados por
Jacarta, capital da Indonésia, que tem uma população de mais de 10
milhões de pessoas.
Os números do ano passado mostram que a cidade tem em média cerca de 15
mil pessoas por quilômetro quadrado, o que a faz ser a cidade mais
superlotada do país. Esta densidade populacional resulta em diversos
problemas.
Jacarta deverá realizar uma eleição governamental no dia 11 de julho. Na
Indonésia, um candidato a governador precisa se candidatar em parceria
com um candidato a vice. Os eleitores votam na dupla de candidatos.
Para o pleito de julho, 6 duplas se candidataram, incluindo uma da qual
faz parte o atual governador. Dois pares concorrem como independentes
embora a política na Indonésia seja normalmente liderada por partidos.
Hoje vamos ouvir Marco Kusumawijaya, diretor do Centro Rujak de Estudos Urbanos em Jacarta.
O transporte é um dos maiores desafios de Jacarta que é o portão de
entrada da Indonésia. Perguntamos a ele como está a situação.
Marco Kusumawijaya diz que não se vê problemas quando se chega ao
aeroporto Sukarno. O aeroporto já opera além de sua capacidade, sendo um
dos mais movimentados do Sudeste Asiático. Cresce acentuadamente o
número de voos domésticos e os serviços internacionais também ganham
volume. Os esforços de expansão são vagarosos demais.
Os engarrafamentos nas vias públicas começam no aeroporto. O governo
planeja a construção de uma ferrovia ligando o aeroporto ao centro da
cidade, no entanto o projeto ainda está no papel.
O volume de tráfego na cidade cresceu acentuadamente causando
engarrafamentos. A infraestrutura de transporte público não consegue
acompanhar o aumento da demanda.
A questão fundamental é como quebrar a mentalidade burocrática para
implementar projetos de planejamento urbano. Também está sendo
questionado como colocar os cidadãos no centro da política, ouvir suas
vozes e buscar a cooperação entre a população e a administração pública.
Um aspecto importante da futura eleição é que independentes, que estão
livres das rédeas de partidos políticos, estão entre os candidatos.
Espera-se que estes independentes sejam altamente motivados a mudar as
políticas de Jacarta porque eles devem responder à população e não aos
partidos políticos.
Este foi o Comentário.
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